XVI

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Dedicado a Elissande uma grande amiga ♡

£ André

Eu a observei durante toda a noite, Carmem teve um sono agitado, estava inquieta e seu sofrimento era evidente. Eu, só pensava em ser o atosuficiente que em toda minha vida o fui, queria acalma-la, consolar e arrancar toda essa dor de seu peito, eu sabia como era viver sem família, e, de sua perda, de certa forma eu era o culpado.

Senti seu despertar pela manhã, mas ela não se moveu, encolheu-se em posição fetal em minha cama agarrando-se ao meu travesseiro como se ele fosse a sua própria vida, tratei de não invadir muito seu espaço, deixar com que o tempo fechasse as feridas de seu coração, meu trabalho se restrigiu ao apoio e ao carinho em tempo integral, mesmo sem proferir palavras meu intuito era fazer aquela menina saber que era importante para alguém, em especial para mim.

3 dias depois...

3 dias depois

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£ Carmem

Já estava a algum tempo alojada na casa de André, o impacto de ser expulsa de meu clã fora forte e pesado demais para meu psicológico, há tempos não ouvia notícia de algo assim sobre os roma, esta era mais uma marca na qual carregaria para sempre.
Apesar dos pesares, eu e o André nunca nomeamos nossa relação, talvez até tenha sido isso a causa de meus deslizes, nunca conseguir ver nossos encontros como maldososos, sempre carinhosos, havia sentimentos... E depois de toda a confusão eu poderia afirmar com toda a certeza do mundo que aquele homem estava ali para assegurar meu bem estar. Talvez mesmo portando a culpa, eu via seu incômodo ao me ver daquela maneira, vi sua ausencia dois dias da empresa apenas para ficar a minha disposição e suas atitudes me reportavam cada vez mais o grande homem que ele era.

Naquela tarde, Na qual ele retornou para a Cavalcanti resolvi sair e andar pela cidade sozinha, eu queria sentir outra vez a natureza, já que a alguns dias atrás eu vivia em contato com ela.

Em meio há tantas arvores e canto dos pássaros em meu esconderijo próximo ao acampamento me encontro com Zaíra sentada na beirada da nascente, de nossa linda e escondida nascente.

- Pequena? - Chamo por seu nome a surpreendendo.

- Carmem? - Seus olhos me fitam tristes e maravilhados - O que faz aqui?

- Matar saudades. E por Kali que saudades estava desse lugar e principalmente de você - Digo sem pestanejar.

- Pois eu não estou com nenhuma, vá embora! - Até mesmo minha luz puseram contra mim. - Agora! - seu grito ferindo minha alma.

- Por que Zaíra? Sou eu, sua Carmem! - enfatizo.

- Não. Você é uma mentirosa e enganadora, você me traiu ao não cobtar seu segredo e depois por me deixar sozinha.

A minha ligação com Zaíra era demasiadamente forte, sua mãe não era tão ligada a ela e certamente a presença feminina que a acolheu morava em mim.

- Eu não lhe abandonei meu passarinho, fui expulsa e sequer tive a chance de me explicar, inclusive para você. Ah Zaíra eu sinto tanto sua falta... - me aproximei acariando seus longos e delicados cabelos.

- Jura? - Seus olhinhos cheios de lágrimas me acertaram como uma bala banhada a Ouro.

- Juro! - respondo. - A Carmem te ama muito, te tenho em mais alta conta, você a minha família pequena Zaíra. - Seus olhos tomados de amor me amoleceram.

- Eu acredito em você! - Quase pulei de felicidade quando senti seus brancinhos me rodeabdo e me apertando como se nao quisesse nunca me perder. - Só por favor, nunca mais me abandone, eu preciso de você.

- Nunca! Verei você todas as tardes de terças e quintas feiras pode ser? - propus, e por mais esforço que fizessem ninguém jamais nos sapataria - Te espero aqui em nossa nascente, combinado?

- Combinado.

******   *******

- Onde estava? - Fora a primeira coisa que ouvi de um André um tanto chateado quando retornei para casa.

- Fui de encontro a natureza, ela me abastece de energia. - sentei em seu sofá retirando as sandálias, agora tinha meu quarto, não me sentia completamente em casa mas era grata aos deuses e as forças da natureza por não me deixarem desamparada.

- Entendo. Só peço para que me avise Carmem, passei a tarde completamente louco atrás de você.

- Ok Patrão! - Sua cara se fechou na hora quando fiz o uso da expressão, porem não dei muita importância, apenas queria deitar naquela cama para cumprir o ritual que foi me imposto, deitar, chorar e dormir.

**** ****

Um pouco mais tarde, com o sono leve, ouvi leves batidas na porta de meu quarto e quando me esguerei pela greta percebi ser o herdeiro dos Cavalcanti

- O que o senhor deseja? - questionei confusa, enrolada em mais um de meus vestidos de algodão.

- Venha até a varanda comigo? Preciso conversar. - Confessou com os olhos presos aos meus... - Não hesitei e apenas o segui.

- O que o senhor deseja? - questiono curiosa.

- Já passamos da fase das formalidades Carmem, pra você sou o André e somente André está bem? - Ele diz calmo mas em tom de repreensão.

- Sim Se... - seu olhar me esquentou e logo depois me congelou instantaneamente - desculpe... André. O que quer falar - disse e me arrependi em reparar em como aquele homem que me fazia perder o juízo estava, sua calça de tecido leve e clara caindo em seus quadris, seu leito nu e seus cabelos semi molhados me fizeram entrar em estado de choque.

£ André

Eu não conseguia eliminar Carmem de meus mais simples pensamentos, saber de sua saída a tarde sem deixae explicação, me deixou demasismente apreensivo, confuso... fora de controle, eu temia sua ausência e isso me assustava descontroladamente.

Senti um alívio imenso, desses de retirada de guindastes de cima de minhas costas quando a revi novamente em meu território... havia algo de muito sério pairando entre nós.

A noite, após um banho e uma tentativa frustrada de ver séries na TV, fui até o quarto de hóspedes onde ela agora estava alojada e resolvi chama-la para uma conversa. Gostaria mesmo de saber se tudo isdo que eu estava sentindo era real, nomeavel e se toda essa intensidade era proviniente só e somente de minha parte.

A varanda que ela criou, não havia no mundo melhor lugar que este para o tal objetivo.

- Estou aqui André, diga sobre o que quer conversar - Ela me  disse com os olhos brilgantes e eu paralisei ao ver sua boca vermelha e o vestido floral branco que realçam suas coxas.

- Carmem... É complicado mas preciso dizer..  - O nosso magnetismo era mágico, eu era constantemente puxado para ela como imã.

- Não precisa - Fui pego de supresa em meio as árvores plantadas por suas palavras sussuradas, seu beijo molhado e os dizeres que vieram logo em seguida. - Me ensina a fazer amor?

Seu vestido caiu como montanha aos seus pés, deixando o corpo nu que eu desejava devorar como nunca quis algo em toda a minha vida.

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A sorte está LancadaWhere stories live. Discover now