Capítulo 32

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Estive doente os últimos dias então não pude postar o cap especial de final do mês, desculpem o atraso.
(Makayla nas mídias, Mila Kunis )

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Estava falando com Hazel pelo celular quando algo o acertou e fez ele cair no chão.

— Por favor não tenha quebrado, por favor não tenh...

Fui interrompido por Makayla pegando o celular do chão.

— Quebrou. — Ela disse com um sorriso sádico enquanto mostrava a tela do celular quebrada.

— Valeu a pena, Cavaleiro? — Ela colocou as mãos na cintura e levantou uma das sobrancelhas

—Muito! — Tá bom, talvez não tenha válido a pena. —Ok, como não temos mas nada a perder, eu tive uma ideia.

— O que deve ser muito raro.

Encaro-a por um tempo e ignoro seu comentário.

—Primeiro precisamos nos aproximar do dragão... sabe pular em prédios?

— O céu é azul? — Ela perguntou num tom ligeiramente ofendido.

— Se o Príncipe continuar assim, talvez não por muito tempo...




Já próximos do dragão puxei meu fuzil e me agachei, mirei em seu corpo de metal sem esperança de que a bala faria algum dano, e não o fez.

— Esse era o seu plan...

— Vem cá. — A interrompi antes que terminasse a frase. — Só vai me atrapalhar ou pode, por favor, ficar quieta um instante? —A resposta foi o silêncio —Obrigado.

Mudei a mira para seus olhos e a bala os rachou como um vidro blindado, e por último, um tiro nas asas, o tiro atravessou facilmente o tecido que fazia aquele monstro voar.

—Como eu imaginei, vamos ter que destruir ele por dentro.—Olhei para Makayla para ver qual seria sua reação.

— Ótimo, o que estamos esperando? —Tá, essa realmente me surpreendeu.

Entramos no Edifício Central, mas não passamos pelo quarto do Lud, não estávamos com tempo. Subimos até o terraço pelo elevador e lá estava ele. Uma aura de calor emanava do ferro quente que compunha sua superfície, ele permanecia imponente com as asas abertas como se tivesse toda a cidade sob seu comando.

— Tá quente aqui ou sou só eu?

— Hmm, talvez seja o dragão gigante, mas eu estou na dúvida. —Ela respondeu com um óbvio sarcasmo em cada palavra. —Para de gracinhas, estamos numa missão.

Antes que eu pudesse pensar em responder qualquer coisa o dragão rugiu em nossa direção, seu rugido chegava a quase nos empurrar para trás, mas não sabíamos quando teríamos outra chance dessas. Um olhou para o outro e corremos em direção a sua boca ao mesmo tempo, torcendo para que ele não decidisse cuspir fogo de novo.





O dragão literalmente nos engoliu, caímos pescoço a dentro pela estrutura de metal, que poderia não ter sido a melhor ideia mas Makayla agarrou um pedaço da plataforma que saia da superfície do dragão, provavelmente usadas para construí-lo.

O lugar parecia muito com o primeiro chefão de God of War II, as plataformas que rodavam o lugar em espiral, o movimento constante de todo o interior e vários mecanismos metálicos dentro do corpo.

Tentei primeiramente bater com o cabo da arma em um desses aparelhos, mas ele parecia coberto por algum tipo de gosma esquisita que absorvia o impacto.

— Nem adianta, tecnologia da Morte. —Virei-me para Makayla, meu rosto devia estar tão confuso com o que ela falou que a mesma soltou um suspiro e voltou a explicar. — Minha equipe estava seguindo alguns rastros das Serventias da Morte quando a loucura do Príncipe começou. Isso ai é um material especial. Ainda não foi descoberto, parece que só a Morte tem acesso a esse troço. A gosma absorve a energia cinética e a transforma em energia térmica e como seu ponto de ebulição é muito alto ela fica praticamente invulnerável.

— Teoricamente, não era para cavaleiros serem bons matadores de dragões? —Não sabia dizer se a implicância era comigo, ou se ela tratava a todos assim.

— Vamos procurar o coração desse bicho, chegando lá eu penso em alguma coisa. —E faço você engolir suas palavras.





O Dragão parecia bem maior por dentro, talvez por causa do calor absurdo que ele produzia e dificultava nossa procura pelo núcleo de energia. Eu já havia retirado minha camisa e a jogado sobre o ombro, Makayla era impotente e apesar de estar pingando de suor agia como se nada estivesse a incomodando, só, é claro, eu.

  — Não sou obrigada a ficar vendo seu corpo. — Ela falou enquanto me encarava.

— Mas parece estar gostando, tira uma foto, dura mais tempo.

— Ha ha ha, nem em um milhão de anos, queridinho. — Pelo jeito natural do seu zombar imaginei que ela tratasse a todos da mesma forma.




Após mais alguns minutos descendo as espirais do corpo do Dragão chegamos a um grande dispositivo metálico, ele parecia vivo com o palpitar incessante que imitava as contrações de um coração. Do seu interior era possível ver uma forte iluminação a partir das frestas na superfície, e das mesmas uma fumaça atravessa a gosma.

— Deve ser esse bagulho. — O Príncipe gosta de deixar as coisas importantes bem claras e grandes.

— Okay, então qual a ideia genial agora ?

— Então, você disse que essa gosma escrota transforma impacto em calor, certo?

Mudei minha arma para o modo de tiro automático e comecei a fuzilar o coração, com o tempo o líquido estranho começou a adquirir uma cor alaranjada que ficava mais forte gradativamente. Parei apenas quando a munição acabou, o que podia ser uma decisão arriscada, mas valeu a pena, o metal estava, agora, descoberto pela gosma.

Olhei triunfante para Makayla e recebi palmas lentas em resposta.

— Muito bom, agora sai da frente.  —Ela disse me empurrando para o lado e começou a analisar o coração.  — As ligas de aço parecem ser do mesmo material que ele foi feito na parte de fora, não vamos conseguir fazer nada com isso.  —Logo depois ela chutou o coração.  —Merda. Mas, por algum motivo, tem um painel nele.

   — — — — — — — —

A     E      I     M     Q      U       Y       2      6

B      F      J    N     R      V        Z       3     7

C      G      K    O     S     W        0      4     8

D      H      L     P     T     X        1      5     9

— Ótimo, quando tudo parece estar dando cert...

   — E J O T X 0 3 6.  — Minha reclamação foi interrompida por uma mensagem dos céus, que estava sendo transmitida pelos nossos rádios.

   — É a voz da Hazel!  — Falei um pouco feliz de mais com esse fato.  — Err... cof cof.  — Tentei disfarçar enquanto digitava o código.

"Insira a chave"

Foi a resposta que recebemos ao inserir o código.

   — Ótimo, quando tudo parece estar dando cert... — Esperei ser interrompido novamente por uma força mágica com a resposta para os meus problemas, mas dessa vez nada aconteceu.

  — Caralho de dragão gigante. — Makayla chuta novamente o coração e olha para mim.  — A culpa é sua, idiota, por que eu fui ouvir um idio... — Antes dela terminar de falar o dragão simplesmente parou de fazer barulho, a luz dentro do bagulho começou a diminuir e o calor que ele emanava também.

  — Eu sou muito foda mesmo.  — Makayla jogou o cabelo para o lado e saiu rebolando para a saída do monstro metálico.

  — Você não acha de verdade que foi porque você chutou o bagulho, né ?

Ouroboros - A Nova OrdemOnde as histórias ganham vida. Descobre agora