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Dois meses se passaram, Fancine e George ao longo deste tempo tiveram pequenas discussões sobre Judite e a vontade de adotar a criança, mas ele se recusava, preferia ter seus próprios filhos, mas Francine não conseguia engravidar, praticamente se amavam quase todos os dias, e suas regra vinham normalmente.

George saiu logo que tomaram café, o tempo estava estranho, as nuvens estavam negras, mas não caia um pingo de chuva, logo após o almoço, Francine estava na Biblioteca, sentou e começou a fazer um casaquinho de crochê, pois Samira a ensinou com paciência a arte do tricô e crochê e pegou gosto, mas não se sentia feliz por completo, não entendia por que não conseguia engravidar e se sentia revoltada por George não deixar ela adotar a criança de Judite, já que o médico disse que ela não teria condições nenhuma para viver em sociedade e muito menos de cuidar do filho a quem nutria ódio e tentou várias vezes em provocar um aborto.

_ Senhora!? _ Chama Samira, com olhar de preocupação. _ Tem um homem do sanatório na porta, disse que é urgente e..._ Francine passou por ela como furacão nem esperou que termina-se de falar e foi a porta.

_ Pois não!?...em que posso ajudar!? _ Francine estava tremula, temia receber más noticias.

_ Senhora!.. Boa tarde!...Seu Marido se encontra!? _ Perguntou o homem aflito.

_ Diga logo Senhor!?... ele não está, mas posso mandar alguém o avisar do que esta acontecendo? _ Francine puxou o homem para dentro de casa. _ Por Favor!?

_Senhora, é que a Paciente Judite, ela pegou uma faca e cortou a própria barriga, os médicos estão fazendo de tudo para segurar o bebê que só tem 8 meses de gestação. _ O pobre homem estava aterrorizado e aflito.

Francine levou a mãos a boca assustada com a capacidade de destruição que Judite tinha e como atentava com a própria vida e a do bebê.

_ Samira!... Corra ao meu quarto, pegue meu casaco, irei para o sanatório ver o que posso fazer!? _ Francine mal conseguia falar, perdeu o ar e suas pernas bambearam, mas se manteve firme. Pediu para Rui os acompanhar e de lá ele avisaria a George do ocorrido.

A ida para a cidade parecia uma eternidade, Francine estava aflita, o que a louca da Judite fez?...não conseguia acreditar. Assim que chegaram, foi levada até uma porta de cirurgia, abriram e a colocaram para dentro, Judite estava pálida e sem forças e a tiveram que amarra-la na cama para não fugir ou tentar algo pior, ela se aproximou da cama, Judite a olhou e as lágrimas desceram e com muito esforço a chamou para perto.

_ Venha!...Preciso te contar uma coisa! Puxe a cadeira. _ ela sorriu e puxou o ar.

Francine olhou para a enfermeira que consentiu com a cabeça e sorrindo passando segurança. Ela puxou a cadeira e se sentou, apoiou a sua mão na de Judite que permanecia amarrada e esperou-a falar.

_ Não precisa me contar nada, eu já sei de tudo!...

_ Eu matei Catherine! _ disse Judite cortando as falas de Francine e desviando o olhar, como se estivesse revivendo aquele momento.

Francine não entendeu direito, e perguntou:

_ Não entendi!?...Você fez o quê?!...Tirou a mão que a tocava e levou para a Boca, sentiu um nó na garganta e teve vontade de fugir, mas quis ouvir a História.

_ Eu matei Catherine!...Foi eu quem colocou a cobra no caminho do cavalo!...Demorou muito, mas eu consegui acabar com a vida daquela vaca miserável!. _ Judite fechou os olhos, já não conseguia mantê-los aberto.

_ Judite!?..por que fez isso?..._ Francine já não conseguia controlar a emoção.

_ Eu Amava George dês de criança!...

Puxou o ar mais uma vez e continuou.

_ Eu o desejei na adolescência!...Sonhava em me casar com ele!...O Tive em meus braços por duas vezes!....E....E....Catherine apareceu......acabando com tudo!....Maldita!!!!...

_ Judite!...Você é doente!...como pode tirar a vida de uma pessoa assim!?...Quando não temos a pessoa que amamos, temos que aprender a esquecer, e procurar um novo amor!...Você sempre foi bonita, podia ter tido a chance de conquistar um grande amor e ter sido feliz!...mas você preferiu ficar presa a uma pessoa que não queria e não a desejava! E olhe pra você agora!?..._ Francine chorou a dor que sentia por aquela mulher era enorme, como pode destruir a vida de duas pessoas que se amavam.

Judite abriu os olhos, procurou ver Francine e chamou-a baixinho

_ Senhora!?...Peço perdão pelos meus atos!..._ Judite já respirava com dificuldades, puxou o ar com esforço e continuou _ Diga a George que eu o amei..Muitooooo....Ahhhhhhhhh!....Por favor!...Cuide da criança!....Ela nunca pertenceu a mim, e nem pertence a George, sempre pertenceu a você, que a amou dês do primeiro dia que soube que eu estava grávida e a encheu de presentes, era a única pessoa naquela casa que gostava de mim e me respeitava....Como fui burra, a única pessoa que me estendeu a mão....Por favor, faça isso por ela!?...Não o abandone como eu fui abandonada pelos meus pais...Eu sei que vai ama-la como sua própria filha....Por fav........._ Judite perdeu os sentidos e logo faleceu, não tinha mais nada o que se fazer, Francine ficou ali, chorando e orando pela a alma de Judite.

_ Vá com Deus Judite e que Deus a perdoe pelos seus erros!...


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