Alfonso – Eu sei. – Beijou sua testa. – Não tem problema estar assim. A gente sabe que é difícil. – Ela o olhou, o rosto lavado em lágrimas. – Vai passar, princesinha. – Moldou o rostinho dela nas mãos e enxugou suas lágrimas com o dedo. – Quer se deitar um pouco? Tentar dormir? – Ela assentiu tentando frear as lágrimas. – Então nós vamos. – Ela o abraçou de novo. – Tá na hora de você ir embora.
Aaron – Alice, por favor! Não me afasta de você.
Alice – Eu só quero ir pro meu quarto.
Anahí – Vem, meu amor. – Levantou e a filha foi para o lado dela.
Alfonso – Sai da minha casa. – Expulsou.
Alice – Não briga. – Pediu.
Alfonso – Desculpa, princesa. – Pediu por ser a filha.
Aaron – Você tem meu telefone, Alice. – Ela assentiu e ela quem abriu a porta pra ele. – Tchau, meu amor. – Os pais da menina se seguraram nessa hora e Alfonso quase perdeu o controle ao ver o abraço de Aaron na filha.
Anahí – Vem. – Sorriu segurando na mão de Alice e elas subiram, com Alfonso junto.
Ela se trocou e deitou, se cobrindo com o edredom. Anahí se deitou com ela.
Anahí – Meu amor. – Sorriu e Alice só fechou os olhos com o carinho da mãe.
Alfonso – Filha? – Ela o olhou. – Se quiser dizer algo, é só dizer, ok? Não precisa guardar com você.
Alice – Ok. Eu posso ficar sozinha? – Eles se olharam.
Alfonso – Claro. – Anahí deu um beijo em sua testa. – Boa noite. – Deu mais um beijo e não contou para mulher depois, mas ela tinha se encolhido em uma forma de se livrar, inconscientemente.
Anahí – Ai meu Deus! – Desabou e ele a abraçou, já no quarto. – Pensei que ela poderia nos odiar.
Alfonso – Ela ficou bem, ok? Está confusa, mas logo vai passar.
No quarto Alice custou a dormir. Estava ainda assimilando as informações, por isso o jeito "anestesiado" que tinha reagido a tudo. Estava ponderando tudo que tinha escutado dos três. Não sabia o que pensar e adormeceu. Quando acordou se sentia um pouco, minimamente, melhor. Agradeceu por ser sábado. Olhou tudo a sua volta e pegou o celular.
Se arrumou e em seguida desceu para tomar café, encontrando a família na mesa. Os gêmeos e Nicole já sabendo o que tinha acontecido.
Anahí – Bom dia.
Alice – Bom dia. – Sentou e pegou o suco.
Alfonso – Dormiu bem? – Ela assentiu.
Nicole – A gente pensou em ir almoçar lá no restaurante do tio do Rafa, Lili! Lembra que ele levou a gente?
Alice – Eu não posso.
Anahí – Por quê?
Alice – Eu vou almoçar com meu pai. – Alfonso engasgou, cuspindo um pouco do café.
Anahí – O que?
Alice – Eu liguei pra ele hoje de manhã e nós vamos almoçar.
Alfonso – Por que fez isso sem nos consultar?
Alice – Porque eu quis. Quero vê-lo.
Alfonso – Alice, não pode ir sozi...
Alice – Eu vou! Ele não vai me fazer nada ok? Ele pode ter errado, mas é meu pai e se arrependeu! Ele só queria me ver! E eu vou, eu pego um táxi.
Anahí suspirou – Alice, conversamos ontem, era tudo mentira!
Alice – Eu vou mãe! E eu fujo se me proibir.
Alfonso – Eu levo. E te espero fora do restaurante, melhor assim?
Alice – Vou sozinha. – Saiu da mesa. – E to indo, o táxi deve ter chegado e também vou conversar com ele de manhã. - Os pais ficaram pasmos com a atitude dela.
Alfonso – ALICE VOLTA AQUI! – Jogou o guardanapo na mesa. – Não me esperem pra ir. E você fica calma que ela não vai estar só. – Disse para mulher e correu atrás da filha.
Ele pegou o carro e seguiu a filha, colocando o celular na orelha.
ESTÁ A LER
Especial Never Gonna Be Alone
FanfictionDizem que os pais querem sempre manter os filhos perto, no alcance de seus olhos, onde seus braços possam protegê-los e impeçam que a vida lhe deem rasteiras inesperadas. O que fazer, então, quando esses filhos crescem e começam a ter seus próprios...