32 - Back To Old Ways

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Algumas semanas depois...

- Onde Karla está? – Shawn perguntou para Austin que por sua vez acompanhava as pequenas letras na tela de seu computador.

- Não está no quarto? Com a quantidade de calmante que você deu a ela, duvido que ela tenha conseguido sair da cama. – Austin tirou seus óculos e massageou suas têmporas. Desde a morte de Sinuhe e o desaparecimento de Alejandro, as responsabilidades da Cabello Enterprises foram transferidas diretamente para ele.

- Seria melhor ela ficar solta por aí em busca de Alejandro deixando uma trilha de mortes por onde passasse? Estou pensando no bem dela... E no nosso também.

- Muito altruísta da sua parte, Shawn. – Austin voltou a se concentrar no computador a sua frente.

  Sem falar uma única palavra, Shawn seguiu até o quarto de Karla. Algumas semanas tinham se passado desde a morte de Sinuhe e o desaparecimento de Alejandro, então desde tais acontecimentos Karla se encontrava parcialmente dopada.

- Karla, eu preciso falar com você. – O jovem bateu na porta entrando no quarto logo em seguida.

  A morena olhava para o teto enquanto brincava com seus dedos. Era deplorável o estado da jovem e Shawn sentia-se culpado por isso.

- Você está me escutando? – Ele insistiu.

- Eu não estou morta. – Karla foi seca. Aparentemente os efeitos do remédio haviam passado.

- Desculpe mas eu preciso falar algo importante. Podemos conversar?

- Já não estamos conversando? – Karla puxou alguns cobertores para perto de si.

- Enfim... Não é fácil explicar isso mas seu pai foi encontrado morto em um galpão hoje de manhã. Karla, não foi ele que matou Sinu. De acordo com a autópsia, ele foi morto ao menos uns dois dias antes dela.

- Isso muda os fatos?

- O mais estranho é que nesse galpão foram encontradas marcas de pneus... Do seu carro. – O semblante de Shawn aparentava preocupação. - Karla, se quiser contar algo eu estou escutando...

- Espera aí! Você acha que eu matei eles?! Me diz porquê eu faria isso sendo que eu estava ocupada demais procurando Lauren! Não seja idiota! – Karla sentou-se na cama rapidamente.

- Calma! Eu estou apenas analisando as possibilidades! Por que teriam marcas dos pneus do seu carro lá?!

- Esse galpão por acaso é um perto de um cruzamento? – Karla buscava informações em sua memória.

- Sim, eu acho.

- Desgraçados... Eu tenho certeza que foi tudo armado.  – Karla levou suas mãos até seus cabelos.

- Experimente contar sua versão para a polícia pois você é considerada a suspeita principal.

- Mas não fui eu! Lucy pode confirmar minha história! Ela estava comigo!

- Com Veronica em cima de você, eu duvido que adiante alguma coisa. Mas tente.

- Shawn, você precisa me ajudar. – Algumas lágrimas se formavam nos olhos da pequena.

- Sabe, Karla... Eu sinto falta de quando você sabia o que estava fazendo. – Shawn saiu do quarto sem dizer mais nada.

~~~

- Alô? – Karla verificava as balas em sua arma.

- Karla? Você está bem? Eu não queria que você viesse depor, meu anjo... – Lucy falava com uma voz de decepção.

- Tudo bem. Você sabe que eu não fiz nada. Pelo menos não com eles. – Karla riu.

- Para de brincar. Temos coisas mais sérias pra lidar agora. Você viu que Fifth Harmony deu uma pausa na carreira?

- O que? Será que tem algo a ver com Lauren?

- Provavelmente... Talvez seja uma forma de despistar o sumiço dela.

- Nós precisamos encontrá-las. Keana também sumiu. E aliás, eu recebi algumas mensagens de um número desconhecido falando que elas sairiam bem caso eu me entregasse. – Karla suspirou.

- Eu posso tentar rastrear o IP pra saber de onde vieram as mensagens. De qualquer forma você precisa aparecer aqui na delegacia daqui a pouco.

- Okay, Vives. Você manda. Daqui a pouco eu chego aí.

   A ligação foi encerrada, então Karla colocou o telefone do seu quarto no lugar.

- Shhhh! – Karla disse para a morena que gemia amarrada a sua frente. - Quantas vezes você precisa passar por isso pra saber que não deve confiar em mim, sweetheart? - Karla encostou o cano da arma na testa de Michelle. - A sua sorte é que eu preciso de você. - A jovem criminosa tirou a mordaça que se encontrava na boca da irmã de Lauren.

- Você é doente!  – Michelle gritou.

- Já me disseram isso antes. Agora caso queira manter seu lindo cérebro dentro da cabeça, sugiro que manere seu tom de voz... Agora me diga, o que sabe sobre o desaparecimento de Lauren? – Karla sentou-se no colo de Michelle.

- Eu já te disse que não sei nada! – Michelle olhava nos olhos escuros de Karla.

- Mentirosa! – Karla bateu com a arma no rosto de Michelle.

- Por que caralhos eu saberia de alguma coisa?

- Me diga você. – Karla beijou o pescoço de Michelle a arrepiando. - Eu sei que você sabe de alguma coisa. – A morena deixou uma pequena marca roxa no pescoço da jovem.

- Eu... Não sei de nada. – Michelle fechou seus olhos ao sentir os toques de Karla.

- Não acho que seja verdade. – Karla rasgou a blusa da mulher a sua frente.

- Karla...

- Sim? – Karla levantou do colo de Michelle, ajoelhando-se e desabotoando a calça da morena.

- O que está...

- Shhh. – Karla distribuía beijos pela coxa de Michelle. - Eu te deixo excitada, Jauregui? – Karla sentiu a umidade entre as pernas de Michelle. - Eu te fiz uma pergunta. – A morena subiu até a boca de Michelle, dando uma mordida sútil em seu lábio inferior.

- Vai pro... inferno! – Michelle jogou as palavras em Karla.

- Já parou pra pensar que talvez... Só talvez, o inferno seja aqui? – Karla sentou-se novamente no colo de Michelle, rebolando lentamente. A expressão de excitação e sofrimento de Michelle causava uma sensação de vitória inexplicável​ em Karla. - Já parou pra pensar também que talvez, só talvez, nós sejamos os demônios? – Karla levantou-se pela última vez, sacando sua arma engatilhando-a. Um disparo certeiro no coração de Michelle foi o suficiente para matá-la.

- Você não é tão divertida quanto sua irmã. – Karla limpou algumas gotas de sangue que respingaram em sua pele. - Agora se me dá licença, tenho um depoimento a dar. – Karla sorriu ao ver o sangue de Michelle sujar todo o carpete branco do seu quarto.

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