74. i love you

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  Gabriella narrando

Eu estava bem, me sentia bem. Não lembra de nada depois do acidente. Nem do hospital. Mas a minha mãe disse que minha vida ia mudar depois disso. E eu podia sentir que ia. Levantei, depois de conversar um tempão com a Manu, Lari, Babi, Ke e Ag. Tomei banho, lavei a cabeça. Tiraram meu gesso, ainda bem. Terminei meu banho, me enrolei na toalha e saí.
Kelly: Cara, parece que as coisas vão ficar bem agora
Gabriella: Afinal, quem ganhou? - perguntei. Elas riram.
Agatha: Nós, é claro. BT saiu com um tiro no pescoço, do seu pai - contou e nós rimos.
Gabriella: Nossa, to impressionada
Manuella: Não devia, somos os melhores
Gabriella: Somos nada, você ficou trancada em casa
Manuella: Isso não conta, vadia - Mandou dedo e eu ri.
Larissa: Aonde vai?
Gabriella: Acho que vou lá conversar com o Pietro
Bárbara: Então coloca isso aqui gostosa! - Levantou, veio do meu lado e me entregou um vestido.
Gabriella: É sério? - questionei, olhando o vestido. Ela riu.
Larissa: Eu arrumo seu cabelo. Coloca! - Levantou. Revirei os olhos,  mas deixei ela arrumar meu cabelo. Secador e prancha, o básico. Levantei, coloquei o vestido. Passei perfume, e tava pronta. Depois de respirar fundo umas 20 vezes, abracei as meninas e saí de casa.
Barbie: Boa sorte! - Gritou enquanto eu descia as escadas.
Gabriella: Pilantra! - Gritei de volta e ouvi ela rir. 
Barbie: Também te amo, Gabi! - gritou. Sorri. 
Saí de casa, atravessei a rua e entrei. Respirei fundo mais 5 vezes, subi e entrei. Vazia. Subi novamente, e fui até a porta do quarto. Me deu um frio na barriga nessa hora. Vai dar tudo certo, mentalizei. Coloquei a mão na maçaneta, respirei fundo mais 10 vezes e girei. Ele tava parado em frente à janela, mãos nos bolsos, olhar inexpressivo. Como sempre. Quando ouviu o barulho da maçaneta se virou. 
Gabriella: Oi, desculpa entrar assim...
Polegar: Sem problemas - Se virou pra mim. - Você tá bem?
Gabriella: Estou - Entrei. - To bem melhor, braço, tudo...
Polegar: Isso é bom... - disse. Assenti. - Sobre o que você disse no hospital... Você sabe, não sou o cara certo pra você. Não sou bom, não presto, pego tudo que eu quero, a hora que eu quero, faça tudo errado, corro risco à cada segundo do meu dia. Te coloco em risco à cada segundo em que estamos juntos. Sempre fui e sempre vou ser esse cara 
Não entendi o que ele quis dizer, mas a Manu achou que eu disse algo para ele, porque ele saiu sorrindo e chorando do quarto no hospital.
Gabriella: Quer saber? Foi por esse cara que eu me apaixonei. E nós não somos nada diferentes. Aliás, somos iguais demais, até - respirei fundo. Ele estava com a respiração acelerada, os olhos arregalados. - Sabe, de todas as escolhas que eu já fiz, a de ficar com você, independente das consequências, foi a melhor. E eu não me arrependo de ter me aproximado tanto, de ter me envolvido tanto, de ter me apaixonado tanto por você. Porque sempre foi você, mesmo quando você foi embora, mesmo quando terminou comigo, continuou sendo você e vai ser sempre. É você. Sempre foi você. E sempre vai ser - respirei fundo mais uma vez. Sabia que estava perto. Ia sair, não tinha mais como prender isso dentro de mim. - Conhecer você mudou a minha vida. Abriu meu coração de um jeito... que eu não achava ser possível. Eu te amo - disse. Ele veio se aproximando. - Eu te amo, Pietro! - sussurrei e nos beijamos. Parecia a primeira vez.
Ele se afastou para me olhar.
Polegar: Demorou, hein? - sorriu de lado.
Gabriella: Sinto muito, achei que não estivesse pronta - me desculpei.
Polegar:  Agora você ta?
Gabriella: Sempre estive, só demorei a perceber isso
Polegar: Será que agora vai ficar tudo bem? - perguntou. Segurei nas mãos dele e ele apertou as minhas.
Gabriella: Vamos fazer ficar!
Pietro: Eu te amo, morena - ele sussurrou.
Gabriella: Eu amo você, lindo - sussurrei. Ele segurou o meu rosto com as duas mãos e me beijou.
E naquele momento eu sabia.. Sabia que ele era o que eu mais queria, mais do que qualquer coisa. Sabia que aquela era a minha escolha, e não mudaria. E sabia, acima de tudo, que íamos nos amar, independente de qualquer coisa. Pertencíamos um ao outro. 

Fim

Mulher de Traficante (TEMP 2) COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora