09| quero ser seu herói

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JACE COLEMAN

ao chegar em casa meu corpo só consegue me levar para a cama e finalmente dormir e descansar. Faz menos de vinte e quatro horas que eu descobri que sou pai, um pai de merda, que não sabia da existência da filha pequena. Bom, Clary poderia ter me dito e então eu saberia, mas ela não me disse e a culpa foi minha. Se eu não tivesse dormido com aquela garota da festa isso não teria acontecido.

A questão é: eu estou preparado para assumir isso? A resposta no momento seria não, no auge dos vinte e um anos maioria pensa em ganhar um carro ou um estágio bacana, não uma filha, mas é o que tenho e sinceramente estou feliz, mesmo preocupado. Afinal de contas, que pai eu vou ser? Quero ser o pai que eu não tive, um pai presente, amoroso, dedicado. Meu pai morreu quando eu tinha apenas três anos, cheguei a conhece-lo, mas mesmo assim não tenho ideia de como é ter um, mas pretendo mostrar isso a Rose.

Ser o herói dela, o cara que a protege de todos os perigos, aquele que a leva para tomar sorvete. Quero estar com ela nos dias em que chorar por um brinquedo quebrado até o dia em que fizerem de seu coração um brinquedo, bom, terei que quebrar o cara, mas essa é a parte fácil. Ela vai me amar como eu a amo, em tão pouco tempo já sinto um amor forte por ela, não tão forte quanto o que eu sinto por Clary. Talvez eu seja egoísta por isso, mas vou amar Roselie ainda mais com o tempo.

Imagino Clary em seu primeiro dia com Rose, trocando suas fraldas, amamentando e balançando-a de um lado para o outro chorando junto com o bebê, sei que é isso que ela faria. Rose já é grandinha para um ano, seus braços gordos me fazer ter vontade de mordê-la toda vez que a vejo, não que essas sejam muitas. Em seu pulso tem uma pulseira dourada com Clary e Jace = Roselie gravado, bem o jeito de Clary.

Espero que Rose nos aproxime, nos dê... quer dizer, me dê a chance de tê-la de volta para mim, de fazê-la minha novamente. Faço o café e me sento à mesa, ouço os passos leves de Angie descendo as escadas e quando chega á cozinha me beija no topo da cabeça passando a mão no lugar.

"Bom dia, querido."

"Bom dia." Ela sorri e se senta ao meu lado.

"Angie, eu... preciso conversar com você sobre uma coisa, mas agora não. Tenho que ir para o trabalho, chego a noite, certo?"

"Tudo bem, amor. Bom trabalho." Ela diz enquanto vou me afastando.

Quando chego à Hitman's fico na minha sala a tarde inteira. Uma hora ou outra Macy, a secretária, vem me informar sobre possíveis mudanças nos horários e reuniões e só concordo com a cabeça. Mando mensagem para Clary perguntando se ela pode vir aqui me ver ao sair da faculdade, ela responde alguns minutos depois um simples, mas muito importante: sim.
Encerro meu tempo de trabalho e desço a procura dela, vejo-a com um vestido florido e cabelos soltos, tem um pano em seu ombro e uma chupeta amarrada numa cordinha pendurada em seu pescoço. Abraço-a e ela retribui, me fazendo sorrir, sou muito filha da puta.

"Hey!" ela fala sorrindo.

"Oi, hã, tem uma chupeta aqui, você sabe, né?"

"Sei, por falar nisso minha mãe está em um mercado com Rose ali na esquina, quer ir até lá?" seus olhos verdes brilham ao falar de Rose e concordo gostando da ideia.

"Eu gosto dela em você, mas será que fica mais bonita em mim?" aponto para a chupeta, tiro-a de seu pescoço e a ponho em minha boca.

"Ah meu Deus, você sabe que Rose usa isso o dia inteiro?"

"Sei." Digo com a chupeta ainda na boca. Clary continua rindo e acabo fazendo o mesmo. "Você tem mais um bebê agora."

"Mais um? Não preciso de mais um, só Rose já está bom demais, agora podemos ir ao mercado?"

"Podemos, linda."

"Agora tenho que comprar outra chupeta, obrigada, Jace." Ela balança a cabeça fingindo estar brava.

"Pode deixar que eu compro, minha linda." A beijo na bochecha e ela sorri. Passo meus braços por seus ombros e caminhamos rumo ao mercado.
Roselie está sentada dentro do carrinho brincando com um pacote de balas enquanto Rachel escolhe as frutas. Aproximamo-nos e Rachel dá um sorriso acolhedor quando nos vê.

"Jace, que bom ver você aqui!" Rachel diz me dando um abraço, fico meio desconfortável, mas aceito o gesto de carinho.

"A gente estava aqui perto e resolveu passar aqui." Clary esclarece e eu agradeço em silencio.

"Mas que bom, eu estava mesmo precisando de ajuda com a Rose, ela fica comendo..." ela se interrompe olhando para Rose no carrinho segurando um pedaço de plástico na boca.

"Rose, não!" Clary tira o pedaço de plástico de sua boca e seu rostinho meigo vai se fechando em um bico grande e olhos marejados, aos poucos Rose abre um berreiro, atraindo atenção de algumas pessoas no mercado.

"Shhh... está tudo bem, ela não quis fazer você chorar." Tento acalma-la e ela me estende os braços pequenos e soluçando, não sei o que faço e por fim resolvo pega-la. Clary e Rachel sorriem estranhamente me deixando corado de vergonha, merda, odeio isso de ser o centro das atenções.

"Bom, vamos escolher as verduras?", digo para quebrar o gelo.

"Frutas." Clary me corrige.

"Frutas, verduras, compraremos qualquer coisa só não fiquem me olhando desse jeito." As duas param com a sessão vergonha. Depois de escolhermos as frutas, vamos à sessão de chupetas, mamadeiras e todas essas coisas de bebês. Rachel e Clary se apertam e murmuram coisas que são fofas o tempo inteiro e Rose se estica algumas vezes em meu colo para tocar uns ursos de pelúcia.

Analiso seus traços, ela tem o cabelo muito claro, meu cabelo é claro, mas o de Rose é de um loiro muito forte. Seus olhos são ora verdes e ora azuis, dando a impressão de que ela não se decide entre puxar a mim ou a Clary. Acabo sorrindo com meus próprios pensamentos, mas logo paro porque Rose puxa meus cabelos apontando para um uma pelúcia em forma de leão e eu a pego entregando para ela.
"Gostou dele?" pergunto e ela faz que sim com a cabeça. Bom, ela me entende.

"Rose, você já tem um parecido!" Clary diz se aproximando.

"Mas ela gostou deste, podemos levar.", digo.

"Jace, não podemos. Olha só, sei que é tudo novo para você, mas não pode dar a ela tudo o que quer!" a olho feio e Rose faz o mesmo. "Meu Deus, vocês são tão parecidos." Ela aperta as bochechas de Rose e a faz sorri.

"Sei disso, mas quero dar para ela, por favor." Clary concorda e coloca um sorriso tímido no rosto, o sorriso do qual eu gosto tanto. "Vamos levar esta!" falo colocando uma chupeta azul no carrinho, que Rose puxou da prateleira como fez com o leão de pelúcia.

Clary me diz mais uma dez vezes que eu não posso dar tudo a Rose durante o tempo em que passamos escolhendo as coisas, mas não me importo. De vez em quando dou meu sorriso de canto para ela e seu rosto cora em resposta, sempre foi assim e tenho a impressão que sempre será, eu e ela, ela e eu. Clichê, mas verdade. Enquanto sorrimos todos quando Rose faz uma palhaçada, vejo Aubrey parada segurando uma garrafa de energético no final da sessão, minhas pernas tremem. Ela se vira e sai, com uma expressão nada amigável.
"Abb!" grito, esperando que ela me ouça, mas nada acontece.

"O que?" Clary pergunta.

"Nada, eu só...só pensei ter visto uma pessoa, mas me enganei."

Lembro-me de quando Aubrey me disse que conversou com Clary, então não acho muito propício ela saber que eu conheço Aubrey agora.

•••

HELLOOOOO!

Pessoal, passei rapidinho só para avisar que estou MUITO feliz por nosso número de leituras serem tão grandes.
Esse simples fato me faz ter muito
mais motivação para escrever.

Dêem a estrelinha amarela para ajudar no crescimento da história e chama o amiguinho, colega, pai,
mãe e quem você quiser para conferir nossa história!

BEIJÃOOOOOO!

Emilly Costa.

LET ME FIX US Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ