Aaron – Claro. Sou um amigo antigo da sua mãe. Assim, melhores amigos.
Alice irônica – E nunca foi em casa? Eu não sei quem é você, fica longe de mim.
Aaron – Se aceitar conversar comigo eu te conto.
Alice – Não. Obrigada. – Já virou para sair.
Aaron – Alfonso não é teu pai. – Ela parou de costas. – E tenho como te provar.
Alice riu – Moço eu juro que acho que você tem problema, tá? Minha vida não te interessa!
Aaron – Interessa sim! Você não teria vida se não fosse por mim.
Alice revirou os olhos – Cansei de você! SAI DA FRENTE!
Aaron – Não fala assim comigo! – Pegou o braço dela de novo. – Por favor, eu preciso conversar com você, só nós dois onde sua irmã e sua prima não estejam. Alias... Nenhuma delas é NADA sua.
Alice assustada – ME SOLTA! ME SOLTA! – Gritou e logo um segurança separou os dois.
Aaron – Alice não me reconhece? – Ela negou com os olhos cheios de lágrima, a mão no braço. – Sou eu, filha. – Ela arregalou os olhos.
Alice – Eu não sei o que você está falando!
Aaron – Teus pais te afastaram de mim! Sua mãe e aquele homem que ela se casou! Não percebe? Nunca te contaram? Desde pequena ela te afastou, desde que ficou grávida!
Alice – MENTIRA! O meu pai é meu pai! Desde... sempre!
Aaron – Eu tentava me aproximar e então ela não deixava! Chegou a ir embora com você e então... Eles estragaram com a minha vida! Me acusaram de coisas que não eram verdade. Eu precisei te levar comigo! – Ela deixou uma lágrima cair, tentando se lembrar. O sequestro. A palavra riscou em sua cabeça e ela se encolheu, se afastando.
Segurança – Eu posso soltá-lo, senhorita? – Alice negou, ainda desnorteada.
Aaron – Eu sei que é muita coisa pra saber assim, mas precisa falar comigo! Aqui meu telefone. – Esticou o papel. – Quando quiser, me liga e eu te conto tudo! Toda a verdade que sua mãe e o marido dela esconderam. – Ela pegou o papel, tremendo.
Aaron saiu, sumindo pelo corredor e ela enxugou o rosto. Só podia ser mentira. Mas ele parecia tão sincero. Não que o conhecesse, mas... Se recompôs e foi sentar de novo com a irmã e a prima. Ou será que não eram nada disso?
Nicole – Ficou estranha depois de ir ao banheiro. Ficou brava? – Pentava os cabelos, depois de sair do banho.
Alice – Não. Fiquei com dor de cabeça.
Nicole – Quer alguma coisa pra comer? – Ela negou.
Alice – Eu vou dormir. Boa noite Ni.
Nicole – Boa noite.
Dois dias se passaram. Alice estava totalmente pensativa. Não soltava mais seus comentários engraçados, só sabia analisar a família e quando estava sozinha olhar para o papel com o telefone do homem do shopping.
Depois do jantar, ela não falou nada, saiu e foi sentar do lado de fora, perto da piscina. Alfonso e Anahí, depois de uma troca de olhares, decidiram que era melhor a mãe conversar com ela.
Anahí – Posso saber o que acontece? – Brincou e sentou ao lado da filha.
Alice – Mãe... Se eu te perguntar uma coisa, promete me dizer a verdade?
Anahí – Claro. O que foi?
Alice – Aquele homem que me chamou na porta do colégio. – Anahí empedrou. – Eu encontrei com ele no shopping ante ontem.
Anahí – Alice por que não contou? Nós pedimos pra contar caso ele voltasse!
Alice – Porque ele disse coisas.
Anahí – Q.q.ue coisas?
Alice abaixou a cabeça – De você e do meu pai.
Anahí – Alice, o que ele falou? – Sentia o coração sair do peito de tão forte que batia.
Alice – É verdade que não sou filha do papai? – Anahí simplesmente ficou pálida e sem voz. – Eu quero saber. – Encarou a mão, que deixou uma lágrima cair. – É verdade. – Confirmou e agora ela quem estava sem voz.
Anahí – Filha, nós te contamos isso. – Rompeu o silêncio. Teria que explicar.
Alice – Quando? Eu não sabia! Eu não me lembro!
Anahí – Era pequena.
Alice magoada – Eu não deveria saber isso a vida inteira?
Anahí – Nós nunca mais falamos disso! Eu e seu pai criamos vocês todos igualmente porque são todos nossos!
Alice – EU NÃO SOU! – Deixou uma lágrima cair. – Não sou igual porque não sou filha dele.
Anahí – Claro que é! Ele te criou desde que era muito pequena! Nem se lembra do Aaron porque o seu pai te criou, meu amor.
ESTÁ A LER
Especial Never Gonna Be Alone
FanfictionDizem que os pais querem sempre manter os filhos perto, no alcance de seus olhos, onde seus braços possam protegê-los e impeçam que a vida lhe deem rasteiras inesperadas. O que fazer, então, quando esses filhos crescem e começam a ter seus próprios...