Capítulo dois

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Minha sobrinha estava completando um mês e então decidi ir comprar um presente para ela. Fui caminhando até uma loja próximo a faculdade.

-Passa o celular. –uma voz soou atrás de mim.

-De novo meu Deus! –disse em mente me virando.

-Bom dia! –Disse com aquele seu sorriso encantador.

-Bom dia! E tchau! –disse caminhando.

-como assim? –veio me seguindo.

-você já sabe onde eu moro e sabe que eu não posso nem mesmo conversar com um policial, pois isso diante dos traficantes do meu bairro me tornam uma "X9" e eu não quero morrer.

-O que foi isso? –falou pegando meu braço com hematomas vermelhos.

-deixa pra lá. – disse me soltando.

-Eu quero saber, foi seu namorado? – perguntou curioso.

-Olha bem para mim e vê se eu tenho cara de mulher que apanha de namorado? Além do mais eu nem tenho namorado. – disse séria.

-E então o que foi isso?

-eu te digo e você vai embora? Disse rindo.

-sim. –respondeu com um meio sorriso nos lábios.

-tá bom! Foi um ex namorado meu que cismou querer voltar comigo, mas ele agora é traficante do morro e eu não posso denunciar ele, ontem ele me apertou depois que lhe disse algumas verdades.

-Você é muito corajosa, mas tem que tomar cuidado.

-Meu pai me diz isso sempre. Agora tchau, você disse que ia embora.

-Tchau estressadinha! –disse saindo.

Comprei o presente e depois do trabalho passei na casa da minha irmã, pois não tinha culto na igreja que congregava.

-Que carinha é essa. –falou me encarando jogada no sofá.

-Lembra do rapaz que me salvou do assalto e que esteve lá no bairro?

-sim, o que tem ele?

-encontrei com ele hoje e de alguma forma ele mexeu comigo.

-e o que isso quer dizer? –Perguntou rindo.

-Que eu estou ficando louca, porque afinal só nos vimos três vezes e trocamos poucas palavras e eu não sei nada sobre ele além de que fica lindo naquela farda. –falei rindo.

-Isso quer dizer que esse coração de gelo está sendo derretido.

-nem brinque com isso! Eu estaria assinando o meu atestado de óbito ou o dele.

Os dias passaram rápidos e estressantes como sempre e mesmo sem nenhuma intenção acabava me pegando pensando no Felipe. Como alguém em tão pouco tempo podia me fazer ter saudade? Será que Deus tinha algum propósito para nós dois? Sinceramente eu esperava que não, seria arriscado demais.

-Lua!

-Sim Senhor!

-Venha aqui na minha sala, tem alguém que quero te apresentar.

-Sim, estou indo.

Sai da minha sala e fui até a sala do meu chefe, ele só me chamava para me dar trabalho.

-Com licença. –falei entrando na sala.

-Pode entrar Lua!

-você! –Falamos unanimes.

Os Riscos de amar  VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora