Kattomy Mai e os Espadachins da Névoa

Partidas e chegadas

PARTIDAS & CHEGADAS

Minutos após Kattomy Mai ter saído de casa em direção ao local de encontro apontado no papel da missão, junto à entrada de Kirigakure, Kattomy Rei saiu de casa e dirigiu-se para o gabinete do Mizukage. Atravessou os corredores apressadamente e, chegando ao seu destino, bateu á porta, três vezes num segundo.

- Entre. - Disse a voz de Okashi do outro lado. Rei entrou e falou assim que o fez:

- Okashi-sama, gostava que me explicasse uma coisa...

- Rei!?

- Porque está a designar missões díficeis a Mai - dizia lembrando-se da referência da participação da ANBU feita pela filha, - afinal de contas eu apenas tenho estado em casa sem fazer nada, não seria melhor eu ir no lugar dela?

- Rei! Nem parece teu, que intervenção foi essa agora!? Primeiro, lá por Mai ser a tua filha, a meus olhos é primeiramente uma shinobi de Kirigakure. Segundo, não a substimes, ela Kosuke e Katsuya fazem uma equipa o suficiente boa para participarem neste tipo de missões. Terceiro, já te esqueceste do que tem acontecido nos últimos tempos!? Um Bijuu, uma invasão a uma vila shinobi e agora chegam-me estes relatórios preocupantes sobre shinobis perigosos desaparecidos... Sabe-se lá o que pode acontecer. Quem achas que vou por a defender a vila? Genins!?

Kattomy Rei calou-se. Okashi tinha razão.

- Wakkata... - Virou costas e voltou a sair do escritório.

Quando Mai chegou ao ponto de encontro já lá estavam todos. Mitsuo Kosuke, Yonezawa Katsuya e dois shinobis que ela não reconheceu. Um deles era a capitã do décimo esquadrão da ANBU, Kojirou Minakata, o outro era Keichiro Washizuka, capitão do sexto. Mai sentiu-se um pouco mal por ter sido a última a chegar. No entanto Kojirou começou a falar e atenuou assim a sua preocupação:

- Bem-vinda Mai. - Apresentou-se a ela e ao companheiro e prossegui. - Feitas as apresentações, uma vez que estamos cá todos, penso que podemos partir.

- Hai! - Concordou Kosuke de imediato. Katsuya também assentiu.

O grupo formado por cinco pessoas virou costas a Kirigakure e a passo afastou-se da vila.

Enquanto caminhavam Mai aproximou-se de Kosuke para lhe fazer uma pergunta:

- Kosuke-sensei... Cheguei muito atrasada?

- Não te preocupes Mai, chegaste bem a tempo. Este poderá ser um desafio complicado, é bom que te sintas pronta.

- Hehe, hai, estou mais que pronta! - Exclamou com confiança.

Keichiro Washizuka olhava para trás, intrigado com Mai e com o motivo pelo qual Okashi a colocara na mesma equipa dos outros dois. Kojirou interrompeu o ambiente silencioso para acrescentar informações sobre a missão:

- Estamos agora a caminho do país do fogo. Este local de encontro que vos foi entregue, ao qual todos vieram ter, não é o verdadeiro ponto de encontro para a missão. - Mai perguntava-se o que ela queria dizer com "o verdadeiro ponto de encontro para a missão". - Vamos juntar-nos a uma equipa de Konoha nesta missão. Depois da viagem marítima, iremos ao local combinado pelos dois grupos para nos encontrarmos com eles. Entendido?

- Hai! - Disseram os três em uníssono.

- Kattomy Mai - falava agora Keichiro, - espero de ti um comportamente à altura...

Ela não respondeu. Limitou-se a franzir o sobrolho e a guardar os pensamentos para si... "Mas de onde é que aquele tipo me conhece para falar comigo assim!? Eu dou-lhe o comportamento..."

- Kangeki Yashimiro... Tashiraga Masako... vamos partir. Hasebe Mikako, assim que chegarmos a terra firme, tu indicas o caminho. Nós seguimos-te.

- Muito bem - disse ele, - eu farei isso... Oho Oshitake...

- Hmm... ikuzo...

- Mikako... - murmurava Utada, irmã de Mikako Hasebe, num outro local, distante do onde o irmão se encontrava, mas cada vez menos... - por teres traído o nosso clã...

- Utada... - mumurava Mikako pensando na irmã.

- Da próxima vez que te encontrar...

- Da próxima vez que nos encontrarmos...

...

- DEFINITIVAMENTE, ELIMINARTE-EI!

Sob o mar encoberto pela névoa, duas embarcações distintas afastavam-se das margens do País da Água.

Kattomy Mai sentia o ar húmido na face enquanto navegava em direção a terras que para si eram desconhecidas.

Após o desembarque, veio a caminhada pelas florestas do país do fogo. Mai deparava-se com árvores e vegetação que jamais se lembrava de ter visto. Apesar de caminhar entre paisagens aparentemente vulgares, ela conseguia aperceber-se da diferença ao que estava habituada a ver. Também estranhava o invulgar brilho do sol, mais luminoso e quente que o habitual e agradeceu a si mesma por ter trazido o seu chapéu...

Após bastante tempo a caminhar, com algumas paragens intercaladas pelo caminho para repouso, os cinco shinobis de Kiri iam ficando bastante próximos do local para onde era suposto se deslocarem. A ANBU Kojirou informou-lhes precisamente isso...

- Finalmente! - Exclamou Mai de maneira a que ninguém ouvissse. Sentia-se um pouco cançada da grande deslocação que tinha feito, mas estava no entanto entusiasmada por conhecer novos horizontes.

- E como são esses shinobis de Konoha? - Perguntava Kosuke curioso.

- Já os vamos conhecer... - respondeu-lhe ela parando, - assim que eles chegarem.

- É aqui o ponto de encontro? - Questionou-lhe Katsuya observando o ambiente florestal à sua volta.

- Exacto. Precisamente neste local.

Eles aproveitaram para se sentar e descansar um pouco mais enquanto esperavam. Apenas Kojirou Minakata permaneceu de pé.

Ouviam-se os pássaros e até a leve brisa que agitava as folhas das árvores. Apenas após algum tempo toda essa tranquilidade foi interrompida. Foi Kokirou que a interrompeu com um anuncio que chamou a atenção dos restantes:

- Chegaram.

Todos se levantaram e aproximaram-se da capitã. Olharam para onde ela estava a olhar. Três shinobis de Konoha aproximavam-se... Eram eles Itachi, Sogetsu e Kazuki Hitsuyaga.

Enquanto isso, num local bem diferente, quatro outros shinobis de Kiri estavam parados. Um deles, Mikako Hasebe, falou por fim:

- Chegámos... Otogakure no Sato!

Oho Oshitake olhou-o de lado.

- Sim, e agora? Precisamos de convite para entrar?

- Ah, nada disso... Estava só a matar as saudades deste local rídiculo.

- Rídiculo...

- Não percamos mais tempo. - Acrescentou Yashimiro Kangeki. - Ikuzo!

- Hai, hai... apesar de tudo estou mortinho por poder rever a minha querida irmãzinha. Desta vez trago-lhe uma surpresa bem... "explosiva"!