Atraída a Você - Série Destinos traçados - Livro 4

Capítulo 15

Vamos a mais um capítulo. Espero que gostem :)

Natalie

Depois de muitos anos eu tive um aniversário legal e ainda mais sendo ao lado de Damien. Dizer que não mexeu comigo, não posso nem dizer ou contestar. Quando me vi sozinha, nunca mais passei meus aniversários com mais ninguém. O máximo que eu sempre fazia era ir na igreja e ficava sentada de longe, de preferência no último banco, olhando para aquelas pessoas com família e amigos. Depois eu voltava para o meu apartamento e na companhia de uma garrafa de vodca, esperava dar à meia noite e desejava um feliz natal para os meus pais e Belle, onde quer que eles estivessem. A simplicidade de Damien em me mostrar que de algum jeito eu não estava mais sozinha, fez todo um muro se quebrar ao meu redor, um muro que construí tijolo por tijolo.

Quando subimos para o hotel, mesmo sentindo um frio danado eu sorri, porque eu me sentia aquecida por dentro, mesmo tendo o risco de pegar uma boa, gripe. O restante do dia passamos no quarto, comendo besteiras, bebendo e brincando com uns jogos que ele tinha comprado e por incrível que pareça eu me diverti em cada minuto. Quanto ao presente que dei a ele, eu comprei com o coração aberto e com todo o meu coração desejei que fosse realmente feliz, porque Damien, apesar de tudo que o vivemos, que passamos ele merece ser feliz como qualquer pessoa. Quando bati os olhos no violão, eu tive quase a certeza que foi feito para ele.

E quando Damien me pediu para não acordar sozinho na manhã de Natal, aquilo me abalou, eu também não queria ficar sozinha. O que é surreal para uma pessoa que sempre preferiu a solidão, se afastar das pessoas. Acho que no final de tudo a doutora Ana pode ter realmente razão. Eu mesmo estou me curando, sem perceber, ou talvez pela primeira vez depois de muito tempo eu realmente queria isso.

Acordei com uma ressaca e quase morri de susto ao abrir os olhos e me deparar com Damien me olhando.

— Diz que você não estava olhando para o meu rosto enquanto eu dormia. — Peço, acho que resmungo, preguiçosa.

Ele sorri

— Bom dia — Faço questão de não me deixar afetar pela sua voz rouca ainda de sono, nem seu rosto estupidamente sexy e um pouco sonolento — Eu não estava te estalkeando, se é isso que você quer dizer. Estava apenas me certificando se você não tinha entrado em um coma alcoólico — Ele aponta para as garrafas de bebida vazias no quarto — Está de ressaca, quer café?

Afirmo, afundada nas cobertas

— Eu preciso de café, analgésico, um banho e bastante água.

Damien arqueia a sobrancelha

— Só isso? — Ele me olha de forma bem provocativa.

Damien e sua provocação deitado ao meu lado na cama, não vai dar certo. Respiro fundo e tento me afastar, olhando para os travesseiros que coloquei no meio da cama. Sorrindo, altivo Damien acompanha o meu olhar e não sei de onde ele arruma energia, para jogar os travesseiros no chão rapidamente; e me puxa pela cintura.

— Damien, eu deixei você dormir ao meu lado, não ficar tirando casquinha de mim. — Tentei falar com uma voz inexpressiva, mas falho miseravelmente.

Com um largo sorriso, ele bagunça o meu cabelo com a outra mão.

— Mas eu não estou tirando uma casquinha de você, Nat — Sua boca, se arrasta na minha orelha, Damien sussurra e me concentro para não demostrar que fiquei arrepiada. Mas não adianta, com um sorrisinho safado que ele solta, eu sei que não adianta. Damien percebeu — Eu estou apenas dando bom dia a minha parceira de trabalho.