Capítulo 26

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Nely

   Assim que acordei no dia seguinte, fui ao banheiro, depois de usá- lo fui no meu guarda-roupa e peguei um short jeans preto escuro, uma camiseta azul clara básica e me vesti. Amarrei meu cabelo num rabo de cavalo, coloquei um par de brincos pequenos roxo, e o colar que Heloísa me deu, sempre o uso. Coloquei um sapato marrom, me olhei no espelho, passei um batom rosa bem leve e finalmente estou pronta. Desci as escadas bem devagar, pois meu pé está quase bom.

   Na cozinha já pego o bule para fazer café, passo margarina no pão enquanto a água ferve, depois faço o café, esquento o leite e logo depois tomei o café, que particulamente estava muito bom. Saí da cozinha para respirar um pouco de ar.

   Avistei a paisagem linda do sol nascendo, o clima está agradável até dá uma felicidade. Acho que Ânia ainda está dormindo, resolvi caminhar um pouco, mesmo estando com as muletas.

—  Nossa, ainda não tinha vindo a essa parte, como é linda —  Falo encantada com um lindo rio que tem a uma boa distância da casa.

   Caminhei mais a frente, olhei as árvores em volta, e vi um casal de passarinhos cantando, o som era maravilhoso e eu só soltava um sorriso bobo de felicidade.

   Escutei barulhos a minha volta, olhei ao redor e nada. Quando voltei minha atenção a frente, vi um lindo coelhinho marrom. Fui devagar em sua direção, com cuidado o peguei no colo e me sentei no chão com tudo.

—  Aii como você é fofo! —  Falo dócil o acariciando. Neste momento me lembro quando era criança, eu e Monique estávamos brincando com um coelhinho branco, queríamos ficar com ele e cuidar do mesmo, mas nossa mãe não deixou, disse que o lugar dele era na natureza, porque, ele poderia ter uma família e era melhor assim. Com a maior dor no coração soltamos o coelho, mas ficamos felizes de vê-lo bem.

   Ao me lembrar disso uma lágrima saiu do meu rosto. —  Bem.. Infelizmente não posso ficar com você, por mais que eu queira, até mais —  Digo soltando o coelho e o mesmo sai com tudo.

   Fui para perto do rio ver como era sua extensão e se tinha peixe, é tão bonito, eles nadando quem sabe não tenho a sorte de ver algum?! Estava distraída vendo se aparecia algum peixe, mas nada. Sou surpreendida com alguém falando.

—  Fiquei sabendo a curto tempo que você tem laços com o alfa Jeyson, e você nem me contou Nely, que falta de educação —  Reconheço Afonso fingindo estar magoado comigo. —  Nem me avisou para dar os parabéns ao casal, bem digo agora, parabéns que sejam felizes. —  Diz sínico vindo a minha frente. —  Mas demorei a ver isso, por que estaria aqui na alcateia dele? Não é mesmo? —  Diz se surprendendo falsamente.

—  Se veio me ameçar para que eu roube para você, então te digo deu viagem perdida, pois não farei nada disso —  Falo firme o encarando. Ele somente me olha como se já tivesse um plano bem arquitetado. Isso não é bom sinal.

—  Ah, você diz isso só, porque, sua família não está na cidade, e não posso fazer nada a isto —  Dá uma pausa curta. —  Pois está enganada minha querida, você está nessa alcateia, digamos mais temida de todas as outras, aqui com certeza tem coisas de valor, e você vai sim pegar pra mim, senão a irmãzinha de um certo alfa, não vai mais existir nesse mundo —  Diz com um sorriso nada legal.

Fico sem saber o que fazer —  Pra que isso tudo? Ela não tem nada a ver com isso! —  Digo nervosa ainda o encarando.

—  Agora ela tem! Olha Nely, observei vocês duas sem ninguém me notar, ela não sabe lutar tão bem como o irmão, é a protegidinha dele, ou seja é uma presa fácil pra mim, e você se importa com ela não é? —  Indaga e fico em silêncio. —  Mas é claro que se importa —  Fala vitorioso —  Então você vai me trazer uma taça muito valiosa que está na sala, ela é pequena de ouro puro, achará rápido e vai me trazê-la amanhã. —  Diz convencido demais.

—  Como sabe onde está essa tal taça? —  Falo desconfiada.

—  Não preciso te contar como sei das coisas, você só tem que fazê-las —  Diz se se irritando.

—  Não vou fazer nada, e não me procure mais! —  Digo andando nervosa para o lado desviando dele, e assim sigo reto para ir embora. Mas o que eu tô fazendo? Eu só posso estar perdendo o juízo em fazer isso.

—  Não terminei garota! —  Escuto sua voz irritada.

—  Mas eu já! —  Digo firme e continuo andando. Eu não acredito que estou fazendo isso, penso nervosa. Mas tenho que sair daqui!

—  Não me dê as costas garota, você não sabe o que posso fazer. —  Diz aparecendo na minha frente. Me causando um susto.

—  Afonso, por que, você mesmo não vai e pega o que quer? —  Falo sem pensar. Me arrependo no mesmo instante do que falei, mas já era tarde demais. A raiva era clara em seus olhos.

—  Obviamente não dá para eu entrar —  Fala abaixando a cabeça para o lado bem irritado, mas para si mesmo, mas eu o ouvi bem. —  Pelo visto esqueceu quem sou, não é Nely? Pois foi seu erro e pagará por isso! —  Fala voltando sua atenção para mim com raiva, e nesse momento suas mãos brilham. Ah Droga ele vai usar algum feitiço, penso desesperada.

   Mas pensei que ele não tinha mais poderes, muitos disseram que ele não tinha, pois vejo que todos se enganaram. Tento correr mais é tarde demais, ele lança um feitiço de ataque que atinge o chão onde estou fazendo com que a terra e o feitiço azul se misturassem, provocando um impacto grande, me fazendo sair do solo numa distancia curta e rápida. Em segundos senti meu corpo colidindo com o chão, o lado da minha cabeça bateu no mesmo e sai rolando para perto do rio. Estou com o corpo dolorido e mal consigo ver direito. Acho que fiquei com um galo na cabeça, em algum lugar da minha cabeça sinto algo quente descer da mesma.

   Afonso chega mais perto de mim e segura meu maxilar com força —  Você e todos pensaram que perdi meus poderes, né? Que virei somente um cara sem poder algum com alguns capangas, mas lhe digo querida Nely, eu os recuperei e nem imagina o que posso fazer agora, então não venha me enfrentar de novo e faça o que lhe mandei! Senão o alfa pode esquecer de sua irmã – Fala tão firme me encarando. Isso me deu medo. Muito mesmo. Ele solta meu queixo —  Nos vemos por aí. —  Diz se afastando de mim e logo some de novo que nem fumaça.

—  Não posso dor..mir —  Susurro, mas não consegui nem ao menos me mexer, e antes de apagar só vi o sol terminando de sair de trás da montanha.

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O Temido Alfa - Livro 1 (Concluído!)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora