Capítulo 16

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Para aqueles que veem a luz do sol e estão aprisionados dentro de suas próprias casas e vidas, a luz no fim do túnel parece se apagar. E para aqueles que estão condenados em minas e em cadeias dentro de si mesmos, a luz do sol é como uma esperança de que a fênix surgirá e trará paz para o mundo.

A rainha não foi localizada. Já se passaram dezoito anos e ninguém sabe qual o paradeiro da herdeira perdida. Cada dia que passa, o rei controla o mundo aumentando seu poder. O povo está machucado e desacreditado. Estão somente esperando a morte chegar. Poucos ainda acreditam que um dia a rainha os libertará.

Qual será a saída para um povo condenado?

Ainda deverão acreditar?

Vale a pena viver com uma fagulha de esperança?

A noite da iniciação começa hoje. Foster mandou os Power Flares para a missão, eles irão ficar em uma casa que possui uma floresta nos fundos. É distante da cidade e lá encontrarão segredos que podem mudar tudo.

Está chovendo e está escuro quando os jovens se aproximam da casa. A única luz que conseguem avistar é as dos postes de energia. Grey pode sentir a energia fluindo de cada lâmpada como se dispertar-se algo dentro dela. Khan para o carro e os jovens entram na casa. A madeira range e não há luz. Eles sentem cheiro de mofo e poeira.

- Acho que tenho uma lanterna...- Ág diz e abre a bolsa - Aqui! Achei.

Agatha acende uma lanterna e os jovens podem avistar uma lamparina. Tyler procura por um esqueiro ao que parece ser a cozinha. Com muita dificuldade, eles conseguem acender a lamparina. Agora podem ver um pouco da casa. É velha, eles percebem, e não está em bom estado. Por já estar muito tarde e estarem muito cansados, eles decidem forar cobertas no chão e dormir.

O vento do lado de fora bate muito forte e ressoa nas janelas e nas portas. Grey sente como se alguém estivesse sofrendo e pode sentir a dor em seu peito. Agora, deitada no escuro, no silêncio de seu coração, ela sente as dores e lágrimas começam cair sem que ela tenha controle sobre elas. Nesse mesmo instante, trovões e relâmpagos ecoam da terra e a dor no peito dela parece acolhedora. Alguém sofre e chora e ela pode sentir o lamento.

...

- Você vai embora?

Grey olha para ele com ternura e tristeza. Nesse momento está perdendo um grande amigo.

- Terei que ir, mas nos veremos outra vez, eu prometo.

- Por favor, não me esqueça.

- Jamais a esquecerei. - o garoto a abraça - Sempre que eu olhar para as estrelas, me lembrarei de você. Carregarei o céu no olhar e você no meu coração. Você, Grey, é as estrelas para mim.

As duas crianças se abraçam e se despedem - talvez para sempre - de quem eles são agora. A garotinha observa o carro até perde-lo de vista. E dentro do carro o garotinho olha pela janela e a vê ficando mais distante.

- Adeus, Adam.

...

Grey acorda sem saber o que dizer ou o que fazer. Ela sonhara com o Adam e eram crianças...mas ela não se lembra de te-lo conhecido antes daquele dia que a apresentou aquela família linda. A jovem olha em volta e vê os amigos dormindo tranquilamente. Ela se levanta e vai até a cozinha para beber um copo d'água. Veste um casaco e segue para o quintal da casa. Os olhos dela estão maravilhados com a enorme floresta no fundo da casa.

É verde. Verde?! Mas, não podemos ver cores. É verde.

A alegria é visível em seus olhos. Grey larga o copo de plástico e sai correndo para as árvores. Ela percorre os dedos entre as folhas, sorrindo como uma criança. Os amigos ainda estavam deitados quando ouviram os gritos e o som de algo caindo no chão. Os quatro levantam rapidamente e vão até onde Grey está. Eles olham maravilhados, mas não da mesma forma que a jovem, eles não podem ver o que ela vê.

CONTROLADOSWhere stories live. Discover now