Capítulo 25

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Mais um cap ai, pessoal

só isso mesmo.

Ah, e obrigado pelos 4k views XD

-Ice

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Quem diria que uma única pessoa teria a capacidade de mudar completamente o mundo em uma questão de dias. Me encontrei em uma das pontes que cortavam o rio Tâmisa, e estava torcendo para que Lud e Alisha aproveitassem a oportunidade que demos a eles. Aqueles dois são apaixonados desde que se conheceram.

O rio estava claro como um espelho, pois havia sido despoluído após a Terceira Grande Guerra. Sua correnteza forte batia contra as pilastras da ponte, que estaria vazia se não fosse pela minha presença. Passei pelas minhas memórias dos últimos dias, e uma pergunta não saia da minha cabeça.

Por que ele me entregou aquele cravo?

Me afastei da borda da ponte e acabei esbarrando numa pessoa que passava atrás de mim. Acho que devia estar tão distraído, que acabei não percebendo que alguém havia se aproximado.

— Me desculpe. — Digo por reflexo e estendo a mão para a pessoa que eu havia derrubado.

Ela tinha cabelos castanho claro  presos em um rabo de cavalo feito às pressas, e sua pele morena brilhava com algumas gotículas de suor. O leve tom dourado denunciava que ela devia pegar muito sol. Seus olhos passeavam entre o azul e o verde em uma cor hipnótica, como se perto da pupila eles fossem mais claros.
Logo baixei o olhar para seus trajes. A garota usava o uniforme da área vermelha.
Resumindo, Uau!

— Olha por onde anda! — Ela respondeu me analisando de cima a baixo. — Além de não ter um braço não tem um olho?

Pelo visto minha sorte com garotas continuava a mesma: Inexistente.

—Desculpa, ando com a cabeça nas nuvens os últimos dias. — Falo colocando a mão atrás da mesma. — Às vezes literalmente... — O último comentário foi mais para mim mesmo, lembrando da minha quase morte no Big Ben.

—Então fica ligado, soldado. — Ela respondeu apontando pros olhos dela e depois pros meus, sinal universal do "tô de olho", e eu com certeza também estava de olho nela. — A queda do Big Ben fez mal ao seu cérebro.

— Deixa eu adivinhar, viu na televisão? — Algumas criancinhas já haviam puxado suas mães e apontaram para mim "Olha é o tio do Big Ben.". Pelo visto eu tinha ganhado alguma fama.

— Mais ou menos isso mesmo, mas valeu pela dica, acho que não ia...

Sua fala foi interrompida pelo tocar simultâneo de nossos rádios. Nós da área vermelha ainda usávamos rádios, pois, por serem de uma tecnologia inferior as atuais, a frequência de suas ondas não era rastreada ou interceptada pelas demais.

— Temos um aglomerado de pessoas maior que o comum no centro, provavelmente mais um dos vídeos do Príncipe. Garantam que nada vai dar errado. — A primeira coisa que senti quando ouvi o rádio foi saudades do general Lúkin, mas logo passou, foi apenas a surpresa de uma voz diferente do que eu esperava.




O centro não era muito longe de onde eu estava, mas assim que cheguei lá, entendi a gravidade do problema.

As pessoas estavam em uma verdadeira multidão, se empurrando e gritando com as outras. Nem parecia que estávamos em uma das mais civilizadas capitais do mundo.

Era possível ver alguns indivíduos usando máscaras mal feitas dos médicos da peste, na verdade, muitos usavam. Havia poucos soldados e policiais tentando conter a multidão, mas o caos era incontrolável.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde as histórias ganham vida. Descobre agora