Capítulo 23

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Oi lindos!! Mais um capítulo fresquinho!!

O resto da semana passou de forma rápida e já estava com quase 8 meses,  havia conseguido controlar a perda de peso e parece que devido a toda minha garra havia melhorado. Já não estava mais tão fraca e mesmo que não estivesse forte,  minha saúde estava um tanto menos debilitada. Meus filhos estavam bem, cresciam mais a cada dia. Minha mãe ainda vinha me ver mas nas suas visitas não duravam mais que 30 minutos. Tia Lu estava sempre aqui juntamente com Kauê,  alguns amigos da escola haviam vindo me ver.

Eu era mais mimada a cada dia,  não sabia ao certo se esses seriam meus últimos dias, mas Matheus fazia de tudo para que eles fossem o mais perfeito possível. Nos víamos filmes, nos beijávamos e fazíamos juras de amor. Todas as decisões do quartinho dos meninos passava por mim e mesmo que não conseguisse fazer sozinha, Adriana e Matheus faziam questão de me incluir na hora de dobrar cada roupinha.

Já havíamos feito as malas da maternidade, tanto a minha quanto as dos bebês. E mais uma vez tudo passou por minha inspeção.

O Natal se aproximava, faltava pouco mais de uma semana e eu estava ansiosa, amava o Natal. Achava lindo todo o encanto das ruas, a alegria e o amor das pessoas, ele despertava o melhor de nós e era isso que mais me encantava nessa data.

- Acorda amor, pare de enrolar na cama! - ouvia a voz de Matheus e senti beijos em meu rosto. Havia dormido muito tarde ontem pois os bebês mexeram muito e por isso senti bastante dor nas costelas.

- Ai Math me deixa dormir! - falei ainda de olhos fechados - Seus filhos não me deixaram dormir ontem! - falei manhosa.

- Só deixo dormir se me chamar de amor! - ele falou me dando um beijo no canto da boca.

- Ah, então vou ter que acordar! - falei rindo, amava pirraçar com ele.

- Vai amor! O que é que custa? - pediu beijando meu pescoço.

- Nunca - falei com um sorriso de canto, a verdade é que ele era meu amor e sim eu o amava incondicionalmente, meu amor por ele, além de tudo, havia se tornado um amor maduro, não apenas uma paixonite infantil. Eu não sei ao certo por quê não o chamava de meu amor, acho que estava esperando a hora certa.

- Nunca diga nunca, meu amor! - falou rindo e eu ri junto - Tenho uma surpresa para você lá na sala.

- Você sabe que eu não consigo andar Math, e hoje eu to com muita dor - falei enquanto abria os olhos e me deparava com sua imensidão de cor mel.

- Vamos na cadeira amor - falou.

Tentei argumentar que teríamos que levar meu soro, mas não funcionou, ele disse que o levaria. Ele me ajudou a sentar em uma cadeira própria para banho e me deu banho. Me deitou na cama e ajudou a me vestir colocando uma calça de elástico e um cropped com a inscrição "Bebês a bordo" e é uma setinha apontando para baixo.

Com bastante dificuldade, mas com um sorriso imenso no rosto, ele seguiu me empurrando e carregando, com a ajuda de uma enfermeira, meu soro e outras coisas que mantinham meu estado estável.

Ouvi alguns murmúrios na sala que logo acabaram após uma tosse forçada de Matheus. Seguimos pelo longo corredor onde eu pude ver que haviam sido tirados os móveis para que a cadeira passasse. Olhava tudo com atenção, sabia que havia algo de errado e que Matheus havia inventado algo, com a ajuda de tia Lu e  Adrianda, provavelmente.

Olhei para o chão e vi pedaços de papel nas cores lilás e verde, cores dos meus bebês, eles faziam um caminho até a sala onde eu pude ver uma gigante mesa cheia de guloseimas e com um bolo de cor bege e detalhes das cores dos meus filhos, tudo tinha essas cores. Haviam dois ursinhos nas duas extremidades com os dizeres "Precisamos de nome mamãe", era um ursinho com gravata verde e uma com lacinho lilás.

Estava tudo lindo, havia cupcakes espalhados pela mesa, pirulitos, brigadeiros e outros doces diversos, em uma mesinha ao lado tinha uma mini máquina de algodão doce, que eu amava. Tinha pipoca e salgadinhos em uma outra mesa menorzinha.

Vi que estavam todos lá. Adri, João, Tia Lu, Kauê, minha mãe, meu irmão. Além deles tinha duas primas de Matheus que eu havia conhecido, uma tia dele, a avó dele e mais alguns outros parentes de Math. Virei para olhar pra ele, e não o encontrei.

Encarei a todos com um sorriso tímido, não acreditava que haviam feito tudo isso por mim, estava muito feliz, abracei um por um, quer dizer, eles vinheram me abraçar um por um, até minha mãe, que derrubou algumas lágrimas quando o fez. Eu cumprimentava todos entretanto meu pensamento estava perdido em onde estavam Matheus.

- Oi Jú! - me cumprimentou o irmão de Math.

- Oi! - falei sorrindo para ele.

- Eu ainda fico envergonhado perto de você, me arrependo do que tinha lhe dito - falou.

- Já passou, fico feliz que perceba que eu não sou nada daquilo - disse e ele me abraçou e saiu enquanto eu continuava minha busca.

- Procurando o Príncipe?

- Sim tia, cadê ele? Será que ficou com raiva de mim mesmo? - olhei para ela já com lágrimas nos olhos - Eu só tava brincando, manda ele voltar! - chorominguei.

- Ei, calma - falou e andou em direção as minha costas tapando meus olhos com a mão. Ergui meus braços e agarrei suas mãos tentando tirá-la de meus olhos.

- Júlia, cuidado com o soro! - ouvia a minha enfermeira brigar e baixei as mãos frustrada.

- Calma Jú! - ouvi minha tia falar.

Depois de um tempo senti as suas mãos serem retiradas e abri meus olhos, não havia mais ninguém na sala. Vi tia Lu indo embora e chamei por ela que me ignorou. Fiquei com raiva, eles sabiam que eu não conseguia sair do canto e ainda assim ne deixaram aqui. Ergui meus olhos para a mesa e vi algo diferente que me deixou curiosa.

As plaquinhas que antes eram "Precisamos de nome mamãe" haviam sé tornado duas frases distintas. A ursinha segurava "Mamãe queremos te fazer um pedido" e o ursinho segurava "aceita namorar com o papai". Não acreditava que aquilo estava acontecendo, vi lágrimas surgirem em meus olhos, olhei para o lado e vi Matheus se aproximar de mim com um palito de algodão doce e um buquê de tulipas, minhas flores favoritas. Ele veio até mim e beijou minha testa.

- Meu amor, eu sei que fui idiota por todos esses anos onde eu ignorei e desprezei meus sentimentos por ti e os teus por mim. Mas eu te amei desde o primeiro dia e te amo ainda mais hoje. Não digo que perdemos tempo, acho que tudo aconteceu no tempo certo, eu era apenas um menino que se achava gente grande, talvez se tivéssemos tido algo naquela época não estivéssemos aqui hoje. Acho que tudo foi essencial para nós, cada segundo e até cada briga, hoje nosso amor é muito mais maduro, talvez mais até que a nossa idade. Eu tenho certeza de que te amo e que não posso mais viver sem ti! - a essa altura eu já chorava muito e via lágrimas em seus olhos - Não te peço em casamento porque não temos idade, mesmo que saiba que você é a mulher da minha vida, não deixariam que a gente casasse, infelizmente. Mas lhe peço em namoro, não em um namoro que vai acabar, mas em um compromisso verdadeiro, um namoro com a promessa de noivado, para sempre - se ajoelhou - Meu amor, você quer namorar comigo?

***

Acho que depois desse capítulo dá pra vocês me amarem mais um pouquinho.
Bem gente eu queria dizer a vocês, na verdade acho que vocês perceberam, que o livro está se aproximando do fim, acho que no máximo mais 5 capítulos.
Então vamos lá, votem, COMENTEM, me sigam, aqui e no insta: @ aculpaedasletras_
Até a próxima!

Beijocas da Beca💕

Grávida do Melhor Amigo (CONCLUÍDO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora