DEZ - MÁSCARA

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I A N

– Eu não entendi bem... como vocês pretendem acabar com a raça humana? – Perguntou Ian seguindo Ryan por outro corredor que mais parecia ser um labirinto.

– Depois de criar o caos, a epidemia – disse Ryan. – Quando as pessoas passarem a infectar uma as outras, a epidemia vai ficar fora de controle e as autoridades vão estar ocupadas demais tentando controlar o caos – ele olhou para Ian – que mal vão perceber nossa ação.

Ryan parou em frente a outro vidro, fazendo Ian parar para olhar também. Dentro de uma sala, um homem dormia, assim como a Morte, dentro de um tubo.

– Ele é radioativo – disse Ryan. – Seu poder de radiação é tão forte que mal conseguimos chegar perto dele sem sermos contaminados. –Ian encarou o homem boquiaberto. – A princípio vamos mandá-lo para o continente europeu – disse Ryan. – Com o radioativo a solta, a destruição por contaminação da segmento ao nosso plano.

Aquilo parecia fazer menos sentido ainda para Ian.

– E você pretende fazer isso como? – Perguntou Ian. – Não dá para, simplesmente, colocá-lo num avião e mandá-lo para a Europa.

Ryan riu.

– É por isso que estamos aumentando as habilidades daquele garoto que pode se teletransportar – disse Ryan.

– Kayo... – sussurrou Ian. Ele então se lembrou do garoto tentando teletransportar a maçã usando a força da mente. Ian voltou a encarar o homem dentro do tubo. – O que acontece se ele sair dali?

Ryan o olhou com curiosidade.

– É provável que ele destrua tudo. O Radioativo é na verdade uma grande bomba. Se ele não se contém, explode. A dimensão de seu poder é tão incontrolável que sua explosão afundaria essa ilha sem dificuldade alguma – disse Ryan. – É por isso que ele e a Morte estão sendo conservados para serem usados no momento certo.

Serem usados – pensou Ian.

– Mas não é isso que eu queria te mostrar. Venha – ele seguiu mais uma vez pelo corredor e entrou num laboratório grande e bem iluminado onde um rapaz dormia na maca.

– Esse é o nosso mais novo experimento – disse Ryan orgulhoso ao entrar num amplo e bem iluminado laboratório. – A arma de guerra perfeita.

Ian encarou o rapaz deitado na maca e por um instante achou que iria desmaiar.

– Richard? – Perguntou ele num sussurro. Ryan encarou o irmão.

– Você o conhece? – Perguntou ele curioso. – Você parece conhecer todo mundo.

Ian se aproximou do corpo de Richard. Havia alguns fios conectados em seu peito e num monitor ao lado da maca seus batimentos cardíacos eram medidos. O cabelo de Richard estava raspado e seu rosto estava estranho.

– O que aconteceu com ele? – Perguntou Ian encostando levemente no braço frio de Richard.

– Quando Raquel e os outros o encontraram, eles acharam que o processo de regeneração dele não ia funcionar – ele se aproximou de Richard também – você viu a altura da ponte que ele pulou?

Ian mal escutava o que Ryan falava. Ele então encarou a mão direita de Richard que não era mais humana, mas sim robótica, como uma prótese.

– O que aconteceu com a mão dele? – Perguntou Ian com medo da resposta.

– A mão dele foi substituída, assim como o olho direito e o ouvido – disse Ryan. – Ele agora tem um olho biônico e uma audição extremamente apurada.

Heróis (Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora