Espio o céu que nasceu hoje
Fito com fome o sol, de longe
Deito-me à sombra da suavidade, não vejo sinais da realidade
O ar transborda em meu peito, suspiro, esqueço a idade
Me distraio de minha vaidade, enquanto trago esta sua saudade
Esperando a fumaça subir, esperando sufocar minha ansiedade
Acima uma nuvem o azul esconde
Você já viu este céu de hoje?
As nuvens são densas hoje
Com lágrimas de não sei quem, não sei de onde
O vento que não me aquece vem com força, bate e cresce
Dá tapas de amor em minha pele, junto ao frio da chuva que não cede
Que venha e gele tudo aquilo que por dentro não adormece
Espero que o tempo as horas não conte
Você ficaria comigo sob este céu de hoje?
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Devaneios Decadentes
PoetryEm seu poema "A ideia", Augusto dos Anjos fala do nascer de um pensamento, no cérebro, e todo o seu processo, até chegar de forma imperfeita na garganta e ser expresso pela língua. Bem, com a escrita a ideia não sai tão imperfeita quanto na fala, c...