Capítulo 17 ( Parte 02 )

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Damien (Antes)

Me casar com Natalie foi a única lógica plausível que encontrei, para fazer amor com ela. Mesmo que fosse um casamento simbólico seria de alma. É esquisitice ou e babaquice eu não querer aceitar o que ela tem me oferecido de livre e espontânea vontade. Mas quero que a primeira noite dela seja especial, porque sexo é apenas uma vontade do corpo, fantasia, um prazer efêmero, fugaz.

Arrastando ela pela mão, entro no corredor da igreja silenciosa. Nat está me deixando tão doido, que já não consigo separar minha luxúria do amor que sinto por ela.

— Eu não acredito que estamos invadindo uma igreja, a essa hora. — Nat sussurra empolgada, temerosa.

— Shiii! — Rindo continuo puxando ela, segurando a lanterna e parando em frente ao altar. — Tira o casaco e me espera aqui.

Faço um sinal da cruz antes de invadir o altar, como um ladrão, para pegar uma vela e acender as outras. Perto de uma bíblia vasculho uma gaveta, achando o que preciso. Acendo o pavio e logo as velas do altar estão todas acesas, iluminando tudo. Nat faz um quadro lindo contrastando com a tristeza e a paz da igreja vazia, parada na minha frente com seu olhar reluzente.

— Eu te amo também Nat, mas agora é a minha vez de perguntar. Você me aceita não só como seu amigo, mas também de hoje em diante como seu marido de alma. Aceita meu coração espanhol nas suas mãos, para fazer o que bem entender com ele?

Ela morde a boca, pensativa me olhando. Um calor inunda a noite fria. Várias emoções tomam conta de mim. Respiro fundo enquanto Nat me olha, a encaro com pedidos e promessas. É como se hoje a noite dentro dessa igreja sagrada um demônio pedisse seu amor eterno a um anjo, para corrompe-lo. Seu casaco está sobre o primeiro banco da igreja, ela passa o olhar sobre o vestido e os tênis. Sobre meu olhar atento ela vai até um vaso e pega três rosas brancas.

— Tá bom, eu aceito. Mas de hoje em diante promete nunca soltar a minha mão, como eu nunca vou soltar da sua. — Ela diz com voz embargada

— Eu prometo. — Minha voz faz eco na igreja vazia.

Com uma risada nervosa e engraçada Nat sobe os degraus até a mim.

— E então? — Segurando a minha mão ela me pergunta, levantando a ponta dos pés. — O que fazemos agora?

De tênis, calça surrada e uma blusa cinza velha que já viram dias melhores, entrelaço meus dedos no dela. Que está com um tênis e vestido solto, que também já viram dias melhores, mas que não a deixavam menos linda.

— Eu prometo te amar Natalie e nunca soltar a sua a mão. Prometo também que todas as noites vou cantar para você, não importando se estivermos brigados e o quanto você ficar brava comigo. Prometo além de tudo ser o seu melhor amigo, até o final dos meus dias.

Atraída a Você - Série Destinos traçados - Livro 4Where stories live. Discover now