Capítulo 50

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Nely


  Me divertir no aniversário de Tânia. Aproveitei muito dançando, comendo e conversando um pouco só com Jeyson, Hugo, Daniela e Ânia. Quando voltamos para casa, tomei um banho, me troquei, escovei meus dentes e fui para minha cama, estava muito cansada.
  

  — de novo esse pesadelo — digo cansada e os olhos enchem de lagrimas — nunca vou superar isso — minha voz é de choro — sempre esse lobo vem atrás de mim, mas por que? — dou uma pausa. — acho que só posso conseguir superar isso se eu tentar me lembrar melhor o que aconteceu naquele dia. —  vou ao banheiro para tomar um banho morno.

  Depois que fiz minha higiene, vesti uma calça jeans azul, uma camiseta estampada com desenhos de uma árvore bem bonita e uma blusinha bem simples de frio. Meus sapatos pretos eu calcei. Meu cabelo deixei preso num rabo de cavalo e coloquei o colar que a Heloísa me deu, já pronta olhei as horas. Eram cinco e cinquenta da manhã. Saí de casa em silêncio e peguei as chaves do carro do Jeyson.

  Depois de um tempo cheguei na divisa entre os Trindade e os Riche, não atravessei a divisa, mas seria uma ótima ideia. Tinha estacionado o carro aqui perto. Sentei debaixo de uma árvore e fiquei admirando a vista do território dos Riche e pensei em minha mãe e minha irmã, elas estão lá. Perfeito vou lá agora, seja lá o risco, eu vou.

  Comecei a caminhar reto e atravessei a divisa, não avistei ninguém pelos arredores então continuei. Se eu conseguir falar com a Monique seria muito melhor, ela me entende, ela quem me ajudava com minhas crises. Preciso achar minha irmã. Mas em que lugar ela deve estar? Não faço a menor ideia... Calma acho que sei onde ela pode estar. Acabei de me lembrar de uma conversa nossa.

  Um tempo atrás estávamos sentadas na frente de casa, já estava escurecendo e nós duas estávamos dividindo um mapa, vendo os territórios.

— se eu não morasse aqui, eu queria morar na cidade dos Riche. — dizia Monique a mim.

— sério? Em que lugar então?  — questionei a ela muito curiosa.

— sério, queria morar perto de você, sei que você não gostaria de sair daqui, então eu moraria um pouco perto da divisa assim você poderia me visitar — disse alegre naquele dia.

— entendi e é claro que você me faria um bolo de chocolate assim que eu fosse te visitar, né? — a encarando divertida.

— mas é claro que faria e ainda por cima me visitava duas vezes na semana, ta? — ela disse no mesmo tom que eu.

— pode deixar

— Por que não me lembrei disso antes? Sou burra demais — digo a mim mesma revirando os olhos. — Se é perto da divisa ela não deve estar tão longe daqui. — continuei caminhando.

  Dez minutos se passaram é mais ou menos isso. Acabei escutando barulhos e me escondi. Olhei para o lado direito e vi três rapazes conversando provavelmente são os responsáveis pela ronda. Fiquei bem quieta abaixada perto de uns arbustos que tinha por ali. Quando não escutei mais os sons deles saiu devagar de onde eu estava, olhei ao redor e não tinha mais ninguém.  

  Tirei as folhas que ficaram em mim e continuei caminhando com cuidado pra não chamar a atenção de alguém. Um tempo depois escutei um grito de uma garota, vinha do meu lado esquerdo então caminhei nessa direção. Outro grito pedindo ajuda dessa vez. Me aproximo devagar atrás de uma árvore e vejo um rapaz alto cercando uma menina que aparenta ter doze anos de idade. Olhando ao redor fico sem reação ao ver ela caída no chão machucada nos braços e sangue escorrendo de sua bochecha. O que houve com minha irmã?

O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora