Sadicist

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Eu estou ficando um pouco chateada com a queda de comentários. Gostaria muito que vocês se esforçassem para comentar assim como eu para escrever. Vocês não tem noção da quantidade de pesquisas e documentários que tenho visto para descrever de forma melhor e correta cada personalidade aqui incluída. Façam uma forcinha please? Afinal a conta é certa : Comentários + Votos + Divulgação = Autora feliz = Capítulos.

Por outro lado gostaria de agradecer porque nesses últimos dias a fanfic ganhou novos leitores, novos elogios em várias plataformas incluindo no meu whatsapp ( quando a moça descobriu que era eu a autora, ela surtou) E isso me deixa muito orgulhosa em ver que meu trabalho está se saindo bem. Ah, e a fanfic ganhou também um perfil feito no twitter! Uma leitora e amiga minha resolveu fazer por gostar da história! Sigam: @Sadicist

Obrigada por tudo que tem feito por mim. Amo cada um de vocês!

XX

Miami, 2003

- ME DEVOLVE O URSINHO! – A garotinha de baixa estatura pedia insistentemente.

- Hihihihihi! Porque eu deveria? – Perguntei risonha.

- Porque eu peguei primeiro, droga, é meu! – A garota loira tinha os olhos cheios de lágrimas.

- Ursos são pra criancinhas! Você é uma delas?!

- Sim, agora me dá? – Ela pediu chegando perto de mim – Por favor?

Joguei o urso com toda força na mesma , fazendo-a cambalear pra trás. A garota deveria ter uns treze anos, mas por ter uma altura tão mínima comparada a minha, a fazia parecer um bebê. Era a primeira vez que eu a via, afinal, ela havia chegado ontem à noite. Pelo que percebi, tinha um apego especial por pelúcias incluindo o urso encardido que nos fora doado. Era loira, olhos castanhos. Não gostei dela, parece ser chata. Alguns segundos após minha atitude um tanto quanto maneira, escutei a repreensão da guarda.

- Lauren, peça desculpas à sua amiga! – Ela pediu apontando pra garota que mantinha um semblante assustado.

Fracote.

O abrigo para onde fui mandada não era tão ruim, haviam três nessa região e pelo que me parece eu estava com sorte. Tínhamos um cardápio variado, uma sala de brinquedos espaçosa e com TV, banheiros quentes e grandes que dava pra jogar futebol lá dentro, ou jogar pessoas no piso escorregadio – não que eu tenha tentado, é claro – não se parecia nada com os que eu estava acostumada a ver nos programas televisivos, onde era tudo sujo, pessoas amontoadas e não havia comida nem banheiros suficientes. Podia se dizer que eu estava no paraíso. Meu paraíso. Ou eu deveria temer o que viria pela frente?

- Porque eu deveria? – Fiz minha melhor cara de deboche – Eu não fiz nadinha e ela nem é minha amiga! -Cruzei os braços.

- Você foi rude com ela, Lauren! – A mulher mesquinha continuava na minha frente me impedindo de ver a TV.

- Lide com isso, bebezona! – Disse e dei língua pra baixinha.

Senti meu braço ser segurado com uma força à mais, a guarda estava me levando. A mulher deveria ter uns vinte e nove anos, era alta e a coisa mais feia que eu já tinha visto. Não sei como havia conseguido paquerar o segurança do estacionamento para visitantes. Aquele ser terrível tinha os cabelos ruivos repicados atrás – e sinceramente, eu faria um corte melhor usando um estilete cego – e uma franja fora da moda. Suas unhas eram roídas e tinham esmalte velho e descascado enquanto seu rosto destoava completamente daquele corpo de saracura.