VIII - Otium

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HALLOOO CHEGUEI!

E está aqui vosso capítulo com uma musiquinha:

All We Know - The Chainsmokers ft. Phoebe Ryan.

The Chainsmokers abJsbakabaakb, amooo.
Okz, vou tomar meus remédios, mas antes aqui o capítulo. Façam um bom proveito e boa leitura!


***

19 de setembro de 2006. Miami - Flórida (EUA)


Calmaria.

Em fenômenos naturais, é quando o calor chega e todos os ventos cessam. Passando para o estado humano, poderíamos dizer que isso ocorre quando as chuvas de dúvidas e preocupações param ou quando os ventos do medo se ausentam nos restando o Sol da confiança e tranquilidade. Eu sei, isso soa como se eu estivesse acabado de fumar maconha, mas se pararmos para pensar bem, vai ver que isso é a verdade. Não importa quando, a que momento, ou hora ocorra, sempre vamos ter um estado de calmaria caminhando conosco em algum momento. Talvez nem notemos quando acontecer e só quando passar, iremos notar que uma leve brisa passageira levou todas as inseguranças e problemas, deixando um sorriso em nossos rostos. Seja quando uma mensagem de alguém especial chega, ou percebemos que o que esteve esperando toda a semana, irá acontecer. Ou até mesmo quando o correio chega em casa trazendo uma encomenda. Estamos entrando e saindo do estado de calmaria a todo minuto, e mal nos damos conta quando ela chega, ou quando se vai.

Com tudo isso, eu estava tentando dizer que a calmaria é nossa felicidade tranquila. É a felicidade onde coisas ruins não precisam acontecer com o inimigo para sermos felizes. É simplesmente a felicidade acontecendo na forma mais pura que tem. É se sentir feliz com a coisa mais banal aos olhos do outro. É o disparo do coração e o sorriso gigante diante de um "oi". É simples, mas é tudo.

E sem sua espera, Lauren estaria recebendo a calmaria. Por que a calmaria age assim, ela é como uma visita inesperada. É quando as coisas estão terrivelmente bagunçadas, ou não estamos se importando em arrumar a acumulação de coisas, porque não esperamos por ninguém. Então ela chega, entra sem nosso consentimento, senta-se na bagunça observando-nos de longe por algum tempo. Depois pega um chá ou biscoitos, se serve e começa a agir. Ela inicia-se arrumando da forma mais rápida aqueles acúmulos, você pode não ter pedido por ajuda, mas ela sabe que precisa. Então se dispõe e arruma rapidamente tudo, nada muito exagerado, mas o suficiente para a próxima visita que entrar.

Lauren receberia esta visita. Ela se sentiria terrivelmente feliz por uma sequência de acontecimentos, mas um em especial seria sua calmaria. Faria todo o seu corpo relaxar e um sorriso sabe-se lá de onde, surgir. E não teria dúvidas ou problemas, seria apenas ela e seu calor.

― Jauregui, espere, por favor – disse o professor de biologia avançada, o senhor Sanders. Com o mesmo, havia uma pasta com os possíveis trabalhos de turmas. ― Tem um tempinho para conversar?

― Ah, claro. Eu estava apenas indo ver minha amiga, mas pode falar, senhor – deu-lhe permissão, ainda confusa sobre aquele diálogo.

― É sobre seu trabalho, Lauren. Você realmente acertou nele, está simplesmente magnífico. O modo que disserta sobre as funções dos órgãos vitais e os processos de meiose e mitose é impressionante. Eu sei que sua meta é tornar-se médica e bem, eu possuo um amigo cardiologista. Ele é renomado na área medicinal e após mostrar seu trabalho à ele, o mesmo gostaria de te conhecer. Talvez tirar algumas de suas dúvidas e até auxiliá-la para que esteja preparada para o exame. Quem sabe, uma carta de recomendação saia por ai...

Matter of TimeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora