Você me ama? [Capítulo 13]

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Mickey não falou comigo pelo restante da noite, nem pelo restante da semana. Ele se trancou no seu quarto quando chegamos ao seu apartamento e na manhã seguinte, saiu sem avisar. Eu estraguei, seja lá o que ele estava fazendo, e agora eu precisava me redimir. Durante uma semana.

Eu acreditei que havia estragado tudo entre nos. Mickey não atendia meus telefonemas, não me atendia no seu apartamento, não me procurou.

Na escola, os boatos sobre Kyler me flagrando com Oliver na sua festa se espalharam. O que virou uma bola de neve. Oliver não assistiu às aulas por um tempo. As historias ganharam algumas versões fantasiosas. Eu não me importava com as fofocas. Kyler estava sentido na pele o gosto amargo da traição. E isso era suficiente.

Meus pais saíram cedo na manhã de sábado. Eu andei pela casa procurando o que fazer. Sem amigos e sem Mickey, eu apenas vagava de um cômodo ao outro, tentando me distrair. Adiantei alguns trabalhos para serem entregues nas próximas semanas. Montei a decoração de natal. Até fiz uma limpeza no meu quarto, tirando as coisas que Kyler havia me dado.

Larguei uma caixa cheia de fotos sobre a minha cama, quando ouvir o barulho da campainha. Corri na esperança de ser o Mickey, mas me deparei com Kyler na porta.

— O que você quer? – franzi o cenho.

— Conversar. – ele cruzou os braços sobre o peito musculoso.

— Não tenho tempo, Kyler. Volta daqui a vinte anos. – fechei a porta, mas ele usou o pé para me impedir. — Droga!

Kyler empurrou a porta a passou por mim, ignorando os meus protestos.

— Não temos mais nada para conversar! – revirei os olhos.

— Você estava dormindo com o meu melhor amigo! – sua voz subiu uma oitava.

— Você estava dormindo com a minha melhor amiga. – reduzir a distância entre nos. — Parece que estamos empatados.

Kyler suspirou.

— Nos dois erramos. Não podemos esquecer isso e recomeçar? – ele envolveu minha cintura e me puxou para junto dele. — Somos perfeitos juntos, David. Você não merece aquele traficante de merda!

— Vai se ferrar, Ky. – o empurrei. — Não existe mais "nos". E o Mickey não e traficante!

— Não? – a risada de Kyler ecoou pela casa. — Então por que ele estava vendendo drogas na festa do Oliver?

— Você está... – Mickey disse que eu estraguei o negocio dele. Merda, Mick! — Vai embora.

— Espera. Você não sabia? Turner e o zero a esquerda, David. Achei que você fosse mais esperto!

Eu já mandei você sair. – gritei.

Kyler ergueu as mãos em defesa.

— Tudo bem! – ele se inclinou na minha direção, beijou meu rosto e saiu.

Traficante? Uma lagrima escorreu pelo meu rosto. Sempre soube que Mickey não era santo. Ele me apresentou as drogas como forma de escape, me levou a festas onde as pessoas ficam chapadas para se divertirem. Mas ele me escondeu que ele vendia as drogas.

Eu não podia confiar em ninguém? Todos os a minha volta mentiam para mim. Kyler, Amanda, Mickey...

Eu precisava ouvir isso da boca de Mickey.

Bati diversas vezes. Mas ele insistia em não me atender. Eu sabia que ele estava em casa. Que ainda estava me evitando. Não desistir. Bati uma vez, e outra, até que esmurrei a porta.

Já estava pronto para bater outra vez, quando ouvir o trinco. Mickey abriu a porta, com os olhos vermelho e o cabelo desgrenhado. Ele estava horrível, provavelmente de uma noite inteira acordado.

— Que merda e essa que você está fazendo? – ele grunhiu. — Quer derrubar a minha porta?

— Até quando você vai me evitar? – perguntei irritado.

— Não fode, príncipe. – ele me puxou para dentro do apartamento. — Você estava na porra de um quarto, com aquele riquinho do caralho. Você ferrou com o meu negocio.

— Vender drogas, não e? – tirei o cigarro que estava na sua mão. — E isso que você faz? Me convenceu a ir naquela maldita festa, para vender drogas?

Os olhos esbugalhados de Mickey revelavam sua surpresa.

— Como você...? – ele agarrou meu pulso, puxando-me para perto dele. — Quem te contou?

— Eu não sou estupido, Mick. – puxei meu braço, mas ele aumentou o aperto. — E isso que eu sou para você? Um acesso fácil para você fazer o seu negocio?

— Não! – Mickey deslizou a mão pelo meu rosto. — Você sabe que estou na sua, príncipe. Não sabe?

— Todas aquelas pessoas me conhecem. O que elas vão pensar de mim? – afastei sua mão.

Ele beijou o meu pescoço e enfiou uma das mãos por debaixo da minha camisa.

— Pensei que você não se importava mais, com que aqueles otários pensam. – ele sussurrou no meu ouvido. — Nenhum dos seus amiguinhos e melhor do que eu. Todos eles curtem ficar chapados, eu estava apenas fazendo o meu trabalho.

— Então você decidiu vender drogas pelas minhas costas?

— Vamos nos da muito bem, príncipe. Eu não contei antes, para não te deixar preocupado.

Ele desceu a mãos até o meu jeans, apertou a minha bunda. Mickey pressionou sua ereção contra mim.

— Estou me sentindo usado!

— Usado? – ele gemeu contra a minha boca.

Ele forçou a entrada da sua língua na minha boca, me beijou intensamente. Mickey me empurrou, até eu cair de costas no sofá. Sobre mim, ele abriu o zíper do meu jeans, puxou a minha calça e entrou em mim, arrancando um urro de nos dois.

Sentir meu estômago embrulhando. E uma estranha sensação de invasão tomar conta de mim. Enquanto Mickey gemia loucamente, eu esperava ele terminar, para poder sair dali.

Não demorou muito. Quando Mickey tirou seu membro de mim, dando seu ultimo espasmo. Vestir meu jeans e o empurrei para tira-lo de cima de mim.

— Ei, príncipe.

— Me deixar em paz, Mick. – falei, abrindo a porta.

— Você esta indo embora. – pela segunda vez, ele ficou surpreso naquele dia.

— Me procure, quando eu for importante o suficiente para você dividir suas coisas comigo. E não apenas um passaporte para você se dar bem nas festas dos meus amiguinhos.

Olá serumaninhos. Já sabem da novidade? Um novo romance está vindo ai. 

Quando éramos jovens. 

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Instagram: @cv.martins

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