Poison II - I can't change (L.S)

XV

POV Harry.

Hoje o dia amanheceu triste. O dia estava nublado e algumas nuvens cobriam o céu cinza de Los Angeles. Hoje era um daqueles dias em que você não sente vontade de fazer nada, apenas ficar deitado debaixo das cobertas na cama o dia inteiro.

Encarei o vazio do teto por alguns segundos. Pisquei lentamente meus olhos algumas vezes desejando que aquele dia terminasse logo, mas o pior de tudo era que eram a recém 7:30 da manhã.

Rolei para o outro lado da cama e estiquei meu braço à procura do meu telefone que estava em cima do criado-mudo. Cocei o topo da minha cabeça enquanto tentava alcançar o celular com a outra mão. Peguei o telefone e analisei a tela.

Havia algumas mensagens do Louis, mas eu não estava no clima para responder. E duas ligações perdidas do mesmo número. DDD: França.

Fechei os olhos e respirei fundo, desejando que aquele dia chegasse ao fim. Rolei na cama por alguns minutos, eu estava impaciente e havia perdido o sono. Perfeito, a única coisa que me restava era dormir e nem isso eu consigo fazer.

Minha bexiga estava cheia, mas mesmo assim eu me recusava a levantar da cama. Olhei para as horas no telefone; haviam se passado somente 3 minutos. Era como se cada minuto se tornassem horas.

Bufei irritado e num piscar de olhos eu já estava sentado na cama. Atirei o travesseiro para o canto e calcei um par de pantufas que estava na beira da cama. Apanhei um blusão azul marinho que estava jogado no chão e o vesti sem pressa. Levantei da cama e arrumei minha calça.

Caminhei até o banheiro e acendi a luz. Levantei a tampa do vaso sanitário, desabotoei minha calça e desci o zíper lentamente. Senti minha bexiga esvaziar ao urinar. Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos enquanto acabava de urinar.

Dei a descarga e abotoei minha calça. Parei em frente a pia e enxaguei minhas mãos. Fiz uma concha com as mãos e joguei um pouco de água no rosto. Apoiei as mãos em cada lado da pia de louça e encarei meu reflexo no espelho. Eu estava péssimo. Parecia que eu não dormia a dias.

Sequei meu rosto e minhas mãos. Desliguei a luz do banheiro e fui em direção a cama para buscar o meu celular. Apanhei e o guardei no bolso.

Resolvi sair do quarto e ir para outro ambiente da casa. Caminhei pelo corredor e fui até a cozinha. Abri o armário e peguei uma xícara. Peguei a cafeteira e enchi minha xícara com café preto.

Encarei o desenho que a irmã do Louis havia feito para mim. Aquele desenho está colado na geladeira desde o dia que sua irmã havia feito. Passei os dedos sobre o papel colorido e sorri de canto.

Deixei o desenho de lado e fui para a sala. Sentei-me no sofá e juntei os joelhos ao peito. Encolhi-me em meio ao silêncio do meu apartamento. Observei a fumaça sair de dentro da minha xícara e bebi um gole do café.

Tirei o telefone do bolso e fui para a caixa de mensagem. Procurei pelo contato do Louis e escrevi uma mensagem.

- Não poderei ir a aula hoje, tenho algumas coisas para resolver - escrevi e a enviei.

Não demorou muito tempo até Louis responder a mensagem:

- Tudo bem. Se precisar de algo, pode me chamar :) - respondeu.

Visualizei a mensagem de Louis e coloquei o celular em cima da mesa. Peguei o maço de cigarro que estava jogado em cima do sofá e peguei um cigarro. O coloquei na boca e risquei o esqueiro, acendendo a pequena chama, que era o suficiente para acender o cigarro. Traguei o cigarro e segurei entre meus dedos.

- Vá em frente e acenda um cigarro, incendeie minha mente, ponha fogo na minha mente hoje à noite - disse a mim mesmo enquanto via a ponta do cigarro sendo queimada.