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*Harry on.*

*24, dezembro, 2017*

Dia 13 de dezembro de 2017

Eu fui uma das muitas crianças que sofreram por toda a infância.
Não fui a primeira, nem serei a ultima.as lembranças desses acontecimentos, vêem desde a época que eu devia frequentar o Jardim de infância. Lembro-me de cada dia, cada momento, cada sentimento e até cada cheiro, como se fosse hoje. As memórias não estão sempre, elas vêem como avalanches, é como se houvesse um interruptor que não da para desligar. Este interruptor é pressionado quando estou a dormir, em pesadelos, ou momentos do dia-a-dia que são semelhantes a algo que vivi. Foi durante uma tarde, no jardim em Seattle, EUA. Tinha ido para lá brincar com os meus pais.

'A mãe foi à casa de banho e o pai foi buscar a bola que estávamos a brincar que caiu no Lago. Um senhor vem ter comigo. Devo de ter uns cinco anos de idade. A cara do senhor não me é estranha. "Querida, os papás foram ao doutor de urgência e pediram para te levar a casa, eu sou um amigo dos papás. Sim? Vamos?" O senhor pergunta enquanto pega na minha mão.
Olho e realmente não vejo nenhum dos papás. A cara do senhor não me é realmente estranha, acho eu, que ja o vi em nossa casa. Por isso sigo o senhor.'

Acordei deste sonho. Foi assim que tudo aconteceu! Ele levou-me para casa dele e desde esse dia foi a única pessoa que eu conhecia como pai. Afinal Anthony não era meu pai, e a minha mãe não morreu ao dar à luz, como ele dizia? Estou perdida! (Lost!)



Leio a primeira página de um diário que encontrei no chão do meu quarto esta manhã. Fico congelado ao ler, não sentia este sentimento de raiva e impotência desde que o meu pai morreu. E ao ler esta primeira página foi isso que senti. Continuo a ler, avanço para a próxima página.



Dia 14, Dezembro, 2017

Diário...,

Sinto sangue a sair por todo o lado, pelo nariz, pela cabeça, pelas mãos, pelas pernas... dói, dói cada ferida ainda aberta por onde o sangue sai.
Levo a mão ao nariz enquanto escrevo, mas... Não tem nada! Nem nas mãos, nem nas pernas, nem na cabeça... mas eu sinto, está frio e dói. Estou a tremer, talvez do frio ou do medo. Não sei. Onde estou? Não sei, está escuro. Estou perdida! 
A Gemma diz que isto que sinto, o sangue e as visões e pesadelos, são devido ao medo. Diz que todos aqueles anos causaram-me trauma e que não consigo distinguir o presente do passado, nem a realidade das memórias e pesadelos.O que vou fazer agora? Não consigo sair à rua, pareço uma pessoa louca, estou perdida!

Gemma? A minha irmã...? Então este diário é da Natasha? Não acredito...ela parece tão normal, tão serena e angelical. Como pode ter-lhe acontecido isto?


Dia, 15, Dezembro, 2017

Diário...,
Trago este pequeno diário comigo para todo o lado, neste momento estou na aula de inglês, no fim do dia, mas algo não está bem.
Fechei os olhos...vi-o lá em pé a olhar para mim. Tapei os olhos com as mãos, mas não adiantou, ele continuou lá, a olhar para mim e a abanar a cabeça.Tremo mas desta vez quando levo a mão ao nariz está a sangrar. Outra memória não! Não no meio da aula! (Foi o que u pensei.)

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