Quando você se perguntar por que sou tão calado
Taciturno noturno, sem condições de mudar
É que procuro respostas em mim, em meu vazio trancado
Tumultuado mundo interno, afetado universo
Quando um carro desce veloz a ladeira, é difícil parar
O que tu plantaste em mim formou uma mata
Erva daninha que rego e renego, e não consigo matar
Sentir falta do que sempre foi farsa
É um verso simples de ler, mas ruim de explicar
A situação é um anjo violento
Rezo que este pare de buscar me enforcar
Crio diálogos em meu teto que apodrecem ao relento
Cobra que a cauda morde e idolatra o veneno
Um vaso duro e trincado, belo e arruinado, sempre tentado a quebrar
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Devaneios Decadentes
PoetryEm seu poema "A ideia", Augusto dos Anjos fala do nascer de um pensamento, no cérebro, e todo o seu processo, até chegar de forma imperfeita na garganta e ser expresso pela língua. Bem, com a escrita a ideia não sai tão imperfeita quanto na fala, c...