Venha com sua foice e sua boca cheia de dentes
Sopre-me com seu hálito, seu terrível hálito
O sofrimento da flor escura que arrebata os persistentes
Eu sou o filho, tu és o pai
Eu sou a carne, e você, você durará bem mais
Você, mesmo que eu não queira, chegará ao final de dezembro
Eu lhe imploro, seja rápido, me devore de uma vez, por inteiro
Não possuo escudo, eu juro, portanto não me defendo
Não há metal que bloqueie, não há jantar que sacie teu olhar de desespero
Poema inspirado na pintura(imagem levemente perturbadora acima)de Francisco de Goya denominado "Saturno devorando seu filho"
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Devaneios Decadentes
ПоезіяEm seu poema "A ideia", Augusto dos Anjos fala do nascer de um pensamento, no cérebro, e todo o seu processo, até chegar de forma imperfeita na garganta e ser expresso pela língua. Bem, com a escrita a ideia não sai tão imperfeita quanto na fala, c...