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"Eu meio que pensei que ele estaria pelado," Mikey disse.

Frank olhou para ele. Mikey estava mordiscando o polegar, olhos fixos no doutor do Vaticano que estava se movendo silenciosamente ao redor da cama.

"Sabe," Mikey continuou. "Como Anjo. Ou os Cylons?"

Frank concordou lentamente. "Ou o Exterminador."

Mikey riu, de repente, e então parou, e depois começou de novo, gargalhando sem conseguir parar. Ele se inclinou contra a lateral de Frank e arquejou, "O Exterminador não está morto, seu burro, ele viaja no tempo."

Frank não sabia por que aquilo era engraçado, mas era, era a merda mais engraçada que ele já tinha escutado na vida e ele riu também, tentando se manter calmo e evitar olhares suspeitos do doutor. Ele encostou seu rosto no ombro de Mikey para abafar o som – ele podia sentir Mikey tremendo de rir, ambos tendo dificuldade em manter a postura e respirar.

"O Exterminador," Mikey tossiu, e Frank não conseguiu segurar, agarrando Mikey e rindo até que se sentisse fraco. "Frank," Mikey riu, "Frank, ele está vivo."

"Eu sei," Frank riu em silêncio, espalmando as mãos sobre a barriga em uma tentativa de se acalmar.

"Gente," Brian chiou. "Se recomponham, pelo amor de Deus."

Ele estava usando sua voz mais severo, mas isso só fez Frank rir ainda mais.

"Ele parece estar ileso," o doutor disse, e Frank conseguiu se acalmar o bastante para o ouvir. "Se ele não voltar a consciência nas próximas doze horas, nós vamos fazer mais testes."

"Para que?" Brian quis saber.

"A melhor coisa que vocês podem fazer por ele agora é deixa-lo descansar," o doutor continuou, evitando a pergunta. Ele indicou as duas enfermeiras que estavam ajudando. "As irmãs vão cuidar bem dele."

"Não vai acontecer," Mikey disse imediatamente.

O doutor franziu o cenho. "Seria realmente melhor se-"

"Ele disse que vai ficar," Frank interrompeu, encontrando os olhos do doutor. "Assim como o resto de nós."

"Está tudo bem, Vincent," disse o Cardeal, aparecendo de repente no batente da porta. "Deixe que eles fiquem."

"Mas", o doutor protestou, apenas para ser silenciado por um movimento da mão do Cardeal.

"Eles são os companheiros mais próximos do Padre Way. Só fará bem para ele ter eles aqui quando acordar."

Ray olhou para ele. "Então você acha que ele vai? Acordar?"

"Eu certamente espero que sim. Eu acho que todos aqui temos perguntas que gostaríamos que fossem respondidas."

Pessoalmente, Frank não se importava se Gerard não conseguisse responder nenhuma, contanto que ele acordasse. Mas ele mordeu a língua. Ele não confiava nem um pouco no Cardeal – ele parecia estar do lado deles, mais ou menos, mas depois do que aconteceu com Luke, Frank não tinha certeza.

Mas ele convenceu as enfermeiras de que elas deveriam ficar do lado de fora do quarto, em vez de dentro dele, o que Frank agradecia. Assim que as portas fecharam atrás delas, Mikey estava de pé e na cama com Gerard, o tocando ansiosamente; sua mão, seu rosto. "Nós deveríamos tentar acordar ele?"

"Eu acho que não," disse Ray. "Quero dizer, dormir é o modo que nosso corpo se cura, certo?"

"Mas o doutor disse que o corpo dele está bem," Mikey protestou, pousando as mãos no ombro de Gerard. "Se fosse eu, eu gostaria que ele me acordasse."

Heaven Help Us [Frerard]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang