Capítulo quatorze

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-Calma Lua, ele já foi pro hospital eu estou com ele.

-Ai meu Deus! Eu sabia! – Comecei a chorar e ficar ainda mais desesperada.

-Lua se acalma, chama a Helô e vem para cá.

-Julio em que hospital? 

Ele me passou o endereço e assim que desliguei a ligação a Heloisa me retornou e me encontro na frente do condomínio e nós fomos para o hospital. Eu estava desesperada e não conseguia para de orar, eu estava controlando o choro e uma força sobrenatural me mantinha forte e eu tinha certeza de que era Deus.

Cheguei no hospital e corri para recepção onde encontrei o Julio e ele me abraçou forte e depois deu um selinho na Heloisa eles começaram a namorar depois que eu comecei a namorar com o Felipe.

-como ele está? Eu estava sentindo que algo ia acontecer. Que droga!

-Ele vai ficar bem. –Julio disse. E ele incrivelmente fazia as coisas parecerem mais simples e menos complicadas e acho que por isso a Helô gostava tanto dele.

Ficamos mais uma hora esperando noticias tempo que a família dele chegou e a minha mãe e a Letícia também. Eu estava aflita e desesperada, eu definitivamente não queria aquele futuro para mim. Imaginar-me casada como Felipe e vendo-o sair sem ter a certeza de que iria voltar vivo ou se iria voltar morto me fazia odiar com todas as forças aquela profissão eu sabia da importância que ela tinha e do quando o Felipe amava cuidar e proteger as pessoas, mas enquanto ele se arriscava por outras vidas  colocava a dele em risco e automaticamente me deixava sem chão.

O médico voltou e nos autorizou visita-lo a família dele foi na frente e depois minha irmã e minha mãe foram, eu fiquei adiando entrar naquele quarto porque estava com raiva do que  tinha acontecido e tinha medo de brigar com ele.

-Ele  quer te ver. –julio disse me encarando.

-Eu não quero entrar. –disse baixando a cabeça.

-Eu sei o que está sentindo, me sentia assim quando algo acontecia com o meu pai em alguma operação. Eu tinha vontade de bater nele e de proibi-lo de sair de novo eu tinha medo de que ele se fosse, tinha medo de que da próxima vez ele não voltasse mais para casa.

-e o que você fazia. –perguntei.
-apenas o abraçava e deixa ele sentir  meu amor por ele e o quanto eu me importava com ele.

-Eu odeio essa profissão de vocês, eu tenho medo de perder o Felipe. Todo dia fico apreensiva sem saber se ele vai me ligar dizendo que chegou bem ou se alguém vai me ligar dizendo que aconteceu uma tragédia. Eu quero ser otimista, mas não consigo. –disse deixando algumas lágrimas escaparem.

-olha aqui! –disse levantando meu rosto. –Apenas entre e diga o que está sentindo, ele te ama e tenho certeza que vai te entender.

-obrigada! –disse lhe dando um abraço apertado o Julio não era apenas melhor amigo do Felipe , era um irmão para mim.

Entrei no quarto e ele estava encarando a porta esperando alguém entrar.

-Pensei que a minha namorada não queria me ver.

Não queria explodir, não queria machucar ele, não queria falar algo que fosse me arrepender depois, mas estava sufocada.

Fui até onde ele estava e o abracei pelo pescoço senti sua mão direita me segurar pela cintura e sua mão esquerda estava enfaixada. Não conseguia conter o choro quando estava com o Felipe, pois não conseguia sentir vergonha dele e porque sabia que me entendia como mais ninguém.

-pensei que ia te perder! –disse fraco lhe soltando do abraço.

-Ei! –disse me fazendo o encarar. –não é só isso que seus olhos dizem.

Os Riscos de amar  VocêWhere stories live. Discover now