— E não foi nada agradável. — Ela comentou coçando uma das sobrancelhas.
O dois fizeram outras perguntas sobre a missão dos jovens, e eles prontamente responderam. Lucia foi até a enfermaria e pegou alguns curativos para colocar nas garotas. Depois das perguntas, os jovens foram liberados e seguiram caminhando juntos até cada um ir fazer outras atividades individuais.
Selena foi para seu dormitório, e decidiu tomar um banho antes de colocar o curativos no pescoço. Normalmente, colocou o shampoo na mão e o levou a cabeça, iniciando a lavagem. Fechou os olhos para não irrita-los com a espuma, porém nesse momento uma rápida visão veio em sua mente, ela viu Drake a avançando e a mordendo.
Assustada abriu os olhos, e a espuma entrou neles.
Caralho! Mesmo longe esses monstros ainda me ferram.
Furiosa lavou os olhos, acabou decidindo encerrar o banho. Se cobriu com uma toalha e colocou outra enrolada no cabelo. Frente ao espelho, tapou a ferida no seu pescoço com o curativo.
Saiu do banheiro chamando a atenção de Lúcia, que desviou o olhar de seu celular.
— Por que seu olho tá vermelho? — Ela perguntou colocando o aparelho ao lado.
— Caiu shampoo no meu olho, to puta com isso, arde demais. — Respondeu caminhando até a cômoda.
— Também odeio isso, é chato.
— Pois é. — Caminhou até a cômoda, pegando as roupas.
Victor também foi para seu dormitório, um pouco contra a sua vontade. Ele o dividia com outro garoto e este era implicante e chato, tal como invejoso. Por isso não perdeu a oportunidade de provocá-lo assim que Victor entrou no quarto.
— Agora a bonequinha se acha por que foi a uma missão, deixou o vampiro te chupar? — Perguntou debochadamente sem tirar o olho de seu celular. Estava deitado, e pela hora deveria ter adormecido, mas aparentemente ficou acordado justamente para lançar as ofensas.
— Vai dormir, ou melhor se mata, estamos no oitavo andar, e só se jogar da janela. — Sugeriu com sarcasmo, indo em direção ao seu armário, onde tirou a toalha o sabonete e o pijama.
— Eu só não te quebrei ainda por sei que você vai correndo contar ao Luke. — O encarou, sério
— É mesmo? Que legal. — Lhe lançou um beleza, com a mão. O garoto apertou os olhos irado, mas não respondeu.
A língua de Victor era afiada, mas ao mesmo tempo ele tinha preguiça de discutir com quem julgava insignificante.
Entrou para o chuveiro normalmente, tomou seu banho, e deitou-se como se nada tivesse acontecido.
Michael fez o mesmos que os outros, tomou um banho se deitou. Não dividia seu dormitório, e também gostava de ficar sozinho, já que era solitário.
O dia passou rapidamente, logo anoiteceu e já era hora de dormir. Michael estava fazendo as atividades extras de matemática quando percebeu uma sombra passando pela fresta da porta. Curioso, se levantou e foi até ela, abrindo-a. Olhou de maneira cautelosa o corredor, e viu Luke e Lucia caminhando em passos leves. Continuou a observar até que eles se virarem na esquina e desaparecerem de sua visão.
O que eles estão fazendo aqui tão tarde da noite?
Ainda mais curioso, e agora também desconfiado, ele foi atrás dos dois caminhando nas pontas dos pés. Chegando a esquina do corredor, espiou com cuidado, vendo Luke e Lucia entrando em uma das salas onde os alunos não tem permissão de entrar.
Andou até próximo da porta a fim de escutar algo, e de fato escutou. Se aproximou mais um pouco para escutar melhor.
— Eles conseguiram vencer, isso significa que o nosso plano tá dando certo. — Luke disse com voz baixa, mas Michael ouviu. Escutou também um barulho semelhante a um beijo.
— Quando a Selena estiver pronta, o cérebro dela tornará a P11 invencível. — Lucia comentou. Michael arregalou os olhos assustado, e afastou-se temeroso.
— Sim, e essa raça nojenta desses vampiros vai acabar. — Foi a última coisa que ouviu, pois saiu as pressas dali.
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Anjos do Anoitecer
VampireEm um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que não se deve enxergar esses seres como mitos. Um programa criado pelos vampiros, consistia em levar crianças órfãs para serem doadoras de sa...
Capítulo 11
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