Capítulo 3

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Chorei o caminho inteiro, definitivamente, não esperava aquela reação do meu pai. Havia acabado de chegar à casa da Cella, e torcia no fundo do meu coração para que desse tudo certo aqui. Meu maior medo era ter que esbarrar com Math.

Cheguei a uma conclusão, odeio elevadores! Cella mora no 11° andar e eu já cheguei lá tontinha e enjoada.

Toquei a campainha e ela atendeu prontamente.

– Oi Ju - Me abraçou - to preocupada com você! O que houve? Math também ta louco de tão preocupado. - Math por que ela falou o nome dele? Eu comecei a chorar, chorar muito. - O que aconteceu, Ju? Vem, entra.

Ela me botou pra dentro e me sentou em uma cadeira, e foi pegar água e depois sentou-se à minha frente.

– Conte o que foi Ju - Pediu - Assim não conseguirei te ajudar.

– Cella eu to gravida! - Falei em meio ao meu choro

Vi a boca de Marcella se abrir em um perfeito "o" e baixei a cabeça, definitivamente, eu gravida era algo inimaginável. Eu a santinha, gravida, e nem ao menos tenho um namorado!

– Quantos meses Ju? - perguntou mais calma

– Um mês e duas semanas, quase dois. - falei e dei um pequeno sorriso

– Seus pais sabem? - perguntou

– Sim. Mamãe até reagiu bem, mas papai... foi horrível

– O pai do bebê sabe?

– Não, nem quero que saiba.

– Você sabe que a sua barriga vai crescer né? - perguntou séria

– Sei, e pelo que eu to vendo, não vai demorar. – Falei sorrindo e alisando meu bebê

– Matheus sabe?

– Não, nem quero que saiba. - ela me olhou curiosa - Não to pronta pra isso, o que ele vai pensar de mim?

– Ele não vai pensar nada Ju, até porque ele nunca te jugou, mas você é quem sabe. Guardarei seu segredo.

– Brigada Cella. – sorri pra ela

– Você pode ficar aqui quanto tempo quiser, viu? – eu balancei a cabeça assentindo – Já tem barriga?

– Sim! Quer tocar?

– Quero!!

Ficamos ali falando sobre meu bebê por um bom tempo. Rimos bastante. Até que o sono foi mais forte que eu. E eu fui me deitar. Botei um vestidinho leve que tinha trazido e me deitei. Peguei o celular e fui olhar as minhas mensagens.

Poxa!!!! Mais de 50 mensagens do Math, ele pedindo desculpas, dizendo que me amava e acabaria com a Cella, preocupado comigo, perguntando porque eu estava aqui. Mensagens do Lucas meu irmão mais velho perguntando onde eu estava com a cabeça quando eu engravidei, mas falou que estava comigo pra tudo.

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Passou-se quase dois meses que eu estou na casa de Cella, estar aqui é ótimo, Marcos, irmão dela, nem liga pra minha presença e me faz rir muito me chamando de buchudinha.

Passou-se quase dois meses que eu estou na casa de Cella, estar aqui é ótimo, Marcos, irmão dela, nem liga pra minha presença e me faz rir muito me chamando de buchudinha

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Eu e a Cella viajamos há um mês e aproveitamos muito estar de frente a um praia perfeita.

Hoje completei quatro meses, e estou muito feliz por ter conseguido almoçar e manter a comida no meu corpo. Há duas semana atrás, eu estava em casa só, e Marcella me ligou avisando que viria pra cá com Matheus, pra perguntar se eu estava em casa, eu disse que não, e me escondi no quarto dos pais dela (que nunca vinham pra cá), não tinha pra onde ir no sábado as onze da noite!

Eles haviam chegado, e escutei sussurros e gemidos, vi que eles estavam vindo pro quarto, e entrei no banheiro me trancando lá. Eles transaram e eu ouvi tudo, ele gemendo o nome dela, ela gemendo o nome dele, foi horrível! Eu ainda vi algumas partes pela fechadura da porta. Como eu me arrependo de ter visto!

Depois disso passei uma semana enjoando muito, vomitando tudo que comia, só não vomitava leite, tirando isso, tudo. Fiquei muito fraca e desmaiei algumas vezes, umas 5.

Marcella ficou muito preocupada e perguntou várias vezes o que havia acontecido, eu não disse nada, claro. Ela me levou ao médico e ele disse que era emocional, estresse. Logico que ela insistiu mais para saber o que havia ocorrido, eu disse apenas que tinha relação com o pai do bebê.

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Desde o ocorrido não tenho ido a aula, o médico pediu um mês de repouso. Quero que esse mês demore a passar, mas falta apenas duas semanas pra eu ter que enfrentar o mundo. Não dar mais pra esconder a barriga, já estou com 4 meses e ela ta muito grande.

Eu tenho me escondido por trás de cintas, pra que diminua o tamanho, mas pouco tenho saído de casa

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Eu tenho me escondido por trás de cintas, pra que diminua o tamanho, mas pouco tenho saído de casa. Marcos viajou para visitar os pais, e Marcella está na casa da prima Emilly e vai viajar também. E eu fiquei.

Eu estava sentada no sofá alisando minha barriga, muito tranquila até que ouvi a campainha tocar, e fui atender desleixada como estava apenas um top e um short jeans com o botão aberto alisando a barriga.

Abri a porta e dei de cara com Matheus encostado na parede. Ele me olhou dos pés à cabeça e seus olhos pararam sobre minha barriga e eu a cobri com os braços "me abraçando".

– Achou que ia fugir de mim até quando? – perguntou

– O que você ta fazendo aqui? Vai embora Matheus! – falei andando pra trás enquanto ele entrava e fechava a porta

– Por que você ta cobrindo a barriga? – perguntou sério

– Porque to quase sem roupa, não quero que me veja assim – recuei mais

– Já lhe vi com menos roupa que isso – ele me encarou sorriu cafajeste e em seguida ficou sério – Júlia, tira a mão.

– Não – respondi séria

– tire! – falou se aproximando de mim

– Não!

– Tira!

– Não! – ele me prensou contra a parede

– Ou você tira, ou eu vou tirar, e se eu tirar vou te machucar – eu comecei a chorar e neguei com a cabeça, ele puxou meu braço e olhou minha barriga, apertou meus pulsos e deixou que uma lagrima escorresse no canto do olho – Gravida Júlia! Você me escondeu que carregava um filho meu! – ele segurou meu braço e me jogou no chão

– Esse filho não é seu! – neguei chorando com a cabeça baixa

– Júlia olha nos meus olhos e me nega meu filho! Nega olhando nos meus olhos! – gritou e ergueu meu queixo em seguida me fazendo o olhar

– Ai! – gritei, uma dor aguda havia invadido meu ventre, senti as lagrimas escorrerem em meu olho e Math me olhar assustado. – Meu bebê, me ajuda, salva meu bebê!

Grávida do Melhor Amigo (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now