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Frank não queria esperar pelo jantar, ele queria confrontar o Cardeal naquele momento, mas Brian disse não.

"Eu quero saber a verdade por trás disso tanto quanto você", ele disse quando Frank ficou bravo com ele. "Mas o Cardeal é a nossa única esperança de receber alguma resposta, e se Mikey está certo sobre Gerard, eu diria que nós vamos realmente precisar da ajuda dele. Gritar com ele não vai fazer com que ele fique encarecido pela nossa situação."

Ele também não iria ceder, e Frank estava subindo pelas paredes quando Antonio chegou para os guiar novamente. Ele tremia por todo o caminho até a sala do Cardeal, e se sentou lá fervendo enquanto o jantar era servido e eles esperavam o Cardeal aparecer, e no momento em que Cardeal os cumprimentou e se sentou, ele não aguentava mais.

"Então", ele disse casualmente. "Você quer me contar por que o cara que tentou me matar está trabalhando aqui?"

A expressão no rosto do Cardeal era de pura surpresa, e Frank não estava preparado para isso. Ele apenas segurou o olhar, e quando o Cardeal pediu para ele repetir, ele disse: "Luke. Velho, cabelo longo. Me deu estigma. Nada disso te lembra alguma coisa? Porque eu acabei de esbarrar nele aparando a porra dos seus arbustos do lado de fora e eu gostaria muito de saber por que ele parece não ter nenhuma memória de tentar me matar."

O Cardeal ficou pálido e levou uma mão a boca, se sentando na cadeira. "Eu sinto muito", ele disse sinceramente. "Você não deveria ter – ele não deveria estar em algum local onde você pudesse vê-lo. Esse foi um erro muito grave da nossa parte. Eu peço desculpas."

Bob franziu o cenho. "Um erro? Por que ele está aqui?"

O Cardeal parecia confuso. "Padre Way não explicou o processo de reabilitação para vocês?"

"Não", Frank trincou os dentes. "Ele disse que não podia."

"Eu entendo", o Cardeal ficou quieto por um segundo. Frank afundou em sua cadeira, tentando fortemente não gritar com o cara até que ele contasse que porra estava acontecendo. Finalmente o Cardeal continuou, "Eu vejo que subestimei a discrição dele."

Mikey limpou a garganta. "Por favor", ele disse baixo. "Me diga o que está acontecendo."

O Cardeal o lançou um olhar triste, e então se inclinou, colocando os braços sobre a mesa. "Os indivíduos que chegam até nós através de pessoas como o Padre Way, e vocês mesmos, não podem ser lidados pelos métodos tradicionais. Na maior parte dos casos, a polícia seria ineficaz, mesmo que essas pessoas passassem pela etapa da descrença."

"E é por isso que vocês mandam aqueles caras", Brian interveio. "Os engravatados."

O Cardeal sorriu um pouco. "Não é assim que nós chamamos eles, mas sim. Eles escoltam os criminosos até aqui, e nós decidimos o que deverá ser feito com eles."

"Como tornar eles parte da sua equipe?" Frank disse, incrédulo.

"A vasta maioria das pessoas que chegam até nós desse modo são psicologicamente doentes", o Cardeal continuou, erguendo uma mão para pedir que Frank esperasse. "Algumas vezes, gravemente doentes. Nesses casso, nós arranjamos ajuda psiquiátrica para elas. Algumas vezes só podemos fazer isso, mas no melhor dos casos, com tratamento e apoio, eles podem ser liberados e começam a viver de verdade novamente. Outras vezes, apesar de ser mais raro, eles estão legitimamente sob a servidão de... influências externas."

Ray franziu o cenho. "Como o que?"

"Possessão demoníaca", o Cardeal esclareceu. "Nesses casos, nós solicitamos aprovação para um exorcismo, e novamente, com apoio, a maior parte dos indivíduos podem ser liberados."

Heaven Help Us [Frerard]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora