D'lirios

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D'lirio

E derivado desejo intenso
De uma boca sedenta observadora
Com olhos atentos famintos
Vindo de um pensamento
Trazendo a derme o calor diurno
De momentos quais oportunos

No silêncio glacial noturno
Na mente se apresenta
A trazer sua arte, em parte
Uma inexplicável sedução
A outra divina maldade
Fazendo graça
Deixando marca
Arrepiando o pelo
Encaixando a pele
Gerando fluidos
Dispersando o sono
Completando o sonho

Aproximando se inocente
Envolvendo calmamente
Misturando ascendentes
Entrelaçando fervorosamente
E quente, rente e inconsequente
Inexplicavelmente ardente

Mas quando parte
Deixa meu corpo
Exaurido de esforço físico
Resposta de intensa atividade
Que agora se invade de uma dor
Aclamada de puramente saudade
Abandonando confusa a dúvida
Se caso foi tudo divertida ficção
Ou bela enlouquecedora realidade

Gilson Gonçalves

Poesias Da Alma Onde as histórias ganham vida. Descobre agora