VI (Lauren's Chapter)

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— Está maluca? Preciso ir trabalhar logo. — eu disse enquanto Normani colocava uma garrafa de cerveja a minha frente.

Eu estava em seu restaurante.

— Ninguém a culparia por beber depois do que aconteceu. — ela me disse — Você deveria ir a um templo saber se é algum tipo de retribuição cármica. Por que ela tem que ter amnésia e continuar te perturbando mesmo depois do divórcio?

— Não fale assim. — eu a defendi — É um momento difícil para ela.

— Tudo bem, mas deixa eu te falar uma coisa. — Normani me olhou — Já que ela se esqueceu de tudo dos últimos cinco anos, você pode aproveitar para reprograma-la. Diga a ela como era. Quando você dizia "fique em pé", ela não ousava sentar. Você dizia "ajoelhe-se", ela obedecia. Você dizia "levante-se", ela não ousava não se mexer. O maior prazer dela era limpar a casa e lavar a louça. — Comecei a rir — Depois de lavar a louça, ela lavava você. Depois de lavar você, ela lavava minha louça. Nada mau. Toda noite, ela iniciava o amor. E depois, queria mais, e mais, e mais... — Normani então fez um barulho de gemido.

— Dá para parar? — Estava morrendo de rir — Não tem nada rolando entre nós. Só estou ajudando uma amiga.

Normani fez cara de tédio.

— Certo. A sua namorada sabe?

— Contei para ela essa manhã.

Normani olhou para fora nervosa.

— Por falar no diabo, ela não parece nada feliz. Só não destrua o meu lugar, tá? — Normani sussurrou — Lucy! Parece tão feliz hoje! Excelente! Sente-se! — Normani disse animada enquanto Lucy se sentava ao meu lado. — Vou preparar alguma coisa gostosa para você comer e engordar.

Eu ri enquanto Normani saiu.

— Vou dormir na sua casa hoje. — Lucy disse sem mais e nem menos.

— Claro. Fique com o sofá. Eu durmo no chão.

— E ela?

— Ela está doente. Ela fica na cama. — eu disse.

— Você é que é doente! — Lucy estava com raiva era evidente. — Ninguém ajuda pessoas assim. Ainda mais depois de como ela a tratava. — Ela me olhou triste de repente. — Quanto tempo ela vai ficar?

— Não muito tempo.

— Quanto tempo? — ela fez uma voz manhosa.

Eu empurrei um panfleto na mesma e bati com o dedo.

— O que é isso? — ela perguntou.

— Você queria ir para as termas. Vamos no mês que vem.

— Só não me diga depois que as suas férias foram recusadas.

— Já foram aprovadas. — Lucy abriu um sorriso.

— Não pense que está perdoada. Prometa que vai atender a todas as minhas ligações agora.

— Tudo bem. — eu concordei rindo.

— Vinte e quatro horas. 

— Tudo bem.

— Qualquer hora. — ela continuou com a voz manhosa.

— Tudo bem.

— Inclusive ligações de Face Time. Nunca vai desligar o telefone.

— Tudo bem. Tudo bem.

Ela riu e deitou a cabeça no meu ombro satisfeita.

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