Taciturno

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Quando você se perguntar por que sou tão calado

Taciturno noturno, sem condições de mudar

É que procuro respostas em mim, em meu vazio trancado

Tumultuado mundo interno, afetado universo

Quando um carro desce veloz a ladeira, é difícil parar

O que tu plantaste em mim formou uma mata

Erva daninha que rego e renego, e não consigo matar

Sentir falta do que sempre foi farsa

É um verso simples de ler, mas ruim de explicar

A situação é um anjo violento

Rezo que este pare de buscar me enforcar

Crio diálogos em meu teto que apodrecem ao relento

Cobra que a cauda morde e idolatra o veneno

Um vaso duro e trincado, belo e arruinado, sempre tentado a quebrar

Devaneios DecadentesWhere stories live. Discover now