11 - Garota Humilde

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Meninos e meninas, capítulo 11 pra vcs, contando a história desa garota sofredora que é de origem árabe e possuirá duas identidades ao longo da vida ... Amy, por enquanto conhecida como Mélina Saadedine!

***


- Mélina! Minha filha! Acorda! Vai se atrasar pra aula!

A garota acorda atordoada, não só com a voz do tio, mas com o pesadelo que tivera envolvendo a morte súbita de seus pais em um dia ensolarado, Mélina era filha de uma mulher árabe e um americano, filho de um povo odiado pelo povo de sua mãe.

Morreram num incêndio aparentemente na época, mas ela sabia que não foi apenas isso, a casa explodiu e a bomba possuía uma mensagem escrita no idioma árabe "TRAIDORA" que não foi queimada junto com a casa, por mais incrível que parecesse.

Morreram num incêndio aparentemente na época, mas ela sabia que não foi apenas isso, a casa explodiu e a bomba possuía uma mensagem escrita no idioma árabe "TRAIDORA" que não foi queimada junto com a casa, por mais incrível que parecesse

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Ela estava na escola quando aconteceu, e parecia que estava acontecendo de novo, era horrível para a jovem descendente de árabes se lembrar da tragédia e dos corpos mortos sobre o asfalto em frente à casa em chamas.

- Já vou tio! – deu um salto da cama e foi direto para o banheiro, penteou os cabelos lisos e negros, vestiu suas roupas e foi para de encontro com o tio – Bom dia tio Ian!

- Bom dia Mélina!

- Viu minha pasta?

- Tá no armário filha!

- Vou pegar! Tenho que ir pegar o ônibus! Tchau!

- Tchau Mélina!

Foi correndo para o ponto, mas sem ânimo algum para ir a escola, pois o medo de dar de cara com as garotas que viviam zombando dela por não ser tão bonita quanto elas era o que assolava a garota.

- E ai Mélina! Tudo bem? – as garotas logo se aproximaram.

- Ah ... claro!

- Ótimo! Agora sai daí! Esse é meu lugar! –Joan, a líder das encrenqueiras, ordenou.

- Não! Qualquer um pode sentar aqui!

- Enquanto eu tiver aqui, eu mando! Sai do meu lugar! – Mélina apenas obedeceu a loira para não causar confusão, no momento em que o moreno alto e bonito que mantinha um relacionamento sério com a encrenqueira apareceu.

- Olá meninas! – falou com a voz grave.

- Oi meu amor! – Joan se aproxima e da um beijo nojento no namorado Donny que deixa Mélina incomodada.

- Já tô indo! Pode ficar com o seu lugar!

- Valeu otária!

Mélina saiu acuada de perto das garotas que sempre a humilhavam e riam dela, sentou em uma cadeira no fundo do refeitório, excluída pelas pessoas por ser quem ela era.

...

- Mélina, você possui algum parente que vive no oriente médio? – durante a aula de história, o professor não hesitou em perguntar.

- Sim! – respondeu sem graça.

- E quantos deles já explodiram? – Joan pergunta sem dó e os outros ao seu redor riem.

- SILÊNCIO! – o professor exige educação –O fato de ela ser descendente de árabes não é motivo de chacota! Srta

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- SILÊNCIO! – o professor exige educação –O fato de ela ser descendente de árabes não é motivo de chacota! Srta. Hudson, da próxima vez você vai para a diretoria!

- Nenhum explodiu! –Mélina falou para Joan.

- Eles são do Hamas? – Josh, um colega encrenqueiro pergunta e riram ainda mais –Do Estado Islâmico? Não melhor, Al Qaeda?

- Claro que... – Mélina é interrompida.

- Conhecem o Osama Bin Laden? – o menino perguntou e as gargalhadas tomaram conta da sala.

- Posso sair? –ela perguntou ao professor.

- Pode!

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Saiu correndo do local com todos rindo ainda, enquanto as lágrimas logo começaram a lhe encharcar os olhos, entrou no banheiro e se escondeu dentro de uma cabine, sentou na privada e chorou.

Se havia uma coisa que não gostava era quando falavam sobre islâmicos relacionados a ela, se lembrava do que fizeram com sua família na sexta feira à tarde quando é se lembrou do pesadelo da noite passada.

Fora a pior coisa que lhe aconteceu a morte de sua família, sentia saudades da mãe, quando lhe contava histórias para dormir ou quando saiam para passear pelo Central Park, seu rosto, suas palavras.

...

- Mamãe, porque aqueles caras não gostam de nós? – perguntou à mãe ainda criança.

- Nos desprezam porque somos de origem islâmica! Mas não dê importância! – fez uma pausa e disse – Não dê importância nunca entendeu?

- Tá bom mamãe! – falou acenando com a cabeça.

***

Essa é Mélina senhoras e senhores, uma menina solitária, explorada, e .. assim como Lou, apaixonada ao mesmo tempo que é ignorada! Espero que vcs tenham gostado! Comentem aí, votem! 

Beijos e fiquem c/ Deus!

Desilusões AmorosasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora