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E assim se seguiu o mês, e Francine já estava recuperada, já sorria mais, e voltou a cuidar do Jardim. Judite já sabia que estava grávida, e só esperava George chegar para contar a novidade. Agora ele iria deixar Francine para ficar com ela, estaria carregando o filho desejado em sua barriga.

A Biblioteca foi toda limpa, estava impecável, a lareira limpa e escovada, não existia fuligem e nem poeira nos móveis, as janelas foram limpas e as cortinas trocadas por apenas as de renda trabalhada.

Passando mais 15 dias, George chegou trazendo muitos presentes e cheio de saudades no coração, Francine e Maria estavam passeando no Jardim próximo ao lago, as duas conversaram muito, e ela contou algumas coisas sobre George, e ela de Lauro e de como foi tola achando que o rapaz era melhor do que George, as duas ficaram sabendo a traves de Gertrudes que Lauro e Luiza abriram uma casa de prostituição de luxo na mansão onde Luiza morava, praticamente ela perdeu os bens, sobrando apenas a casa, então para sobreviver, ela começou a vender o corpo, e Lauro passou a ser seu cafetão, arrumaram novas meninas e começaram um novo negócio juntos.

As duas davam muitas risadas, trocavam confidencias, e Francine contou da noite de núpcias que foi a pior noite e quer esquecer.

Maria contou que já foi casada e teve uma filha, seu marido um homem Árabe, muito gentil, rico, mas que era muito severo e levava seus costumes a risca, exigia que ela comesse só depois que a filha e ele comessem, e quando era tempo de jejuar, não a tocava, mesmo que quisesse um belo dia, acordou e não viu mais a filha que estava com mais ou menos 4anos e nem ele, levou tudo que pode, e deixou-a na rua, pois até a casa ele vendeu, George a socorreu e a levou para o Chalé da praia, onde as vezes ele se refugia para pensar ou fugir dos fantasmas. Dês de então nunca mais se teve noticias deles, ela espera a volta da filha, e deseja que ela não tenha esquecido da mãe, quando ela olha pra Francine, ela se lembra da pequena, que se parecia muito com ela.

George sobe o topo da colina e avista as duas andando vagarosamente, ele desce galopando, Francine o vê e acena para ele, ele pula do cavalo e os dois se abraçam, e ele beija a sua testa, que tímida beija a sua mão. Voltou andando para casa, Corcel veio seguindo, ele contou como foi a viagem e que tinha trazido muitos presentes, e trouxe um especial para ela, quando chegaram perto da casa, lá estava, uma puro sangue, parecida com o Corcel, mas era Branca como a neve, ela correu para chegar perto do animal, e não acreditava no que estava vendo, sorriu gritou de felicidade, e o abraçou novamente agradecendo o presente.

_ Obrigada George!... Obrigada!.. Agora poderemos cavalgar juntos!...rs

José selou a égua que também ganhou selas novas e de primeira qualidade, e Francine disparou para testar o animal, enquanto ela se divertia com seu presente, Maria aproveita para conversar com George e contar tudo que sabia.

_ É meu amigo!...tenho muitas coisas para te falar!...Francine não perdeu o bebê espontaneamente, e sim foi induzida sem perceber, a dose que foi dada a ela, quase a matou, só não aconteceu por que fizemos um chá anti-hemorrágica e a dei assim que começou o processo de aborto, Ivonete com sua experiência também fez um ótimo trabalho, graças a Deus ela esta bem e saudável.

_ Quem fez isso!?..Quem foi o monstro? _ perguntou George segurando a amiga pelo braço e olhando nos olhos dela esperando resposta.

 Ela olhou para traz e lá estava Judite, a espreita esperando para falar com George sobre a gravidez. Ele entendeu na hora quem era o monstro e partiu pra cima dela, Judite entrou para dento correndo, e tentou se trancar no quarto, mas George como um touro, empurrou a porta e pulou na garganta de Judite.

_ Sua louca, o que você fez?_ e apertou o pescoço dela. José, Ivonete e Maria tentavam o segurar e fazê-lo largar o pescoço dela, foi quando Francine entrou escutando toda aquela confusão.

_ O que esta acontecendo aqui!?..Gritou ao ver o desespero de todos.

George largou de imediato, Judite cai no chão procurando o ar, Ivonete com uma tampa das suas panelas abana a infeliz, George pega na mão de Francine e ofegante diz:

_ Vem!...Vamos sair daqui, você não merece ficar em ambiente de cobras! _ e puxou-a para fora.

Quando cruzou a sala de Jantar, ela parou e puxou sua mão que ele segurava:

_ Pare!...Agora me conte o que esta acontecendo. _ ela estava nervosa, e assustada.

_ Vou te contar!...Vamos fazer o seguinte, vamos pegar os nossos cavalos e vamos andar um pouco, e te conto durante o percurso!..o que acha._ ele pós a mão na cintura, ainda um pouco ofegante.

_Você me promete que vai me contar a verdade?! _ perguntou calma.

_ Sim!...vou! _ respondeu em meio ao suspiro.

Os dois saíram e montaram em seus cavalos, no caminho ele contou a Francine, mas não contou a parte que Judite fez de propósito, disse que ela não conhecia a planta e quis fazer um agrado e pediu perdão a Francine, pois ele de novo teve uma atitude errada, e que não faria de novo, mas estava decidido mandar Judite embora.


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