XIII

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£ Carmem

Ele veio me ver?

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Ele veio me ver?

- Veio me ver? - repeti para acreditar o olhando fixamente, segundo depois apelei - Então pelo amor de Deus entre logo, Não quero que lhe vejam na porta de minha cabana. - (*Já haviam visto*). Rapidamente ele adentrou a minha formosa cabana

- Você está louco? O que deu em você? Já o alertei sobre nossa aversão por gadjos. - pronúncio em advertência

- Aversão? Você tem aversão a mim Carmem? - sem calcular suas ações, ele se agacha bem a minha frente procurando a verdade em meu olhar. - Diga! - Seus olhos cheios de decepção.

- Eu não André - digo mansa - isso já está mais do que provado - Seus olhos varriam meu rosto - mas eles sim, eles tem. Não entende que quero o proteger.

- Proteger? - solto uma gargalhada, mas logo me calo ao notar que exagerei - de que? Se ainda não percebeu sou rico e poderoso cara cigana.

- É rico e poderoso, porém não é imune a uma praga cigana e não queira saber o que uma praga cigana pode fazer para destruí-lo. - Ela diz completamente assustada.

- Superstições...- Digo cético.

- Superstições que fazem parte de minha crença, você está em meu território então trate de me respeitar! - ranho irritada.

- Fique calma senhorita e me desculpe -
Seu tom era de resignação - Aliais sua tenda é linda - mudou de assunto - e mesmo estando apenas sob a luz da lua, ele diz reparando cada detalhe que podia ver.

- Obrigada! Mas agora diga de uma vez o porque veio me ver. - preciso de uma resposta.

- Pra falar a verdade, nem eu mesmo sei. Senti sua falta hoje, e, agora a noite resolvi vir trazendo um presente.- sua criança interior saltava em sua face.

- Que presente? - Questiono ao não ver nada em suas mãos.

- Este! - Como rapidez, ele estica uma das mãos para fora da barraca pegando uma garrafa de vinho e taças de cristais.

- Vinho?

- Vinho. Sou somelier nas horas vagas. - Ele pronuncia com orgulho.

- Some o que? - O que é isso?

- Desgustador de vinhos... - vendo que ainda estou confusa, ele explica - Eu provo vinhos, de todos os tipos e digo para o mundo se ele é bom ou não. - Numa contradiçao, nesse momento, o grandioso Cavalcante estava sentado em meu humilde tapete felpudo.

- Entendi.

- Pode desgustar esse comigo? Gostaria muito de saber sua opinião sobre esta safra Chilena do ano 2000. - ele ergue o vinho as minhas vistas.

- Se assim você deseja, sem problemas. Já lhe digo que o máximo que poderei dizer é se o gosto é gostoso ou não. - Digo o fazendo rir

- Esse é o espírito da coisa carmem. - ressalta e eu sem pensar muito o puxo para se sentar ao meu lado, em minha cama.

- Então vamos logo!- viro de frente para ele cruzando as pernas sobre a cama, enquanto ele tira os sapatos ficando de maneira confortável também. Em um movimento rápido nossas taças são preenchidas.

- Um brinde - ele diz

- A nós - dizemos juntos.

Sovemos o primeiro gole, e apesar de não ser uma maravilha, achei o chileno bastante agradável.

- Gostou? - ele observa minha reação

- Eu prefiro a minha sangria caseira, mas ele é bom não irei negar. Pode dizer pras pessoas que gostei e o aprovo. - disse divertida.

- Que ousada, não? Dará uma otima crítica - Caímos juntos na gargalhada - Espero em breve provar de sua sangria. - um clima pesado pela eletricidade que emanava de nossos corpos se instaurou.

- Irá André, você irá - Levantei a taça em sua direção tomando mais um gole. E ele sorriu o mais belo dos sorrisos.'

Sem esperar, André esticou minhas pernas as repousando sobre as dele, suas mãos subiam e desciam acariciando desde a coxa ao tornozelo rodeado por jóias.

- Sua pele é tão macia - ele analisa repousando seus lábios sobre a direita, não preciso nem dizer que me arrepiei por inteira. - Conte-me seu segredo cigana Carmem...

- Hummmm...Banho de ervas naturais. - disse com orgulho, eu era vaidosa e como uma adora elogios sobre meus cuidados para comigo mesma.

- Não é apenas isso Carmem... Eu quero entender como pude me encantar tanto... Me fazer perdido em você. - suas palavras são demasiadamente sinceras, constatei outra vez que o medo habitava em nós dois.

- Já disse, é o banho da cigana. Ele é feito para sedução - Avisei mas logo depois caí na gangalhada os olhos do homem estavam arregalados.- Vejo que agora acredita no poder cigano mas é mentira André, esses banhos até existem, mas nunca tomei um na vida, o único que tomo é o de cheiro e o de rosas brancas com leite de cabra. Entre nós simplesmente aconteceu, e o que tiver que ser será. Você sabe que o nosso primeiro encontro foi totalmente por acaso e os outros baseados em meu desespero. - De certa forma eu o acalmei, como diz a minha teoria: Está aí a prova de que não existe ninguém 100% cético.

- Nunca me senti tão atraído por uma mulher e isso me assusta, eu perdi totalmente o controle... - agora ele me puxou para seu colo - Me sinto tão bem quando a tenho em meus braços ou quando a beijo - Seu nariz traçou uma linha de meu pescoço até a minha boca.

Fui beijada com a mais feroz das fomes, estavamos enlaçados pelo desejo que nos consumia, André me acariciava como se eu fosse seu porto seguro ou um oásis no deserto, como não percebemos que a cada dia que se passara estávamos mais doados um ao outro.

£ Andre

Foi assim minha primeira noite acordado sem a necessidade de estar transando com uma mulher, apesar do desejo desenfreado que sentia por Carmem, sua companhia me bastava e me deixava extremamente feliz. Conversar amenidades e tomar um bom vinho em meio a apenas caricías, fez de mim um homem inteiramente realizado.

Aos primeiros raios, cor laranja, do sol, me despedi da jovem dona de meus pensamentos e voltei com um sorriso enorme no rosto para casa. Nesse meio tempo concluí que agora eu era como aquele adolescente que se perdera pela menina da classe superior, que eu era um homem completamente apaixonado por uma desconhecida, e o maus importante eu era um homem disposto a enfrentar quaisquer respostas do futuro em nome de Carmem.





A sorte está LancadaOnde histórias criam vida. Descubra agora