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Maria a pedido do amigo, foi ver Francine e iria ficar com ela neste tempo em que George viaja-se assim ela não ficaria tão sozinha e sabia que poderia contar com ela pra qualquer emergência. Ela subiu assim que chegou, o silencio na casa era muito estranho, chegou no quarto dela e ela não estava, foi até o banheiro e nada, resolveu procurar nos outros quartos, foi quando viu Francine, deitada na cama, chegando perto, percebeu que algo de errado estava acontecendo, havia um pouco de sangue no lençol, acordou Francine, que assim que foi desperta, sentiu a dor forte, e gritou.

_ Ahhhhhhhhhhhhh!...Maria!...me ajude!!!..._ e se torceu colocando a mão na barriga.

_ Espere, já volto, mandarei fazer um chá para você. _ e tentou sair.

_Não me deixe aqui sozinha! _ falou entre os dentes.

_ Calma, eu preciso que tome o chá, vai parar o sangramento, vamos salvar seu bebê._ e saiu correndo do quarto, desceu as escadas correndo e chamando por Ivonete.

_ Ivonete!...corra, prepare um chá de folha de goiabeira, e me traga o mais rápido possível, traga uma bacia e panos, muitos panos! _ Ivonete entendeu a gravidade e foi preparar o chá, Judite que estava perto riu e foi para seu quarto.

_ Uhuuuu!..deu certo!...Quero ver o que essa bruxa vai fazer, agora é tarde demais. _ E riu alto deitando em sua cama e esperando pra saber das Boas noticias.

Horas depois, Francine perdia o bebê, sofreu muito, e tinha muitas dores, perdeu muito sangue também, teve uma pequena hemorragia, mas Maria e Ivonete conseguiram estancar. Trocaram toda a roupa de cama, deram um banho em Francine que estava pálida e sem forças, e deixaram-na descansar ali mesmo no quarto de George.

Assim que ele soube do que estava acontecendo, foi correndo para casa, e subiu as escadas como um relâmpago. Ivonete Balançou a cabeça confirmando a perda do bebê quando George entrou no quarto.

_ Sinto muito patrão, mas não conseguimos fazer com que ela segurasse o bebê. - Ivonete lhe entregou um lenço com o que pequeno embrião ainda em formação, tão minúsculo, mas era o começo de uma vida e precisava ganhar um destino.

Ele caiu de joelhos aos prantos, todos que estavam na casa se emocionaram com seu desespero e tristeza, Francine dormia, mas as lágrimas escorriam sem esforço do canto de seus olhos. George, se levantou, foi até Francine e lhe deu um beijo demorado no rosto e sussurrou em seu ouvido.

_ Não se preocupe, darei um local digno para o nosso filho, e saiu, desceu a escada e foi até perto do bosque, onde havia o tumulo da família, e Catherine estava enterrada lá. José o esperava, tinha em suas mãos uma caixa pequena de madeira bem trabalhada, e abriu assim que ele chegou perto, com jeito ele colocou dentro da caixa e entregou a José que fazendo uma cantiga de despedida na linguagem indígena, enterrou o pequenino ao lado da ex-esposa, muitos se achegaram e oraram. George saiu e foi ficar com Francine, e acabou sabendo o que aconteceu na casa, pois Francine relatou para Maria tinha perguntado o que tinha acontecido para ela começar o processo de aborto. Irritado, queria tirar satisfações com essa tal de Luiza e por a culpa toda nela.

_ Meu amigo!... Não vai adiantar, e essa moça não é culpada!...Abortos acontecem, principalmente quando a criança tem algum problema de formação. _ disse segurando em seu braço e impedindo que não saísse para fazer besteiras e continuou: _ neste momento sua esposa precisa de você aqui, apoiando e consolando, não foi só você que perdeu esse bebê, ela perdeu muito mais, carregava-o no ventre a 2 meses!

Ele consentiu e resolveu se trancar na Biblioteca, pegou uma garrafa de Whisky, e tomou quase mais da metade, ficou tão bêbado e anestesiado que não conseguia nem pensar mais.


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