Em dois dias Aaron não tinha dado sinal de vida, mas parecia que tudo assustava Alice. Um mínimo barulho, alguém a chamando, tocando seu braço, seu celular tocando... Tudo. Alfonso e Anahí observavam cada reação da filha a tudo. Ela não precisou contar, o pai colocou dois seguranças para a família, um para os filhos e um para Anahí, mas eram disfarçados. Nem mulher, nem filhos sabiam.
Nicole – Vem Lili!
Alice – Eu vou esperar aqui dentro. Fica aqui!
Nicole – Alice, mamãe chega em dois minutos!
Alice – E dai? Melhor ficarmos aqui.
Nicole – Lili, tá com medo de ir?
Alice – Não por que estaria?
Nicole – Não sei. Vamos vai. – Estendeu a mão e Alice suspirou, pegando e levantando do degrau da escada. – Anda tão distante de mim. – Fez bico enquanto parava na calçada.
Alice – Muitas coisas pra fazer. – Forçou um sorriso.
Nicole – Eu sei, mas mesmo assim.
Alice – Desculpa. – Sorriu e abraçou a irmã.
Nicole – Queria tanto te contar umas coisas.
Alice – O que?
Nicole viu se não tinha ninguém por perto – De mim e do Rafa.
Alice arregalou os olhos – Vocês não... – Fez gestos com as mãos.
Nicole riu – Não! Mas... Ai não sei. Eu sinto coisas. – Levantou os ombros e sorriu em meio a uma careta. – Não sei dizer.
Alice – É bom?
Nicole – Até onde eu sei, sim. – Ficou vermelha.
Alice – Aiiii! Quando você vai fazer?
Nicole – Não sei! Eu nem sei se vou. Eu tenho medo.
Alice – Mas não disse que é bom?
Nicole – Eu não sei! Dizem que dói! E também... Sei lá. E se ele não gostar? Eu não sei nada disso e ... Sei lá.
Alice – Fala com a mamãe!
Nicole – Eu sei! Eu queria falar, mas tenho cergonha.
Alice – Ah, eu também teria.
Nicole – Mas é que... Eu tenho vontade. – Ficou ainda mais vermelha e Alice ia responder, mas antes disso ouviram o barulho, como se fosse um pneu "cantando" e olharam assustadas, antes de qualquer reação um carro perdeu o controle e elas gritaram.Nicole empurrou Alice para o lado e Antes que o carro a acertasse alguém a empurrou também, mas ela caiu batendo a cabeça.
Alice – NI! – Levantou e correu até a irmã. – Ni! – Estendeu a mão com medo e tocou o rosto da irmã.
Nicole – Ai. – Colocou a mão na cabeça, sem se levantar. Elas não sabiam, mas quem tinha salvado Nicole era o segurança. O carro deu ré e saiu pela rua, ainda em alta velocidade.
Felipe – É A NI! – Saiu correndo do portão com o irmão e abaixaram ao lado dela.
Segurança(Martim) – Está tudo bem? Tá com dor?
Nicole – Minha cabeça. – Fechou os olhos.
Alice – Tudo bem, a mamãe tá chegando. – Pegou na mão dela. Ao levantar a cabeça para ver se a mãe tinha chegado, o viu. Ele deu um tchauzinho escondido e ela travou.
Martim – Venha. Eu vou te ajudar. – Ajudou Nicole a sentar e depois se levantar. O carro de Anahí parou na porta e os gêmeos correram depois de pegar o material da irmã, gritando pra mãe o que tinha acontecido.
Anahí – É O QUE?! – Saiu do carro, deixando a porta aberta, com chave dentro e tudo. – Vocês estão bem? Ni? Alice?
Alice – Ela bateu a cabeça.
Martim – Eu posso ajudar a senhora a ir ao hospital, melhor ver se algo aconteceu.
Anahí – Obrigada. Ni consegue andar?
Nicole – Sim! Eu to bem só com dor na cabeça! E meu braço que eu machuquei. Ele me salvou.Anahí – Obrigada! Muito obrigada! – Agradeceu ao segurança. - Vem, eu vou te levar fazer um exame. – Foi devagar com as filhas até o carro.
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Especial Never Gonna Be Alone
FanfictionDizem que os pais querem sempre manter os filhos perto, no alcance de seus olhos, onde seus braços possam protegê-los e impeçam que a vida lhe deem rasteiras inesperadas. O que fazer, então, quando esses filhos crescem e começam a ter seus próprios...