Mais tarde eles fizeram o que combinaram. Alice ficou com um número diferente e quando Aaron mandou uma mensagem para o antigo foi Alfonso quem leu.
Filha, só pra não esquecer de mim, estou mandando essa mensagem, tá? Não gostei nada, nada de te ver com sua irmã hoje.
Alfonso bufou e ligou para o número descrito no celular, mas atendeu uma pessoa que ao parecer, nem sabia do que ele falava.
Foi no dia seguinte, pela manhã que Aaron ligou e Alfonso conseguiu falar.
Alfonso – Bom dia. – Falou cínico e Aaron ficou quieto. – Claro, é homem pra ameaçar minha filha, uma menina de quinze anos, mas não é homem pra falar comigo. – Afirmou. – Sabe, essa ligação não está sendo gravada por um único motivo. Um único e exclusivo. Quer saber qual? Somente para que eu possa te comunicar que vou acabar com a sua vida outra vez, quero ver se quando estiver na cadeia de novo vai ter essa coragem toda que teve ao ameaçar MINHA filha. Não volte a se aproximar dela, desgraçado, você não sabe do que eu sou capaz de fazer com você ainda.
Desligou e logo pegou o telefone na mesa e ligou para Marcos. Ia resolver isso e ia resolver o mais rápido possível. Acontece que agora, teria que lidar com um Aaron muito mais furioso que antes. Um Aaron que saiu de onde estava e foi direto atrás da filha dele. De Alice.Ele estava escondido atrás de um muro, esperando a menina sair do colégio, mas não conseguiria falar com ela. Ficou vermelho de raiva ao vê-la sair rindo e entrar no carro da mãe. Essa hora ela deveria ir para casa e segundo o que sabia, tinha inglês mais tarde, era lá que iria.
Alice – NI! – Chamava lá debaixo.
Nicole – Lili, não vou! Nem terminei meu trabalho de geografia. Ainda vou fazer a lição daqueles pentelhos. – Apareceu no topo da escada.
Alice – Tudo bem, acho que não vai ter nada demais hoje.
Nicole – Depois eu pego com você! – Alice acenou e saiu. A mãe já esperava no carro e a deixou na porta do inglês.
Ela gostava das aulas de inglês, só saiu pra beber água e deixou o copo cair ao ver quem estava na recepção.
Aaron – Alice! Quanto tempo! – Levantou cínico e a abraçou. – Acho bom me acompanhar, ou vai se arrepender. – Falou em seu ouvido.
Professora – Vocês se conhecem?
Alice – Eu... Eu... – Assentiu, o corpo paralisado.
Professora – Você está bem? – A menina assentiu de novo.
Aaron – Alice é amiga do meu filho. Vim ver dele estudar aqui Alice, que coincidência não? – Passou o braço por seu ombro e ela assentiu. Era tudo que conseguia fazer.
Professora – Ela está em aula.
Aaron – Poderia só falar com ela um instante? É sobre a festa surpresa do meu filho.
Professora – Tudo bem, mas ela não pode sair do portão sem ser com os pais.Aaron – Claro, entendo. Vamos ali no corredor mesmo. Com licença. – Puxou a menina, a apertando nos ombros e os dois pararam no corredor.
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Especial Never Gonna Be Alone
FanfictionDizem que os pais querem sempre manter os filhos perto, no alcance de seus olhos, onde seus braços possam protegê-los e impeçam que a vida lhe deem rasteiras inesperadas. O que fazer, então, quando esses filhos crescem e começam a ter seus próprios...