Burn [Capítulo 20]

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Liz realmente tinha um jeito exótico para dançar. Ela se irritava todas as vezes que Matt debochava de seus movimentos. Os dois são divertidos, quando Matt não está emburrado sem nenhum motivo aparente. Tomei mais uma dose de tequila, antes de me juntas aos meus novos amigos na pista de dança. Alguns caras já se aproximaram de nos, tentando uma investida com Liz, mas ela dispensou todos eles.

Alguma música eletrônica famosa ecoou pela pista de dança, fazendo com que Liz desse um gritinho. Ela prendeu o cabelo em um coque mal feito no alto de sua cabeça. O suor brotava em sua pele, escorrendo por entre seus seios. Sua pele brilhava com o contato das luzes coloridas sobre ela. Seu cabelo grudou em seu rosto, o que deixaria muitas pessoas com uma aparência nada boa, deixou Liz ainda mais sexy.

Matt se juntou a ela, colocando um dos braços no entorno de sua cintura. Seu cabelo que estava arrumado em um perfeito topete quando deixamos o dormitório, se desfez. Sua camiseta grudou em seus músculos. Um garoto se aproximou dele, levando a boca ao seu pescoço. A pele bronzeada de Matt era convidativa. Eu não julgava o cara por está tentado a prova-la. Matthew o afastou. Ele levou sua garrafa de cerveja a boca, seus olhos brilhantes encontraram os meus, ele sorriu e puxou Liz para se aproximar de mim.

Com certeza estávamos chamando atenção.

A música acabou dando lugar a outro sucesso das paradas musicais.

— Precisamos fazer isso todos os dias. – comentou Liz, sentando em um dos bancos no balcão do bar.

— Se você quer esquecer o seu ex babaca. Sim, devemos fazer isso todas as noites. – comentei.

— Matt com certeza tem um ex babaca. – Liz riu.

— Não começa Elizabeth. – Matt rolou os olhos.

— Tudo bem, Matt. Acho que todos tiveram um namorado que ferrou conosco. – suspirei. — Mickey.

— O que? – os dois perguntaram ao mesmo tempo.

— Mickey, o meu ex babaca. – tomei um gole de cerveja, para parecer que estava indiferente ao citar o nome de Mick.

— Roger. – Matthew também bebericou sua cerveja. — Me trocou por Nova York, sem pensar duas vezes.

— Mickey parecia está afim de mim, e ao mesmo tempo não. Quando ele ganhou um emprego como modelo, graças a mim, ele deu o pé na minha bunda.

— Roger passou em uma universidade em Nova York. Ele não se deu o trabalho de me avisar que estava indo embora. – ele deu de ombros. — Eu não o amava de qualquer jeito, mas gostava dele e pensei que ele também gostasse de mim.

— E você Liz? – perguntei.

— Ela sempre foi vadia. – Matthew riu e desviou de um tapa de sua amiga.

Bebemos um pouco mais no bar da boate Burn. Enquanto Matt e Liz riam sobre os flertes que estávamos recebendo de alguns caras, minha mente vagou de volta para Mickey. Tentei imaginar o que ele estaria fazendo, se já encontrou outra pessoa para colocar no meu lugar. Pensei em como estaríamos se não houvesse acabado tudo no dia que recebi minha carta de admissão da Universidade do Arizona. Em todas as alternativas, eu não conseguia ver uma mudança em Mickey. Ele provavelmente continuaria sendo o mesmo de sempre, eu continuaria sendo seu brinquedo.

Puxei o celular do bolso, vasculhando minha agenda, encontrei o numero de Dog, o único que eu não havia apagado, junto com o numero dos meus pais. Envie uma mensagem para ele, perguntando como estavam as coisas. Eu não sei como ele interpretaria a minha mensagem. Não nos falávamos desde que me mudei para Tucson.

— Esquece esse celular. – Liz puxou o telefone da minha mão e enviou de volta ao bolso do meu jeans. — Tem um cara bem gato te encarando.

Discretamente ela apontou para um cara sentado a poucos metros de nos. Ele segurava um copo, com um liquido transparente. Inclinado sobre o balcão, ele olhava diretamente para nos. Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto quando ele notou que eu o observava. Ele era corpulento, cabelo curto, lábios grossos.

Foda-se Mickey.

Deixei o banco onde estava sentando. Notei o pequeno sorriso de Liz, quando passei por ela. Caminhei tranquilamente até o cara do outro lado. Encostei casualmente no balcão e pedir a bartender um pouco de vodka.

— Isso pode causar amnesia. – sussurrou cara ao meu lado.

Virei meu corpo para conseguir ficar de frente para ele.

— Vai ser preciso algo mais forte para me causar uma amnesia. – pisquei para ele.

— Tenho algo bem forte aqui. – ele tomou um gole da sua bebida. Seus olhos eram castanhos claros, como folhas secas de outono. Duas covinhas surgiram em seu rosto. — Mas nunca causou amnesia.

— Nunca? – sorrir para a garota do bar quando ela entregou minha bebida.

— Você se lembrara amanhã e pelo resto da sua vida.

— Se a intenção era me deixar curioso... – mordi o lábio inferior.

O cara estendeu a mão para mim.

— Leon. – ele se apresentou.

Inclinei-me para falar em seu ouvido.

— Não me importo com nome, baby. 

Será Que é Amor?Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin