Capítulo 27

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Jeyson

   Eu e os rapazes saímos bem cedo de casa para fazer a ronda, era umas três da manhã, cada grupo fica rondando um lugar. Quando deu umas sete horas da manhã resolvemos voltar para a alcateia, Felipe e Pedro foram mais a frente, eu e os outros viemos um pouco mais atrás. Estávamos em dez no total.

  Do nada eles pararam e olharam para o lado preocupados. Felipe me chama rapidamente.

—  Jeyson corre aqui, acho que é a Nely! —  Seu tom de voz era urgente e preocupado. Corri em sua direção —  Olha —  Diz apontando e quando olhei não acreditei, era mesmo a Nely desacordada perto do rio, senti meu corpo gelar, meu coração apertou e gelou ao mesmo tempo, corri na sua direção aflito. Mas tentando manter a calma.

   Quando me aproximo dela a mesma estava suja de terra, no canto da sua cabeça tinha sangue escorrendo, mas parecia que ele já estava secando. Tinha arranhões em seus braços, uma parte de seu cabelo amarrado estava jogado em cima do seu rosto perto da sua boca, que estava com uma cor fraca de vermelho nos lábios. Uma mão estava perto do seu rosto, e a outra mão arranhada estava por cima de sua barriga. Suas pernas continha também arranhões.

—  Nely? —  A chamo de joelhos ao seu lado e a toco no braço —  Droga! Ela está com a pele fria —  falo preocupado. Avistei marcas vermelhas de dedos em seu maxilar o que me irritou. Quem fez isso a ela?

—  O que será que houve aqui? —  Pergunta Pedro.

   A pego com cuidado nos braços, me levanto e viro onde Pedro está. —  Não estão sentindo o cheiro de magia? —  Pergunto a eles falando o óbvio. Eles ficam sem saber o que dizer. —  Alguém esteve aqui e atacou ela não sei porque, mas me deve explicações por entrar na minha alcateia e por atacá-la —  A raiva é plena no meu tom de voz. —  Procurem aos arredores pistas de quem fez isso e se acharem o culpado tragam até mim, que eu mesmo interrogarei. —  Falo entre os dentes, eles assentem. Saio rápido da li com ela.

   Olho Nely nos meus braços, o estado que ela está deixou meu lobo triste e bem irritado, e eu também. —  Será que estão te usando para me acertar? Quem será que fez isso e por que? —  Me questiono.

   Cheguei depressa em casa e tudo ainda estava fechado, Ânia ainda estava dormindo, então ela não iria me ajudar. Na enfermaria peguei panos, limpei seus machucados e fiz curativos. O sangue que aparentava seco em sua cabeça, denúncia o tempo que ela estava lá caída. Pelo visto foi quase uma hora. Terminei de higienizar seus machucados e coloquei os curativos.

   A cobri com um cobertor, sai para a cozinha e fui comer algo, mas a dúvida ainda paira no ar, quem é que veio no meu território? Terei que redobrar a segurança, voltei a enfermaria e levei Nely para seu quarto. Desse modo só atrasa mais ainda a recuperação dela. Sai do quarto e fui lá fora.

Chamei Bernardo e Gustavo —  Os dois ficam a partir de hoje de olho na Nely, qualquer coisa me avisem e chamem o Paulo para ficar de olho na minha irmã, preciso sair. —  eles concordam e ficam em suas posições.

   Só não coloquei eles hoje mais cedo como seguranças, porque, tive imprevistos e muitos sairam para ronda. Somos grupos grandes fazendo a ronda, não irei dar brecha aos inimigos. Ambos os homens que coloquei de segurança para ela são ótimos no que fazem. Sabem guardar segurança e são bem atentos a tudo. Antes eles faziam a segurança da minha irmã, antes dela pedir tanto que diminuísse o número deles.

   Sai de casa e fui onde encontrei a Nely, olhei ao redor, só se podia sentir a magia indo embora. —  Pelo visto esse ataque só foi para assustá-la, mas por que? —  fico me perguntando. Ela está me escondendo algo provavelmente e vou descobrir o que é.

   Duas horas depois que encontrei os rapazes, nós fomos no rastro fraco da magia que nos levou a uma casa caindo aos pedaços. Tinha um homem lá, mas ele nos viu chegando e saiu correndo, nós fomos correndo atrás dele, mas ele conseguiu fugir por pouco de nós, o que me irritou.

—  Esse cara tá escondendo algo e nós iremos descobrir, quatro de vocês ficarão vigiando caso ele volte, mas me mandem notícias. —  Ordeno.

   Então quatro deles ficaram, e os outros três voltaram comigo. Em casa, Felipe me mostrou estratégias de defesas e ataques para melhorarmos, aprovei todas.

   Meio dia estava na sala junto com a Ânia e escuto passos vindo da escada, me levanto e vou na direção da escada onde Nely estava vindo.

   No último degrau ela escorrega, mas a seguro, ela me encara sem jeito. A solto depois. Olho para Ânia para que ela saia da sala e assim ela faz.

—  Obrigada —  falou agradecida pela minha ajuda. Somente aceno com a cabeça.

—  Nely, vou ser direto com você, quem lhe atacou perto do rio? —  Pergunto bem da forma como queria, ela fica pensativa e me parece nervosa.

—  Não, ninguém me atacou não, eu só estava caminhando conhecendo melhor o lugar, avistei o rio e fiquei curiosa para ver se tinha peixe lá, e eu desastrada ainda mais com essas muletas, pisei errado e cai no chão me machucando um pouco. —  não acredito em nada do que ela fala, é óbvio que está mentindo.

A encaro firme —  É o melhor que consegue fazer? —  Indago e ela fica surpresa.

—  O que? Eu te falei o que aconteceu, eu simplesmente cai, somente isso. —  Insiste em mentir.

—  Então você caiu, porque, pisou errado e se machucou toda desse jeito? —  Pergunto desconfiado, porém sabendo que ela insiste em mentir.

—  Isso —  afirma, entretanto não me convence.

Aceno com a cabeça fingindo que acreditei. —  Ok então, mas saiba Nely, que você não me convenceu. —  Digo firme me aproximando dela. —  Vou lhe apresentar seus seguranças, eles ficarão de olho em você. E vão me informar tudo que você faz. —  Falo com desdém e enfatizo a última palavra.

—  Não preciso disso Jeyson —  Diz sem interesse.

—  Já está feito, a partir de hoje para onde você for eles vão. —  Digo rude.

—  Você não pode fazer isso! —  Fala alto com medo.

—  Por que não posso? —  Pergunto chegando perto dela.

—  Nada —  Responde virando o rosto para não me encarar.

—  Está me escondendo algo? —  Pergunto a encarando.

—  Não —  Fala baixo.

   A resposta certa é sim, você está escondendo algo, percebi que ela não irá falar mesmo. Abri a porta e os rapazes entram.

—  Esses são Bernado e Gustavo, os seus seguranças. Me informarão tudo de você. —  Digo sério.

—  Por favor Jeyson, não há necessidade disso, deixe eles como estavam antes, por favor —  Me pede com medo.

   Tem motivos a mais, para que ela não queira os seguranças por perto. Mas vou mantê-los de qualquer jeito.

—  Não falo duas vezes esqueceu? —  o tom é sério, e a mesma sem mais o que argumentar, sai da sala irritada indo até a cozinha.

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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora