Vistos de longe, eles são lindos, perfeitos... Um pedaço em carne e osso do divino.
Mas basta um olhar mais de perto, e você verá toda a sujeira.
Acompanhe a grotesca história de um grupo de modelos tchecos que faz de tudo para chegar ao ápice da pe...
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A motocicleta parou bem em frente à construção onde a placa com Plameňák Studio escrito estava pregada. Milan tirou o capacete, passou a mão pelos cabelos que ficaram ligeiramente bagunçados e observou o sobrado. Não tinha nada de estranho. Era tão cinza quanto as outras construções em volta, exceto pela porta dupla vermelho berrante e pelas maçanetas de metal que reluziam com a luz da manhã.
Suba as escadas e entre na primeira porta, Wilfred escrevera por mensagem, na noite anterior.
Milan deu mais uma passada de mão pelos cabelos cor de areia e rumou em direção ao estúdio. Assim que passou pela porta deu de cara com um grande pôster que estampava a edição de abril da revista Plameňák. Um belo rapaz de cabeça raspada e com algumas tatuagens estava carimbado na capa.
Meio nervoso, ajeitando o capacete que levava na mão, que começara a ficar suada, Milan subiu pelo lance de escada em zigue zague até o andar acima. Estava confuso consigo mesmo. Não era de ficar nervoso facilmente, sempre fora muito tagarela e desinibido, principalmente na época da escola. Tinha várias lembranças de sua infância e adolescência de quando mudava de escola quase sempre por causa do trabalho do pai e simplesmente se juntava aos grupinhos que via na hora do intervalo e começava a conversar com eles como se já fossem amigos há anos. Podia fazer amizades num estalar de dedos.
Chegando ao andar de cima, Milan se deparou com um curto corredor e três portas brancas. Um belo vaso de flor estava a um canto, observando-o.
...entre na primeira porta...
Milan hesitou um instante. Pensou em bater, mas Wilfred fora incisivo dizendo que ele podia simplesmente entrar, e foi o que ele fez.
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Viktorie se deixou ser servida com mais uma taça de Krug Grande Cuvée Brut*. Era estranho ver algo tão caro em um ambiente tão capenga. Morava com Ondřej em um conjunto habitacional no distrito 14*, um lugar de aparência gentil, mas obscuro além de suas paredes de tijolo vermelho.
- Então é isso - Ondřej falou, dando um gole em sua bebida e se reclinando em sua poltrona escura de couro.
- Acho que sim - Viktorie respondeu, segurando sua taça, meio avulsa.
