Ainda respirava por meio de aparelhos, pois as balas ultrapassaram seu ponto mais escuro, e ele andava de um lado para o outro no corredor do hospital, ainda esperando pela recuperação dela.
Ela já havia passado por uma cirurgia delicada, mas o risco era de vida, por causa da maldita cicatriz, cicatriz essa que agora ele se arrependia de ter impedido Joan de causar.
Joan acabou sendo o motivo de sua real desgraça, durante anos o humilhou por achar que ele tinha amantes, dormia com uma faca de baixo do travesseiro, colocou um espião atrás dele é o envergonhou perante a família dele, o que causou a definitiva separação.
Quanto a Mélina, ou melhor, Amy, não era como ele pensava, a propósito, nenhuma das duas eram, Amy era mais sofredora, mais humilde, enquanto que Joan só tinha orgulho, rancor e inveja.
- Donald? – o doutor quebra o silêncio – A recuperação dela vai ser lenta!
- Lenta? – ele ficou apreensivo.
- Sim! Conseguimos remover as balas mais ... o problema foi essa cicatriz sabe? Mas qualquer coisa entramos em contato!
- Mas ela pode morrer?
- Não sabemos ainda! Mas torcemos para que não entre em coma, caso contrário, o risco é de morte!
- Eu preciso ficar com ela!
- Donny, por favor, vá para casa! Nós lhe daremos notícias!
Enquanto Donny temia por Amy, do outro lado da cidade, Lou voltou a morar com os pais, que ainda não havia reconhecido, mas eles tentavam de todas as formas ajuda – lá a reconhecer.
- Dona Grace? Quem é essa menina? – olhou para uma foto de criança em uma estante.
- Lou! Essa é você! E por favor, me chame de mãe!
- Mas eu nem sei se você é mesmo!
- Eu sou! Posso garantir isso!
- Então garanta! Ou eu sumo daqui e dou queixa de sequestro!
- Tudo bem, já que é assim! – então Grace pega um porta retrato e mostra para a filha – Você se lembra desse dia? Foi no ano novo de 2015!
Então algumas lembranças começaram a surgir na mente de Lou, rápidas e apagadas, mas eram relevantes, o doutor havia dito que aos poucos iria recuperar a memória, mas eles também deveriam contribuir para isso.
- Ano Novo de 2015?
- Isso mesmo! E essa foto aqui, olha! – mostrou a foto de Amsterdam – essa é sua amiga! Emma!
- Emma? – então todas as memórias relacionadas a voltariam, mas apenas as dela – Emma! Eu lembro dela agora! Tenho que ir ver ela!
- Lou, espera! Você se lembra de mim? – mas era tarde demais, ela já havia saído.
- Ela se lembrou de alguma coisa? – Tom, o pai chegou correndo na sala.
- Não Tom, só lembrou da Emma!
- Que chato é ela ficar desmemoriada!
- É péssimo! Mas fazer o que? Ainda temos que ajudar ela a se lembrar!
...
Diana ainda não havia terminado os afazeres e seu telefone vibra, ela sabia que não podia usar o celular durante o trabalho, mas não pode evitar, e quando verificou, era uma mensagem dele.
Me encontre no bar do Simon, às 3 horas
LH
O que será que ele queria agora? Foi o que ela pensou, a única coisa que sabia era que precisava evitar ele, pois o que vivenciaram nos últimos meses foi um erro. Mas ele queria saber porque ela o evitava agora.
- Luke? Queria me ver? – o encontrou bebendo cerveja sozinho em uma mesa.
- É, queria sim!
- Algum problema?
- Sim, tem um problema! Você tá me evitando porque hein?
- Porque tava errado o que a gente tava fazendo! Você traiu a sua noiva Luke! E eu fui parar no jornal, na verdade, nós dois né!
- E daí? O que importa é que a gente se ama Diy!
- Não devia ser desse jeito! Desculpa, eu tenho que ir! – levantou da mesa e saiu, ele levanta em seguida e segura em seu braço.
- Não vou deixar você! – sussurrou no ouvido dela.
***
E a vida segue minha gente, uma desmemoriada, outra hospitalizada, e a terceira evitando errar! Vamos ver até onde essa história vai durar não é mesmo!
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Desilusões Amorosas
RomanceUma série de desilusões amorosas são vividas por três mulheres diferentes, uma terapeuta recém formada, uma detetive de origem islâmica durante sua adolescência e uma jovem cozinheira após voltar a sua terra natal.