Monotonia

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É tudo cinza lá fora

E eu em meu terraço, elucubro

Da TV escuto notícias

Pedofilia, morte, estupro

Olho para a assembleia e pergunto:

 - Por que nos fazer tão desgraçados, imundos?


Na tela o retrato da violência

E meu pior inimigo sou eu mesmo

Meu segundo maior é o futuro

A coragem, por fim, depende muito do medo


Será que alguém depende de mim?

Não, não, eu não creio

Alguns precisam de meus conselhos

Mas quem precisa de meu desnorteio?


Por trás das grades de ferro a água cai

Sinto um conforto gelado

Ontem queria ter morrido

Juro que não me faltavam motivos

Mas por dar atenção ao existencialismo

Adotei o raciocínio

De que se um dia me perco

Num outro dia eu me acho

Devaneios DecadentesOù les histoires vivent. Découvrez maintenant