22 - Conversa Séria

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*Capítulo Revisado*

          Eu decido responder ao André e ao Afonso, foram os únicos que chegaram neste preciso momento, mas antes disso, decido perguntar pelas minhas irmãs, porque eles não são de andar muito separados, logo ciumentos como são.

– Antes de vos responder, posso saber onde estão as minhas irmãs?

– Elas quiseram ficar aqui em baixo no café, como é já aqui em baixo, acho que posso falar pelos dois – Diz olhando para o André, o mesmo assente – Não vimos mal nenhum em elas ficarem lá sem nós.

– Hum...Vocês só podem estardes doentes, principalmente tu Afonso que és o mais ciumento, mas fizeram bem, elas precisam respirar um pouco – Ambos os três nos rimos – E sim passou-se algo e eu vou ter que vos pedir uma coisa, meninos. Podem deixar-nos a sós? Nós precisámos ter uma conversa em particular. Depois eu explico-vos. – Sou interrompido pelo Guilherme.

– Eu próprio depois conto. – Diz sério.

– Isso depois logo se vê, fazem-me esse favor?

– Sim claro, Ruben. Nós vamos lá para cima conversar, vamos Afonso?

          O mesmo assente e eu faço um gesto com a cabeça como quem diz "obrigado". Eu respiro fundo e lentamente e quebro o silêncio que se instalou entre nós.

– Ao contrário do que vocês pensam, eu não vou discutir com vós e nem quero, eu fiquei triste sim, mas não estou chateado, nós não namorámos, mas tínhamos um lance, eu gosto de ti Alysa, não vou mentir e sei que me amas, mas que ao mesmo tempo também estás confusa, o Guilherme mexe contigo Aly e pelo que vi nestes últimos dias sei que ele vem sentindo alguma coisa por ti, mais do que uma simples atração. – Paro por uns instantes vendo o estado da Alysa – Antes de sofrermos o acidente eu era para te pedir em namoro quando chegássemos a tua casa, mas, ainda bem que não o fiz. Enquanto não esclareceres o que sentes e as dúvidas e com quem queres ficar é melhor nós darmos um tempo ou até mesmo terminarmos o que tínhamos.
Assim confusa como estás, não dá, eu não consigo, desculpa. Isto não quer dizer que eu desisti de ti, porque não. Alysa eu vou continuar a lutar por ti, mas, neste momento não sou o único a lutar por ti. Tu não me perdeste, mas, é melhor assim, por enquanto. – Finalizo suspirando pesadamente.

          Não está a ser fácil para mim dizer isto tudo e acabar com o que tínhamos, apesar de não sabermos o que tínhamos ao certo.

          A esta hora a Alysa está a segurar as lágrimas, apesar do que eu ter dito ser verdade e ela saber, ela ama-me, tenho quase a certeza disso, então imagino o quanto lhe deve estar a custar, principalmente que ela não é dessas raparigas que lhe vêm as lágrimas aos olhos facilmente assim sem mais nem menos há frente das pessoas.

          Deixo-a recompor-se antes de eles dizerem alguma coisa, porque eu ainda não acabei.

– Apesar de termos acabado Alysa, o emprego é teu e ficarás em minha casa. Nós ainda podemos ser amigos. – Digo com os meus olhos marejados, mas disfarçando.

– Eu não posso aceitar – Diz com a voz trêmula.

– Faço questão e se não aceitares, aí sim eu fico chateado Alysa, prometo que o clima não ficará muito pesado e além do mais o quarto já está preparado para ti. Não me faças uma desfeita destas.

          Ela assente e agradece dizendo que vai subir. Eu assinto e dou um meio sorriso.

– Eu vou embora. E desculpa pelo que aconteceu, eu não sei o que me deu no quarto. Um lado de mim, não queria, mas o outro, eu não sei. Só desculpa. Eu não queria estragar nada.

– Tu ficas. E não tens de pedir desculpa, tu só fizeste isso porque a amas. Podes negar e tentar enganar-te a ti e a toda a gente. Mas tu estás a começar a amar a Alysa. O teu outro lado não se controlou. Quanto mais depressa aceitares isso melhor para ti e para todos, que eu não gosto de mentiras. Sei que quando aceitares, senão for tarde de mais, vamos ter a concorrência um do outro. Posso ama-la, mas luta por ela, porque tens hipóteses, nem que sejam mínimas, mas tens.

– Como é que é? Eu não tenho nada para admitir e nem aceitar, Ruben. Desculpa lá a pergunta, mas tu andaste a beber?

– É isso que percebeste, estas quatro semanas que o médico mandou estares de repouso, vais ficar aqui em minha casa, dormes comigo senão te importares, antes de recusares, faço questão. E não, eu não andei a beber, e estás desculpado. Um dia dar-me-ás razão.

– Eu agradeço mesmo Ruben, mas eu não quero dar trabalho e além do mais depois do que eu fiz, eu não me sinto bem em aceitar. E mais uma vez queria pedir-te desculpas, eu sei que no início eu fiz aquilo para te provocar, mas, neste momento eu estou arrependido, eu admito e já aceitei isso antes de termos a conversa séria, ok sim eu admito que sinto algo pela Alysa sim, mas visto que ela está confusa eu não vou desistir tal como tu não vais e peço desculpa por isso, mas se ela no final escolher-te a ti, eu respeitarei isso. Satisfeito por eu admitir? É bom que isto não se espalhe Ruben, só tu, eu e a Alysa sabemos o que eu sinto.

– Mesmo que iremos ser os dois a lutar por ela. Por favor fica. Não por mim, mas sim por ela. Ela nunca se perdoaria se eu te deixasse ir embora nesse estado Guilherme. Satisfeito. Fica descansado que ninguém saberá por mim.

– Tens razão. Obrigado, já que insistes tanto eu aceito, mas por ela. E para ela não se chatear contigo. Mas tenho que ir buscar as minhas coisas primeiro.

– O Afonso já as trouxe de manhã. E não te preocupes com ele, porque sabes que ele e o André passam a vida cá e dormem com as minhas irmãs mesmo eu não gostando.

– Mais uma vez obrigado. Vou subir, importaste?

– Não. Faz como se estivesse em tua casa. – Eu dou um sorriso sincero.

          O mesmo assente e vai subindo até ao segundo andar. Eu acho que esqueci de mencionar que a minha casa/mansão tem três andares. Em vez de ir para o meu quarto, penso que o Gui deve estar lá. Não quero incomodar, ele precisa descansar. Vou até ao quarto da minha irmã Sandra que eles devem estar lá e conto tudo.

#Pov Ruben's Off#

Pov Gui's

          Eu disse ao Ruben que ia subir, mas não fui completamente sincero, eu não vou para o "meu" quarto e sim ver como a Alysa está. Bato há porta devagar e chamo baixinho por ela, mas a mesma não responde. Será que ela adormeceu ou aconteceu algo?

           Abro a porta devagar e entro sem fazer muito barulho, fechando a porta atrás de mim, olho para a minha frente e lá está a minha princesa linda e serena e que parece um anjo a dormir.

          Chego-me mais até a cama, pouso as minhas canadianas, sento-me delicadamente na mesma e deito-me. Chego a mesma para a minha beira, assim pondo a sua cabeça no meu peito e passo o meu polegar limpando as lágrimas que ainda não secaram. E dou um beijo na sua testa, ponho o meu braço por cima da mesma, assim ficando meio abraçados. Sinto os meus olhos a pesar, e acabo por adormecer.

     Olá :) eu sei, eu sei que demorei desculpem. Mas está aqui mais um. Espero que gostem. Esta um pouco chato, mas não pode ser sempre tenso e com ação eheh. Mas mais para a frente os capítulos irão ser melhores, espero eu.

     Vamos ao que interessa, vocês devem querer matarem-me kkkk. Pq o Ruben acabou tudo. Estavam há espera que ele reagisse assim?

     Com quem ela decidirá que irá ficar? Dar uma chance?

     Custou, mas o Guilherme finalmente admitiu a ele próprio, a Alysa (no outro cap) e até ao Ruben, custou mas admitiu, estavam há espera que ele admitisse?

     Será que o Guilherme vai lutar mesmo por ela?

     Como será que a Alysa vai reagir quando ver o Guilherme a dormir ao seu lado abraçado a ela?

     Espero que tenham gostado e se gostaram votem e comentem.

Love You All.

Dreamer? - EditadaWhere stories live. Discover now