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No dia seguinte tomaram café, Francine percebeu como George estava abatido e preocupado, mas preferiu não comentar, ela passou por esses momentos também e sabia que tudo isso iria passar e seria resolvido. Antes de sair, ela foi até a Biblioteca abriu o cofre e tirou uma grande soma em dinheiro, colocou na bolsa e saiu para o trabalho, no caminho os dois não se falaram muito, o sol estava brilhando e deixava tudo muito mais verde.

Mal entraram na empresa e já deram de cara com Claudio que de cara percebeu que as coisas não estavam boas entre eles, ele deu passagem para que Francine e George passassem e os seguiu tentando disfarçar o sorriso de satisfação.

Ela abriu a porta do escritório, George pediu para que Claudio espera-se do lado de fora por um instante e entrou fechando a porta na cara de Thaís que ficou constrangida pelo ocorrido.

_ Fran?...o que tem em mente!?

Ele perguntou preocupado, se sentia numa mesa de sinuca.

_ Eu?...Eu já te disse o que é pra fazer George!... Essa questão não posso resolver por você!...a minha parte eu fiz, esta aqui. _ Pegou o pacote com o dinheiro e jogou sobre a mesa e se levantou se retirando, olhou para Claudio com desprezo e saiu.

_ Entre Claudio, vamos conversar!..._ Disse George dando espaço para ele entrar no escritório e continuou.

_ Não consegui faze-la mudar de pensamento!...não poderei te dar o navio, mas consegui essa soma em dinheiro para você se sustentar de inicio e te daremos um emprego no porto Belga como conferente, não vai precisar pegar peso, só dará ordens e conferirá a mercadoria que entra e que sai, é fácil, eu tenho um apartamento pequeno próximo ao porto que usava para descansar, aqui esta a chave, não precisará pagar aluguel e este dinheiro ajudará nas despesas ou até mesmo montar um comércio por lá.

_ Deixa ver se eu entendi?...Você acatou a sua mulher e enfiou o rabinho entre as pernas e vai deixar que ela mande em você como cachorrinho?..._ Claudio soltou uma gargalhada alta, fazendo George se sentir constrangido e humilhado.

_ Sim!...Terei que aceitar, caso contrário perderei minha família e isso é a ultima coisa que quero que aconteça.

_ Como você é um verdadeiro idiota!...Acha mesmo que ela vai se mandar levando os filhos?...Você não consegue nem por sua mulher no lugar dela que é em casa cuidando dos filhos e te esperando na cama.

George sentiu o sangue subir pela garganta, quase partiu pra cima dele, sua vontade era de esmurra-lo, mas ficou calado colocou a mão na cintura e coçou a testa tentando tirar aqueles pensamentos.

_ Essa é a proposta Claudio, é a única que posso te oferecer, é pegar ou largar.

Claudio pegou o pacote da mesa, abriu e olhou dentro, realmente a soma era alta, fechou e colocou debaixo da camisa e disse abrindo a porta:

_ Eu vou pensar direito no que me propôs maninho!..._ Saiu batendo a porta.

George praticamente se jogou na cadeira se deixando largado, respirou fundo por várias vezes, se sentia tonto e decepcionado, tinha que dar razão à esposa.

Claudio por fim acabou aceitando a proposta, foi para Bélgica, mas não assumiu o posto de conferente.

As vidas dos dois seguiram tranquilo, os gêmeos estavam crescendo e já se sentavam, faziam gracinhas e George estava totalmente apaixonado por seus filhos, inclusive Bruna que era por demais amorosa com ele e o abraçava e dizia que o amava muito, muitas vezes se recusava dormir no colo da babá ou de Francine, ele tinha que faze-la dormir, muitas vezes a levou para andar de cavalo, ela adorava e ria muito com as brincadeira que ele fazia. Francine até o momento tomava conta da empresa, mas George que ia ao lugar dela e trazia os papéis para ela conferir e assinar, ele acabou gostando da ideia e se sentia com menos responsabilidade, poderia se dedicar mais aos filhos.


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