Capítulo 14

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"Ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes."💭👣

Dica: Leiam ouvindo
Do I Wanna Know - Arctic Monkeys

Ou

Chandelier - SIA

Boa leitura

Thomas parecia confuso, sua respiração estava cansada pelo fato de ter acabado de sair da aula de boxe, eu apertava os dedos, estava nervosa, sentia como se a qualquer momento Adam saísse de algum canto e me pegasse ali, implorando por ajuda.

Thomas: Como assim?Quem fez isso contigo?

Kathe: Adam...Ele..é um monstro.

Thomas: Seu pai?

Assenti, o sinal para a troca de aulas tocou.

Thomas: Merda...Vem comigo.

Olhou para os lados e me empurrou de leve pelas costas, passei na sala, peguei meus materiais sem a mínima ideia de para onde ele estava me levando, eu havia chegado em um estado tão crítico, que não conseguia pensar em absolutamente nada que estava fazendo, só queria que descobrissem o filha da puta que o Adam é.

Fomos para o estacionamento, andamos até uma área pouco afastada.

Thomas: Explica.

Kathe: Sabe todas as vezes que você e sua mãe vão lá em casa?Que Adam diz que estou cansada, dormindo, ou não quero ver ninguém? Eu estou trancada...No andar de cima, todos os dias quando chego da escola, ele me bate, não aguento mais Thomas, eu preciso muito que alguém me ajude a resolver isso.

Thomas: E você não grita para pedir ajuda?

Kathe: O quarto tem paredes anti - ruídos, ninguém ouve o quê está lá dentro.

  Depois de alguns minutos, ele virou as costas.

Thomas: Vem.

Kathe: O sinal está quase batendo.

Thomas: Você não disse que quer ajuda?Então anda logo, vem.

O segui, andamos até o início do estacionamento, quando ele subiu em sua moto, e fez sinal para eu ir atrás.

Não tinha capacete para dois, então Thomas me entregou o dele.

Kathe: Ah claro, ótima ideia, aí a polícia para a gente, e dá merda.

Thomas: O dia que eu me importar com a polícia, você me dá um tiro no meio da testa.

Sorriu de lado, puta merda, sorriso bonito da porra.

Depois de passarmos por ruas desertas e sem trânsito, paramos em frente à um lugar pintado de preto, com aquelas portas que você puxa em baixo, haviam desenhos na parede e ninguém na porta.

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