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*Capítulo Revisado*

– Não é nada com que te devas preocupar, preocupa-te com a tua recuperação a sério, nós resolvemos isto.

– Oh Guilherme Filipe, não tentes enganar-me e esconder-me coisas, é que já estás a irritar-me ou contas a bem ou a mal, eu posso estar em recuperação, mas posso muito bem dar-te uns cachaços, por isso.. – Ele interrompe-me.

– Não te irrites Rúben, ok nós não te queríamos dizer nada, por estares aqui no Hospital, mas mais cedo ou mais tarde irias acabar por descobrir – Ele suspira e eu bufo impacientemente para ele continuar e ele acaba por continuar – E sim acertas-te a Viviana queria ir ver a Letícia e falar contigo, mas eu e a Alysa não deixámos, pois tínhamos medo que ela te fizesse alguma coisa a ti, ao André ou mesmo há pequena. Nós não te queríamos preocupar e eu estava sempre a olhar para o André para lhe contar sem tu ouvires, mas pelos vistos, ele vai ser o "último" a saber.

– Eu não queria que lhe contássemos, pois ele vai ficar cheio de medo, mas eu acredito que nós os dois juntos, vamos protege-lo, mais a Alysa, certo?

          Ele assente e eu agradeço, por fim ele acaba de ajudar-me a vestir e pega no saco metendo o meu pijama no mesmo e uma vez mais ajuda-me a sair do quarto.

          Eu e o Guilherme saímos da casa de banho e alguma das minhas irmãs ou o meu ex-cunhado (o André) tinham posto a minha filha na alcofa da mesma. As minhas irmãs vêm abraçar-me com cuidado e eu gemo um pouco de dor, mas retribuo o abraço mas eu aperto-as um bocado.

– Olha que estás a esmagar-nos irmãozinho.

– É que eu tive tantas saudades vossas minhas princesas...Adoro-vos bastantes!

          Eu largo as minhas irmãs e dou um beijo na testa a cada uma delas e vou até ao André e dou-lhe também um abraço apertado para ele saber e sentir que está tudo bem connosco e viro-me para os restantes.

– Vamos, meninos?

          Eles assentem, eu vou para pegar na alcofa da minha filha, mas todos os que estavam presentes impediram-me.

– Olhem eu tive um incidente, não estou inválido.

– Cala-te, ordens do médico, eu e o André fomos informar-nos quando estavas a vestir-te, por isso deixa as pessoas ajudarem-te sem reclamares, porra que mau feitio, oh maninho! Com esse feitio vê-se mesmo que já estás bom!

          Eu bufo e levanto as mãos em forma de rendição e assinto, que remédio tenho eu. Vamos em direção ao carro e eu sento-me no banco do passageiro com cuidado e o Gui no banco de condutor e o resto foi no carro do André. Eu e o Gui durante metade do caminho mal falamos um com o outro, pois eu não estou com grande disposição para falar, mas até um certo ponto o Gui quebra o silêncio, era um silêncio bom, não um silêncio constrangedor.

– Vou passar na farmácia, comprar os teus medicamentos para as dores, gaze, adesivo e essas coisas, para desinfetar e curar os pontos, como o doutor recomendou.

          Eu assinto apenas com a cabeça e digo um "obrigado" quase inaudível, pois este mesmo assente e estaciona há frente da farmácia e sai do mesmo fechando a porta atrás de si e vai há farmácia lá fazer as compras que tinha de fazer. Passado uns longos minutos ele regressa ao carro, já com tudo feito e entra dentro do carro, pondo o cinto de segurança, liga o motor e arranca assim que vê que pode sair do estacionamento.

– Depois fazemos contas. – Digo em tom de voz baixo, mas de maneira a que ele ouça.

– Não é preciso, a sério, deixa lá isso. Eu agora ganho mais ou menos bem, pois eu voltei ao Mundo de Futebol, mais ou menos, mas depois logo conto-te melhor isso. Olha amigo, a Aly nestes meses todos ela sofreu, ela gosta mesmo de ti, acho que devias dar-lhe uma oportunidade.

Dreamer? - EditadaOnde histórias criam vida. Descubra agora