É tudo cinza lá fora
E eu em meu terraço, elucubro
Da TV escuto notícias
Pedofilia, morte, estupro
Olho para a assembleia e pergunto:
- Por que nos fazer tão desgraçados, imundos?
Na tela o retrato da violência
E meu pior inimigo sou eu mesmo
Meu segundo maior é o futuro
A coragem, por fim, depende muito do medo
Será que alguém depende de mim?
Não, não, eu não creio
Alguns precisam de meus conselhos
Mas quem precisa de meu desnorteio?
Por trás das grades de ferro a água cai
Sinto um conforto gelado
Ontem queria ter morrido
Juro que não me faltavam motivos
Mas por dar atenção ao existencialismo
Adotei o raciocínio
De que se um dia me perco
Num outro dia eu me acho
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Devaneios Decadentes
PoésieEm seu poema "A ideia", Augusto dos Anjos fala do nascer de um pensamento, no cérebro, e todo o seu processo, até chegar de forma imperfeita na garganta e ser expresso pela língua. Bem, com a escrita a ideia não sai tão imperfeita quanto na fala, c...