5| oi, meu nome é Aubrey

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CLARY HORNAN


Olho para minha mãe que está assim como eu, estarrecida por ver Jace e ouvir aquilo tudo o que ele disse. Rose senta aos meus pés e brinca com a almofada que ela arrastou para fora do sofá. Minhas pernas parecem gelatina e minhas mãos molhadas por enxugar as poucas lágrimas caídas estão tremendo com o efeito Jace em mim.

"Meu Deus, Clary..." minha mãe vem ao meu encontro e me abraça. Aceito seu carinho de bom grado.

"Você o viu? Você ouviu o que ele disse? Ah, mãe, como vou resistir a isso tudo?"

"Eu ouvi e achei a coisa mais linda que alguém já falou. Ele quer ter você de volta, amor. E você ouviu quando ele falou que aceitaria tudo para estar do seu lado? Ele vai aceitar a Rose, filha." Me afasto dela concordando com a cabeça. Ponho Rose no meu colo e vou até a cozinha. A coloco na cadeirinha e nela deixo uma banana e uma mamadeira com iogurte de morango dentro. Ela sempre prefere morango a banana, mas não fui ao supermercado ainda e só conheço um onde vendem, decido ir lá sábado, como hoje é quinta acho que tenho tempo para matricula-la em uma creche antes.

"Hey, estou indo dar uma volta, não quer ir comigo?" Paige diz e minha mãe a olha por cima dos ombros.

"Hã, acho que não, vou ficar com Rose, obrigada. Se divirta." digo.

"O que? Não, não, não, mocinha. Filha você está ficando muito em casa desde que chegamos. Vá se divertir, conhecer a cidade, o que há de errado? Eu fico com a minha florzinha!" ela diz fazendo careta para minha filha que sorri e come orgulhosa o seu ultimo pedaço de banana.

"Mãe..."

"Clary, vai, eu estou mandando." Ela sorri e eu aceito.

"Tá bom." Paige bate palminhas e reviro os olhos. Subo e ponho uma calça jeans, jaqueta de couro e meus tênis da Adidas preto. Caem-me bem e me deixam confortáveis. Saio com Paige e guardo a chave no bolso.

"Eu ouvi o que Jace falou para você hoje, mas não tive coragem de descer. Se fizesse isso não ia me controlar e iria dizer poucas e boas."

"O que você acha, acha que...que foi sincero?" a olho enquanto caminhamos sob a noite mais ou menos estrelada de Toronto.

"Sinceramente, Clary? Não sei, mas de uma coisa eu sei; não adianta ele ser sincero se você não é." E morri. "Não me olha assim, sabe que eu não nem um pouco com a cara do Jace, mas não estou de acordo com a sua mentira."

"Eu sei, eu sei. Mas ele disse que aceitaria tudo para estar comigo de novo, isso me deu uma esperança para contar, ele não está namorando, mas ainda tem a família e tudo mais..."

"Ele também fez a Rose. Ela é filha dele também, não igual você apresentar ela para um amigo. Você vai apresenta-la para o pai dela, você pelo menos tem noção disso?"

"Paige, eu tenho total noção disso, mas ele não faz nem ideia, nem sequer desconfia. Ele pode não aceitar de primeira e não sei se vou suportar a rejeição dele."

"É o Jace, Clary. O garoto que levava sorvete para você dentro da sala e ficava na detenção depois, mas não parava de fazer isso. O garoto que parou aquele jogo da final para te pedir em namoro. O mesmo que foi com você todos os dias que você foi voluntária naquela instituição de crianças carentes remelentas e grudentas. Ele pode ser idiota no nível que for, e olha que não é pouco, mas ele ama você, e ele vai amar a Rose também." Respiro fundo e dou um abraço nela.

"Você é a melhor amiga do mundo sabia?" ela faz que sim e sorrio.

"Agora você já pode me largar, estou realmente com fome. Podemos entrar? Esse segurança grande está me assustando." Ela sussurra.

LET ME FIX US Onde histórias criam vida. Descubra agora