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A noite foi caindo, Francine só conseguiu acordar àquela hora, 17 horas da tarde, seu corpo doía menos e sentia uma fome enorme, ela olhou em volta pelo quarto, e tudo estava arrumado, as caixas já não estavam mais lá, era visível que estava tudo organizado e guardado, viu seus perfumes na penteadeira, algumas tiaras e maquiagem.

Francine sentou-se na cama e Maria saiu do banheiro com algumas toalhas nas mãos, ela sorriu ao ver Francine acordada e com um pouco mais de cor.

_Sente-se melhor!?..esta com fome?! _ perguntou chegando perto da cama.

_ Sim, muito melhor!...e estou com fome, muita fome!...rs _ Ela sorriu cruzando os dedos e se espreguiçando.

_ Então irei buscar seu Almoço, que agora será seu Jantar! _ Maria sai e vai até a cozinha.

_ Ivonete, prepare um prato bem apetitoso com seu maravilhoso caldo e eu cortarei o pão, que por sinal este muito cheiroso. _ Diz com tom animador de que as coisas começariam a se resolver.

_ Pois não Sra. Maria!... é pra já!

Rapidamente Ivonete prepara o prato, coloca o caldo quente, Maria pega alguns pedaços de pães e ajeita, talheres e suco a vontade são dispostos na bandeja, Judite olhava com desdém, já tinha passado dos limites aquele mimo todo com a princesinha mimada!...Maria percebeu os olhares, mas não deu bola, pegou a bandeja e subiu até os aposentos de Francine.

Ao entrar no quarto colocou a bandeja sobre a mesinha e serviu com carinho, Francine comeu tudo, estava mesmo com muita fome.

_ Nossa!... Que delicia!... nunca tinha comido uma sopa tão boa assim, e este pão?!...Tem especiarias? _ Pergunta Francine comento o ultimo pedaço.

_ São especiarias que George traz de fora do país, ele é chamado o Rei das especiarias! _ riu a amiga contando.

_ ele não voltou?!..._ Francine pergunta com uma voz preocupada e medrosa em saber da resposta!

_ Ainda não!...a chuva não parou até agora, deve ter ficado ilhado ou preso por causa do mal tempo!

Maria se levanta indo até a janela, sabia onde ele estaria naquele exato momento, pois era pra lá que ele ia sempre que algo o chateava ou quando queria ficar só, o chalé da praia.

_ Você Tem ideia de onde ele esta?! _ ela olha para Maria esperando pela resposta.

_ Bom!...Eu sei... talvez faço uma ideia de onde ele pode estar!...não seria louco de navegar com esse mal tempo.

Querendo deixar Francine preocupada. Pegou a bandeja e se retirou do quarto, olhou antes de fechar a porta e disse

_ Precisa de mais alguma coisa?

Francine, respondeu em negativa com a cabeça e permaneceu sentada no mesmo lugar.

A porta se fechou, e se perguntou por onde ele poderia ter ido!.. Claro!... Os homens sempre iam para a cidade, passar um tempo com aquelas mulheres da vida. Cruzou os braços, mas logo se negou a acreditar naquele absurdo que imaginara. Levantou-se da cadeira, foi até o armário e o abriu.

Nossa!...Quanta coisa!... Quantos vestidos!...Teria tempo de usar todos!?..Pra onde iria!?...Eram chiques demais, e aquele troglodita mal se relacionava com as pessoas da sociedade!...O que adiantava tanto dinheiro, se não aproveitava, não dava festas, ou viajava.

Abriu a gaveta da penteadeira, olhou os mais belos anéis, colares e camafeus, apenas os tocou com as ponta dos dedos e fechou a gaveta. Foi até o banheiro olhou novamente a banheira, branquinha com pés dourados e torneiras douradas. A pia era dupla feita para o casal poderem usar tranquilamente, olhou e viu que havia mais perfumes e joias, ele não tinha medo de deixar tudo tão exposto assim?!...ao olhar para o piso, viu um pedaço de tecido rasgado, se agachou e ao observar percebeu que era um pedaço do seu vestido de noiva, cambaleou tentando sair daquele lugar, seu coração disparou e parecia que estava revivendo todo aquele pesadelo, o ar não passava por sua garganta, acabou desmaiando entre a porta do banheiro e o quarto.


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